Resenha Livro Comunicação Não-Violenta
Por: Julien Karine da Rosa Hoff • 1/5/2021 • Resenha • 830 Palavras (4 Páginas) • 331 Visualizações
RESENHA: COMUNICAÇÃO NÃO-VIOLENTA
O livro Comunicação Não-violenta foi escrito por Marshall B. Rosenberg e aborda como temática principal a comunicação entre pessoas e a necessidade de se utilizar de linguagens menos agressivas para lidar com os conflitos sociais, políticos, culturais e étnicos no mundo.
Os seres humanos são passíveis a violência e ela pode ser expressa de diversas formas. E os objetivos são muito claros: brigar, matar, espancar e guerrear com os demais. Em nosso íntimo há incidência da violência, mas não sabemos como controlá-la ou modificá-la, pois, somos ignorantes a respeito dela, logo, é imprescindível que passamos a desenvolver compreensão acerca de como a comunicação violenta pode interferir no outro, para que passemos a mudar as respostas que o mundo nos dá.
Eis que há uma grande necessidade do ser humano em desenvolver um comportamento mais recíproco e compassivo. Isso não significa que dar-se-á mais do que receberá e não diz respeito a ser “vítima” no conflito, mas sim, em retirar-se do conflito quando necessário, intermediar se há espaço, compreender a ignorância sobre as coisas e principalmente entender que o instinto humano é o do ataque.
Para isso, Marshall estabelece a aplicação da técnica CNV, que consistem em comunicar-se com outrem de forma em que nos entregamos de coração. Ou seja, por meio das palavras e da linguagem, as pessoas conseguem desenvolver um processo de comunicação mais eficaz, dotado de compaixão, empatia, consequentemente, humanismo. Evitando-se assim a construção de sentimentos negativos, como a dor e a mágoa.
A técnica da CNV nos coloca em uma situação realística a respeito do outro, deste modo passamos a compreender as nossas necessidades e as dos outros mais profundamente, dando luz aos relacionamentos sobre outra perspectiva. A CNV substitui os hábitos e padrões transmitidos de forma equívoca, àqueles que dizem respeito a defesa, ao recuo e ao ataque para com julgamentos e críticas, antepondo-nos na situação de maior clareza, sentimento e necessidade. Logo, passamos a perceber as coisas como elas são e não por meio de nosso próprio diagnóstico.
Esta técnica não tem intuito de assegurar que os relacionamentos sejam perfeitos ou que todos os envolvidos a utilizem. Tem objetivo de atingir um indivíduo, qual, quando aplicando a técnica reproduzirá em seus relacionamentos esse sentido de compaixão, o que automaticamente irá projetar aos demais indivíduos que constrói interações. Acredita-se que quando as demais pessoas entendem exatamente o que desejamos, elas passam a participar ativamente do processo em prol ao bem comum.
Para que a CNV seja executada, preexistem quatro etapas, sendo a da observação, a do sentimento, das necessidades e do pedido. Ou seja, primeiramente se observa o que está acontecendo em determinada situação sem que se estabeleça qualquer julgamento precoce. Depois, tenta-se identificar-se os sentimentos que estão acontecendo diante da situação, sejam os positivos e os negativos. Em terceiro lugar, tentamos entender quais são nossas necessidades para com os sentimentos que identificamos. E por último realizamos o pedido, alcançando a outra pessoa de forma que a relação possa ser melhorada. Esta técnica deve ser aplicada em todo tipo de interação, seja nos relacionamentos íntimos ou sociais, também nas disputas e conflitos de qualquer natureza.
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