Ser Diferente é Normal
Dissertações: Ser Diferente é Normal. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: erikasena13 • 15/10/2014 • 1.255 Palavras (6 Páginas) • 296 Visualizações
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 4
2.1 O DRAMA DA HOMOFOBIA.................................................................................5
3 GRÁFICO .................................................................................................................6
4 CONCLUSÃO 7
REFERÊNCIAS 8
1 INTRODUÇÃO
O Brasil é um país democrático, cheio de diversidades culturais e de desigualdades sociais, um país que ao mesmo tempo em que luta pela cidadania e pelos direitos humanos, estranha e repele o diferente com violência.
É nesse contexto que se encontra a homofobia e a diversidade sexual nos dias de hoje. Historicamente, o Brasil foi dominado pelos países europeus, que se intitularam civilizados e tentaram impor suas culturas aos nativos que, para eles, eram primitivos, atrasados. Os povos nativos resistiram e alguns permaneceram com sua cultura, ou parte dela. No entanto, ficamos com o etnocentrismo e o capitalismo como herança.
Conhecer, compreender e respeitar o diferente superando a fase do estranhamento, ainda é uma guerra que precisa ser vencida. No Brasil, a batalha iniciou, vivenciamos um momento político-social favorável à discussão, haja vista que o debate acerca do tema homossexualidade vem se fazendo cada vez mais presente na sociedade.
O presente trabalho tem como objetivo analisar criticamente a relação entre desigualdade, diversidade e violência na sociedade brasileira atual e demonstrar como essa sociedade vem reagindo a violência decorrente da homofobia e da diversidade sexual.
As desigualdades existentes nas relações humanas geram discriminação e preconceito ao longo da história. Refletir a relação entre "unidade humana" e a "diversidade humana" e o que nos leva a construir nossa própria história de forma tão desigual e violenta através de processos de dominação político-econômica entre os povos, se faz necessário para desnaturalizá-la e reconstruí-la baseada na igualdade de direitos e no respeito as diferenças.
2 DESENVOLVIMENTO
A desigualdade social e a pobreza são problemas sociais que afetam a maioria dos países na atualidade. A pobreza existe em todos os países, pobres ou ricos, mas a desigualdade social é um fenômeno que ocorre principalmente em países não desenvolvidos.
Alguns dos pesquisadores que estudam a desigualdade social brasileira atribuem, em parte, a persistente desigualdade brasileira a fatores que remontam ao Brasil colônia, pré-1930 – a máquina midiática, em especial a televisiva, produz e reproduz a ideia da desigualdade, creditando o “pecado original” como fator primordial desse flagelo social e assim, por extensão, o senso comum “compra” essa ideia já formatada –, ao afirmar que são três os “pilares coloniais” que apoiam a desigualdade: a influência ibérica, os padrões de títulos de posse de latifúndios e a escravidão. É evidente que essas variáveis contribuíram intensamente para que a desigualdade brasileira permanecesse por séculos em patamares inaceitáveis.
Todavia, a desigualdade social no Brasil tem sido percebida nas últimas décadas, não como herança pré-moderna, mas sim como decorrência do efetivo processo de modernização que tomou o país a partir do início do século XIX.
Geralmente, existem diversas conseqüências da desigualdade social e econômica. A marginalização de parte da sociedade, o retardamento no progresso da economia do país, a pobreza, e o crescimento da criminalidade e da violência são algumas das conseqüências.
2.1 O DRAMA DA HOMOFOBIA
O debate contemporâneo sobre sexualidade e gênero ultrapassou o reducionismo dicotomizante entre natureza versus cultura por meio da afirmação não apenas da arbitrariedade da dominação masculina, mas também da historicidade da compreensão binária do sexo. (Bourdieu, 2007)
O caráter preconceituoso da nossa sociedade foi legitimizado pela história do homem e a inúmeras denominações que foram usadas para identificar a homossexualidade. Dessa forma a homofobia costuma ser vista como um conjunto de emoções negativas (aversão, desprezo, ódio, desconfiança, desconforto ou medo) em relações homossexuais.
As famílias foram historicamente construídas e naturalizadas na sociedade brasileira como heterossexuais e patriarcais. É natural que o modelo normativo da família seja constituído de pai, mãe e filhos. Apesar de já estarmos no processo de adequação a novos formatos de família (pais separados que contraem nova união, filhos adotivos, etc..) ainda prevalece o modelo de família heterossexual.
Através das representações sociais observa-se que as práticas sexuais não reprodutivas são vistas como desvio, crime, aberração, doença, perversão, imoralidade ou pecado. (FOUCAULT, 1987). A homossexualidade e a luta por direitos trazem comportamentos homofóbicos pelos que resistem a igualdade de direitos entre homo e heterossexuais.
Esse complexo fenômeno da homofobia precisa ser conhecido em todos os seus aspectos, da afetiva a cultural para ser combatida de forma inteligente.
Em maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a legalidade da união estável entre pessoas do mesmo sexo no Brasil, a questão da homofobia voltou a pauta de discussões acerca dos direitos da homossexualidade que, apesar das conquistas ainda enfrenta preconceitos. O reconhecimento legal da união homoafetiva não solucionou o problema da homofobia, nem protegeu os homossexuais da violência.
O aumento expressivo das discussões da temática sobre a diversidade sexual, em diferentes contextos tem possibilitado ações afirmativas
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