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Por:   •  8/5/2014  •  Resenha  •  712 Palavras (3 Páginas)  •  171 Visualizações

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no modo de produção capitalista, o processo de trabalho é também um processo de exploração, porque se dá uma apropriação do excedente do trabalho pelo capitalista (1985). O trabalhador, que nada possui, se vê obrigado, assim, a vender sua força de trabalho para poder sobreviver, e a burguesia, detentora dos meios de produção, enriquece, se apropriando da mais-valia. A acumulação crescente levou o sistema capitalista a expandir-se, assumindo cada vez mais o controle de todos os recursos materiais e humanos, e colocou esse imenso potencial a serviço de um processo produtivo cada vez mais eficiente, associado ao desenvolvimento científico e tecnológico.

O sistema capitalista, entretanto, além da exploração, significa também a alienação do homem. E a obra de Marx (1982-1985) é permeada pelas críticas às várias formas de alienação: a religiosa, a filosófica, a política e a socioeconômica. Para Marx (1985), a alienação econômica e social reveste-se, principalmente, das seguintes formas: separação entre o homem e seu trabalho, que o priva de decidir o que faz e como faz; separação entre o homem e o produto de seu trabalho, que lhe tira o controle sobre o que é feito com o resultado e os excedentes de seu trabalho, possibilitando a exploração; separação entre o homem e seu semelhante, gerando relações de competição. Essas formas de alienação se fundamentam na divisão social do trabalho, na propriedade privada e na decorrente divisão da sociedade em classes.

Grande parte da obra de Marx e Engels (1982) se constitui numa tentativa de mostrar ao movimento operário como o modo de produção capitalista desvirtua a vida e as relações sociais humanas, sob múltiplas formas, com o intuito de satisfazer as exigências da reprodução do capital. A consciência crescente da exploração e o agravamento dos problemas sociais, ligados à acumulação capitalista, levaram os trabalhadores a se organizar em movimentos e lutas por melhores condições de vida e de trabalho.

As políticas sociais, que começaram a ser implantadas no fim do século XIX, na Europa e Estados Unidos, e a partir de 1930, no Brasil, têm sido apontadas como “uma gestão, ainda que conflitiva, da força de trabalho para que ela se reproduza nas melhores condições para o capital” (Faleiros, 1980, p. 48). Mas as medidas de política social não podem ser vistas apenas sob o ângulo da reprodução ou como escamoteamento da exploração capitalista. Essa seria uma explicação parcial e, de certa forma, mecanicista, porque não considera a realidade concreta da correlação de forças sociais e as contradições do próprio sistema capitalista. Assim, embora não se desconheçam os outros fatores envolvidos, salienta-se o papel de sujeito, desempenhado pelas classes trabalhadoras, na conquista de seus direitos e na implantação de medidas de política social pelo Estado capitalista moderno, em resposta à questão social.

Textos & Contextos

Revista Virtual Textos & Contextos. Nº 2, ano II, dez. 2003

Revista Virtual Textos & Contextos, nº 2, dez. 2003.

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É importante assinalar, portanto, que as políticas sociais implantadas nos países de capitalismo avançado, não foram produtos de uma ação autônoma e beneficente do Estado,

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