Sociais

As Transformações Societárias continuação

O SERV SOCIAL NO BRASIL na entrada dos anos 90

*profissão relativamente consolidada;

*no plano da formação (com um currículo nacional e legalmente inserido no nível superior), cerca de 70 unidades de ensino estavam em funcionamento e poucos estados da federação não contavam com escolas de Serv Social. A pós-graduação em sentido estrito, implantada na 1ª metade da década de 70, encontrava-se afirmada em 7 unidades;

*já tinha uma bibliografia própria;

*alargou-se a demanda pelo exterior, da presença de profissionais brasileiros em ações de formação e eventos acadêmicos e seus textos encontraram divulgação além-fronteiras;

*A corporação profissional estimava em + de 60 mil assistentes sociais, registrava ganhos quer na sua representação junto as organizações estatais, quer na sua experiência associativa enquanto vendedora de força de trabalho;

*A maturação profissional tem seu marco + saliente com a elaboração da Lei Orgânica de Assistência Social (a categoria profissional oferece um ponderável aporte à sociedade brasileira);

*Problemática atual da profissão:

+legitimidade social: a profissão caucionada pelas classes dominantes em função do seu conservadorismo, não contava com a mesma caução por partes dos seus usuários, inseridos majoritariamente nas classes e camadas subalternas(1981); decorridos 15 anos surge a dúvida: se já amadureceu, pq ainda não se consolidou uma “nova legitimidade” para o serv soc junto as classes subalternas?

+para ocorrer à legitimação é necessário que haja o desenvolvimento de novas competências, sociopolíticas e teórico-instrumentais. As novas competências remetem à pesquisa, à produção de conhecimentos (sobre a realidade social) e às alternativas de sua instrumentalização;

+as novas competências passam pela formação profissional (essa formação pode ser prejudicada devido ao perfil econômico- social e cultural do aluno- ensino fundamental lamentável-base de estudos precário);

*No campo da prática profissional: as novas demandas são enfrentadas pelos profissionais em condições desfavoráveis;

*A década de 80 consolidou no plano ídeo-político a ruptura com o conservadorismo. Não significa que o conservadorismo foi superado no interior da profissão. Significa que os posicionamentos ideológicos e políticos de natureza crítica ou contestadora em face da ordem burguesa conquistaram legitimidade para se expressarem abertamente;

*Anos 80: a tradição marxista se colocou no centro da agenda intelectual da profissão: todas as polêmicas relevantes (o debate sobre a formação profissional e sobre teoria e metodologia, sobre Estado e movimentos sociais, sobre democracia e cidadania, sobre políticas sociais e assistência) foram decisivamente marcadas pelo pensamento marxista;

*Anos 90: através de influxos da tradição marxista ocorre a valorização da elaboração teórica (maioridade intelectual do serv social) e a interlocução dos seus protagonistas, na condição de parceiros, com outras áreas de conhecimento- a intelectualidade profissional desenvolveu a sua audiência para além dos limites da categoria;

*Na virada da década (anos 90): as bases de dominância teórica- cultural (marxista) começam a ser deslocadas;

*No SERV SOC no Brasil entrada dos anos 90 há registro de emergência da crítica formal às correntes marxistas no campo profissional (essas críticas não se apresentam como antimarxistas): a crítica se dirige no sentido de ampliar, abrir, flexibilizar a perspectiva teórica, incorporando os autores que sejam do gosto crítico.

Perspectivas imediatas de trabalho e tendências de desenvolvimento

*A dinâmica das relações capitalistas no marco nacional (periférico e heteronômico), as implicações da brutal concentração da propriedade e da renda,