SERVIÇO SOCIAL E A QUESTÃO SOCIAL
Por: Karol Barbosa • 11/3/2016 • Resenha • 2.298 Palavras (10 Páginas) • 514 Visualizações
INSTITUTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS PROFESSOR CAMILLO FILHO (ICF)
MARIA KAROLYNNE SILVA BARBOSA
TERESINA
2015
MARIA KAROLYNNE SILVA BARBOSA
Trabalho de complementação de carga horária e aproveitamento de estudo apresentado ao Instituto de Ciências Jurídicas e sociais Professor Camillo Filho, como requisito para complementação de carga horária na disciplina Formação Sócio-Histórica do Piauí da professora Elimária Marques.
TERESINA
2015
CIDADE SOB O FOGO: MODERNIZAÇÃO E VIOLÊNCIA POLICIAL EM TERESINA (1937-1945)
NASCIMENTO, Francisco Alcides do. A cidade sob o fogo: modernização e violência policial em Teresina – (1937-1945). Fundação Monsenhor Chaves, 2002.
È formado em Licenciatura Plena em História pela Universidade Federal do Piauí; seu mestrado foi realizado na Universidade Federal de Pernambuco, com o tema da dissertação “A Revolução de 1930” no Piauí (1928-1932); no início da década de 1990 fez um curso de especialização em História Moderna e contemporânea na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG); o doutorado pela UFPE e a tese trata-se do processo de modernização da cidade de Teresina e sua ligação com os incêndios ocorridos na cidade nos meados da década de 1940. Realizou estágio de pós-doutorado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC-SP (2012)
PROCESSO DE MORDERNIZAÇÃO
Nesta obra, o autor expõe o processo de modernização que marcou Brasil, em um primeiro momento os menos privilegiados economicamente começaram povoar as periferias das cidades. Em Teresina aqueles não detinham poder ou que não pudesse construir casas e cobri-las de telhas seriam forçados a morar fora da ária urbana. Na década 1930 caracterizada pela Era Vargas, um estado de atributo forte com componentes neopatrimoniais bastante claros e capazes de impor sua vontade e seu ordenamento, onde a figura do próprio Getúlio como liderança política da nação, passando a de presidente da elite indiretamente a ditador e pai dos pobres. Podemos mencionar que o governo moderno era uma forma atual de dominação política exercida por um extrato social cuja a base de poder não são as propriedades, mas sim a posse de cargos públicos ocupados para tirar proveitos pessoais.
Então o Estado começa a tomar medidas que possam minimizar as tensões ocorridas na aquela época, surgiram então 1931 do Ministério do Trabalho e o sistema previdenciário, onde Getúlio passa ser o pai dos pobres e começa a construir uma solida aliança com a corporação militar, com o compromisso de desenvolver o pais economicamente e se apoiar a alguns setores da burguesia.
De uma forma mais didática, a era Vargas foi dividida em partes, no início do Governo provisório há reunido todas as definições da constituição de 1937, que inaugura a implantação de um novo regime que iria salvar o país do caos instalado pela Republica liderada pelas oligarquias e os estrangeiros. O estado novo empenha-se na imposição de uma ideologia centralizadora e autoritária, representou a última fase da era Vargas e o momento de mais forte centralismo político e intervencionismo estatal daquele período da história brasileira. Neste momento a sociedade brasileira vivenciou um período fundamental para a construção política e econômica e cultural.
A comunicação de massa não estava favorável aos planos do governo de Getúlio Vargas, o que fez com que ele tomasse algumas iniciativas que pudessem impedir com que a imprensa criticasse o seu projeto político. Nesse período iniciou-se um processo de limitação da impressa com o objetivo de manter a ordem, mas já estava decretada na constituição de 1937 a autonomia á imprensa, na qual está escrita no seu art. 122 “O cidadão é livre para manifestar o seu pensamento oralmente, por escrito impresso ou por imagens, mediante condições e limitações legais.” Porém, esse artigo e outros foram instituídos, a censura estabelecida para todos os meios de comunicação de massa.
Já que a impressa não estava a favor do governo de Vargas, e para não interromper os planos o governo passou a criar mecanismo que fosse favorável a manipulação em relação a comum comunicação de massa especialmente a escrita. O monopólio de importação do papel pelo Estado criou independência do setor. Outro órgão de significativa relevância era o Departamento de impressa e Propaganda, na qual os empresários ficavam á mercê dos seus serviços. O papel era importado, vendido aos jornais com preços subvencionados, e o corte de subvenções funcionou inúmeras vezes como arma de pressão, criando sérias dificuldades aos jornais que não se adequavam á orientação governamental. Durante esse período apenas dois jornais tiveram circulação regular, o Diário Oficial e o Gazeta.
O autor aponta que no período de modernização do estado brasileiro, o radio passou a ser um dos principais instrumentos para divulgação do ideário estadonovista, seria mesmo um apoio para mudar a imagem de vagas, que naquele momento se tornou o pai dos pobres. Diante desses fatores, vale destacar a primeira emissora de rádio piauiense a cortar os ares território fez de forma clandestina a partir dos meados de 1937. Somente em 1940 surge a Rádio educadora de Parnaíba. A cidade, até o início da primeira década do século XX, tinha aquele aspecto bem parecido com as das cidades coloniais antigas, ralamente habitadas, as ruas estreitas, a sujeira e a presença de animais eram comuns. A maioria da população ocupava construções acanhadas e miseráveis.
As residências nobres e os prédios oficiais opulentos e sólidos davam dimensão do contraste com as casas dos moradores pobres. Não havia nenhum sinal urbano que a definisse com uma cidade moderna, pois alguns fatores impossibilitava a definição de uma cidade moderna, não havia calçamento, água tratada e canalizada, falta de transporte público, luz elétrica, saneamento, rede de telefonia. Todavia, a realidade de Teresina não era muito diferente da de outras cidades nordestinas.
Foi preciso construir um novo projeto para Teresina, na qual os rumos de suas vias principais de comunicação, fluviais, férreas, rodoviárias e aéreas passaram a dá a modernidade para capital. Começaram a construir uma nova capital com uma arquitetura nova, com prédios públicos e edificações particulares modificando a sua passagem. A criação de novas áreas livres, ou as praças, a urbanização feita nas avenidas ilumina a cidade. E com todo esse processo de desenvolvimento da capital, milhares de pessoas se atraiam pela cidade, uma nova oportunidade de mudar de vida. A maioria dessas pessoas era do interior do estado ou dos estados vizinhos, Maranhão e Ceará.
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