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Ser Diferente é Normal?

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Por:   •  4/5/2014  •  1.041 Palavras (5 Páginas)  •  188 Visualizações

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O Brasil sempre foi o país da diversidade. Em décadas passadas, a população se esforçava mais para manter uma padronização pacífica social, onde todos “fingiam” ser todos iguais e a diferença era “silenciosa”. Atualmente, as pessoas possuem uma sede de liberdade de expressão muito maior e exigem serem respeitadas e aceitas no meio em que vivem, mesmo que sua opção em determinado âmbito social seja discriminada pela maioria.

Sabe-se que o ser humano vem buscado a perfeição, mas qual seria o seu ideal? Por definição: “Perfeição caracteriza um ser ideal que reúne todas as qualidades e não tem nenhum defeito. Designa uma circunstância que não possa ser melhorada ainda mais e mais.”(Wikipédia – A Enciclopédia Livre). Na linguagem profissional, a perfeição não pode ser definida como a ausência de defeitos, mas sim como algo ou alguém que embora apresente defeitos, suas qualidades os tornam invisíveis aos olhos das pessoas.

No contexto social, perfeição é seguir todos os padrões impostos pela maioria: Na sexualidade, na religiosidade, na maneira de pensar, no comportamento, na personalidade, na ética, nos valores e até mesmo no próprio caráter e crenças do indivíduo. A pessoa perfeita possui o conjunto de qualidades que todos gostariam de ter, baseados nas regras/valores da sociedade em que se vive. Talvez seja por isso, que se voltar contra as normas pré-estabelecidas e empregadas por um grande número de pessoas seja tão difícil, a ponto do sujeito ser enquadrado como “anormal” – uma grande injustiça e falta de conhecimento da maioria das pessoas do mundo. – De fato, a perfeição foi inventada por nós.

Sendo assim, a diferença não sai de nenhum padrão de normalidade. Em uma visão ampla, primeiramente os indivíduos são definidos pelas suas dimensões primárias de diversidade, ou seja, de acordo com as suas características inatas ou imutáveis como, por exemplo: gênero, etnia, idade, orientação sexual, deficiências, etc. Depois as pessoas são definidas por suas dimensões secundárias de diversidade, ou seja, aquelas que podem ser modificadas ao longo de suas vidas como, por exemplo: grau de escolaridade, estado civil, classe social, paternidade ou maternidade, crenças religiosas, experiência profissional, etc.

No Brasil, os três principais aspectos de diferença são: O social, o cultural e o racial. A diferença social pode ser entendida muitas vezes como desigualdade, já que a população é visivelmente divida entre ricos e pobres, os que possuem oportunidades de construir uma vida melhor e os que não tem conhecimento esses fins. A diferença cultural é referente à linguagem, danças, vestuário, religião, tradições e formas de organização social. Já a diferença racial, é lembrada muitas vezes pelo preconceito, pois é um fator irrelevante a se considerar e, no entanto, é muito lembrado pela discriminação e exclusão social; sendo que a cor de um indivíduo não altera sua capacidade racional e intelectual. Do contrário, todas as diferenças físicas que vê-se como a variedade de texturas de cabelo, cores de pele, formatos de olhos ou boca e etc. representa 0,01%. Tudo que se acredita que nos diferencia, geneticamente não significa praticamente nada.

No entanto essas diferenças têm profunda relevância quando consideradas sob o prisma social e cultural. Então, quando se fala de diversidade humana, faz-se referência à diferenças ínfimas que se tornam grandes de acordo com nossas crenças e valores.

Acredita-se que a única distinção a ser revista, é a social. Pois o fato de sua existência já remete uma situação que apresenta muitos prejudicados; sua existência faz referência direta à desigualdade. No Brasil, felizmente o percentual de desigualdade tem diminuído como conseqüência das implantações de projetos governamentais voltados à população carente, como por exemplo, o Bolsa Família; assim como o aumento da demanda trabalhista e o esforço educacional para a obtenção de uma melhor qualificação profissional aos brasileiros.

A problemática é que grande parte dos indivíduos encaram determinadas diferenças como algo inconcebível

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