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Ser Diferente é Normal?

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Por:   •  20/3/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.798 Palavras (8 Páginas)  •  141 Visualizações

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SER DIFERENTE É NORMAL?

Trabalho interdisciplinar individual apresentado ao curso de Serviço Social da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR

Prof’s. Márcia Bastos, Giane Albiazzetti, Gleiton Lima e Rozane Malvezzi.

SUMÁRIO

1. Introdução 4

2. Desenvolvimento....................................................................................................5

3. Conclusão. 8

5. Referências Bibliográficas.................................................................................10

1 – INTRODUÇÃO

Este trabalho busca abordar as diferenças sociais, raciais e culturais como fator de enriquecimento das relações humanas.

O desenrolar das relações sociais entre os sujeitos da sociedade vem se constituindo implícita e explicitamente de uma forma que constrói um padrão de exigibilidade sobre os sujeitos. As pessoas se vêm compelidas a corresponder às expectativas sócio-culturais que a história de cada tempo escreveu, a partir dos tempos passados e vividos por inúmeros outros seres humanos que se desenvolviam enquanto pessoas em seus contextos. Na grande maioria das vezes a expectativa colocada em cada criança que nasce está imbuída na idéia de que ela deva crescer e se desenvolver bela, inteligente, “perfeita”.

Entender as diferenças econômicas e físicas como necessidades de aprendizado para quem está envolvido com estas situações. Esclarecer que mesmo que as dificuldades por que passam nossos semelhantes, de caráter material, físico, psicológico ou social, seja uma decorrência de seus próprios atos, pela ação da Lei de Causa e Efeito e pelo exercício do livre arbítrio de cada um, devemos nos empenhar para fazer o melhor de nós em benefício deles, sempre que pudermos.

Vale ressaltar que o trabalho do assistente social dentro da sociedade brasileira tem um grande desafio para pensar em estratégias de intervenção frente à realidade e contradição existente.

Afinal ser diferente é normal !

2- DESENVOLVIMENTO

Para iniciar esta caminhada em torno da defesa do direito de ser diferente em um mundo que parece ser feito para os seres serem todos iguais será utilizado o recurso de descrever e analisar as singularidades das atitudes humanas.

Com este estudo pretende-se demonstrar que o conhecimento acumulado pela ciência, em suas diferentes áreas, não é suficiente para abarcar o significado humano de cada ser.

O problema que se coloca aqui se refere ao fato de que a insuficiência do saber só é agravada pela soberba de sua imposição que irá influenciar no modo de viver das pessoas. Essa influência nem sempre foi construtiva, tendo em vista que muitos métodos que foram criados, na área da pedagogia, da psiquiatria e outras, têm servido para criar muros entre as pessoas, consolidando fronteiras que separam "os normais" dos "não normais". Nas linhas que seguem a vida real estará fornecendo subsídios para a argumentação que pretende sustentar a idéia de que o principal déficit se localiza nas organizações das instâncias sociais, suas instituições e seus métodos e não unicamente no sujeito.

2.1 – SER DIFERENTE É NORMAL.

Há um universo carregado de conceitos que classificam as atitudes humanas, que dita o que é correto, desejável e se pode esperar das pessoas. A racionalidade humana está apta a entender a forma possível a moldar-se aos conceitos preestabelecidos para significar o que é a razão, o que é o "normal". As pessoas portadoras de doença mental demonstram outras formas de estar no mundo, outro lugar para se colocar no social, que não é o exatamente esperado. A forma diferenciada de viver, de se presentificar na vida, causa estranheza e está atravessada pela idéia de que é inacessível ao entendimento comum.

As formas de vida diversas que se expressam por detrás de uma experiência com a

chamada deficiência mental trazem a marca do (des) humano. Vive-se em uma cultura atravessada por um quase invisível processo de descaracterização da humanidade que há nas pessoas que se expressam em um outro modo de ser, que não o esperado. A conseqüência da experiência de tal diversidade tem sido a exclusão, a interdição das instâncias sociais àqueles que não se enquadram na moldura social. A estranheza causada pelas "disfunções" mentais constitui, segundo MORANT e ROSE, "uma forma particularmente poderosa de alteridade" (1998, p.143). O problema aqui é o fato do conhecimento apresentar limites para compreender e explicar tal alteridade. A dificuldade se torna maior por esse limite ser agravado pela soberba de criar métodos e normas de convívio, onde muros são consolidados para separar a "diferença" do mundo comum. Essa situação segrega, mutila aquelas subjetividades não passíveis de compreensão do mundo social.

Perde-se muito, com o movimento que há nas diversas instituições do social, quando se desloca para fora do convívio as pessoas que se apresentam de forma singularmente diferenciada. Não só para quem sofre diretamente a conseqüência da exclusão, igualmente para os demais que se privarão da riqueza da "mistura das cores". O convívio com as diferenças culturais e pessoais é o que pode dar mobilidade aos padrões criados na sociedade. Conforme se pode verificar no depoimento de um trabalhador da área da deficiência mental: "A quantidade de coisas que eu aprendi com os deficientes mentais eu não teria a menor chance de aprender se não fosse neste convívio, nesta forma absolutamente estranha de se colocar no mundo, que é a do deficiente mental. Foi uma vivência e um aprendizado sobre o que é ser humano, que eu jamais teria a não ser com aquele grupo super estranho, para a realidade da maioria das pessoas, e mesmo da minha" (Diário de Campo, jan. de 2001).

A possibilidade

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