Resenha do Livro de Teorias da Comunicação
Por: Leonardobell • 29/9/2019 • Resenha • 1.028 Palavras (5 Páginas) • 326 Visualizações
Introdução:
Um dos eixos para se pensar sobre a sociedade moderna e suas transformações sociais é sabendo a distinção entre sociedade antiga (rural) e sociedade moderna (urbana).
Por isso no século XIX ocorre um deslocamento de massas populacionais em direção às cidades, boa parte da população se concentrou na zona urbana, criando assim as primeiras organizações de massa, os partidos, associações e os sindicatos. Nessa concentração da população na zona urbana, eles passaram de camponeses a trabalhadores.
A sociedade moderna é discutida por muitos sociólogos, o primeiro deles é Karl Marx que acredita que essa sociedade moderna agora industrializada passou a produzir riquezas, logo criando um crescimento no mercado, ou seja foi preciso criar as especializações das tarefas.Essa especialização, atingiu varios níveis sociais e essa práticas levou a sociedade ao enfraquecimento dos laços tradicionais e suscitou o aparecimento das relações contratuais.
Já Durkheim, essa divisão provocou não só uma interdependência como gerou o enfraquecimento da consciência coletiva.O sociólogo Ferdinand Tonnies explicou que a passagem do indivíduo para a sociedade moderna transformou as pessoas em indivíduos atomizadas e insensíveis aos valores coletivos.
Por fim, Max Weber edifica em sua reflexão as contradições econômicas e as formas de racionalidade. Pois, toda sociedade possui uma racionalidade predominante e para a sociedade moderna essa racionalidade é burocrática, logo o Estado nesta sociedade atinge um estágio de expansão crítica e como toda grande organização provoca mudanças nos indivíduos.
E é justamente por isso, que os sociólogos estudam as desorganizações sociais, tais elas como a Revolução da França e a Revolução Industrial, que explica a necessidade da sociedade possuírem uma organização social perene e é por medo de uma desintegração da sociedade moderna que emerge a sociedade de massa.
Da sociedade de massa ao homem-massa ou a ontologia da sociedade de massa
As sociedades modernas e suas problemáticas, quanto a sociedade de massa, surgiram à partir das aglomerações urbanas.
O sociólogo Gustave Le Bon, em seu livro “A Psicologia das Multidões”, obra vanguardista porque foi um dos primeiros a ter as multidões como objeto de estudo.
Ele faz uma análise psicológica sem muito rigor científico, mas estabelece as multidões como uma unidade independente do indivíduo, influenciável e preconceituosa. Destacando o poder e perigo delas, dando elas como a última etapa das civilizações ocidentais.
Ele descreve a multidão como uma alma coletiva, que contamina o indivíduo, absorvendo suas características. Nesse momento ele critica o socialismo. Le Bon relaciona multidões com raças, falando que as misturas de etnias, e origens oferece as características da multidão.
Ortega y Gasset também critica a sociedades de massa, e descreve o homem-massa, que é inserido nesse contexto, como: violento, promotor do esgarçamento/ pioramento social. E aponta os meios de comunicação como participante ativo, fazendo emergir a barbarie. Ele descreve a massa como um aglomerado de indivíduos automatizados que são conectados a sociedade através dos meios de comunicação. E coloca essa dualidade, ao descrever os meios de comunicação. De um lado as organizações, e de outro o homem-massa influenciado por essas organizações. E descreve uma dependência do indivíduo como falsa, porque qualquer subjetividade é totalmente forjada pelas organizações. Remetendo a teoria crítica.
1. Teoria hipodérmica
A Teoria Hipodérmica é um modelo de Teoria da Comunicação, e está alocada na subdivisão da Comunicação denominada Comunicação de Massa, trata-se de uma abordagem global aos mass media, indiferente á diversidade existente, e que busca responder que efeito tem os mass media numa sociedade de massa?
O âmbito do trabalho científico mais estreitamente ligado á propaganda é precisamente o estudo da comunicação de massa, os mass media constituíam uma espécie de sistema nervoso simples que se espalha até atingir os olhos e ouvidos, numa sociedade caracterizada pela escassez de relações
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