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Sociologia - Comte

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Por:   •  6/10/2013  •  1.327 Palavras (6 Páginas)  •  375 Visualizações

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Auguste Comte considera o Positivismo como a fase final da evolução da maneira como as idéias humanas são percebidas. O Positivismo tem por base teórica a observação, ou seja, toda especulação acrítica, toda metafísica e toda teologia devem ser descartadas.

Ao elaborar sua filosofia positiva, Comte classificou as ciências que já haviam alcançado a positividade: a Matemática, a Astronomia, a Física, a Química, a Biologia e a Sociologia (esta última estava sendo formulada por Comte). Mais tarde, o pensador acrescentou a Moral. Esta série não representava todo o conhecimento humano, mas apenas as ciências abstratas.

A doutrina de Comte, baseada na lei dos três estados ou etapas do desenvolvimento das concepções intelectuais da humanidade, compreende que no primeiro estágio a humanidade é regida por ficções da teologia; no segundo estágio, o da metafísica, a humanidade já faz uso da ciência, mas não se libertou totalmente das abstrações personificadas encontradas no primeiro - portanto, o segundo estágio serve apenas de intermediário entre o primeiro e o último (exemplos de "abstrações personificadas": a "natureza", como algo dotado de consciência, vontade e sentimentos; o "capital", na concepção marxista). Essas duas fases buscam o absoluto e as razões últimas das coisas. Finalmente, no terceiro estágio, o positivo, a ciência já está totalmente consciente de si e, baseada no relativismo intrínseco à ciência, não se pretende apenas achar as causas dos fenómenos, mas descobrir as leis que os regem.

Método do Positivismo de Auguste Comte

O método geral de Auguste Comte consiste na observação dos fenômenos, subordinando a imaginação à observação (ou seja: mantém-se a imaginação), mas há outras características igualmente importantes. Na obra "Apelo aos Conservadores" (1855), Comte definiu a palavra "positivo" com sete acepções: real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático.

Duas características são hoje reconhecidas por todos: a visão de conjunto, ou o holismo ("orgânico"), e o relativo (embora haja uma curiosa e extremamente difundida versão que afirma que o Positivismo nega tanto a visão de conjunto quanto o relativismo). Mas, além disso, o "simpático" implica afirmar que as concepções e ações humanas são modificadas pelos afetos das pessoas (individuais e coletivos); mais do que isso, em diversas obras Auguste Comte indicou como a subjetividade é um traço característico e fundamental do ser humano, que deve ser respeitado e desenvolvido.

VIDA DE AUGUSTE COMTE

Comte, o maior filósofo da humanidade, nasceu em Montpellier, no sul da França em 1798, nove anos após o início da Revolução Francesa e morreu em Paris em 1857.

A sua assombrosa inteligência foi logo reconhecida aos 16 anos de idade, em 1814, quando Napoleão Bonaparte abdica e é reestabelecida a monarquia a favor de Luiz XVIII, irmão de Luiz XVI, quando Comte entra para a Escola Politécnica.

Apaixonado pela cultura, foi influenciado por Aristóteles, Bacon, Descartes, Hume, Condorcet, Diderot, considerados precursores do Positivismo.

Na sua primeira fase, Comte lia todos os livros que podia comprar, com sacrifício até de sua alimentação. Logo depois, deixou de ler e começou a meditar.

Em 1817, com 19 anos de idade, descobre o princípio da relatividade e em 1822, com 24 anos, ao cabo de 60 horas de meditação, sem dormir, descobre também a Lei dos Três Estados ou Lei da Inteligência, que lhe permitiu criar a Sociologia - ele é o oai da Sociologia Positiva.

Em 1825, com 27 anos, se casa com Carolina Massin, uma mulher frívola, que não se adaptou ao mestre Comte.

Devido às atitudes desrespeitadoras desta mulher, Comte teve uma crise nervosa em 1828, com 30 anos de idade; era um homem de sentimentos puros, e teve que interromper as aulas que começara a ministrar às celebridades da época.

Sua grande mãe veio a Paris e o ajudou no seu restabelecimento. Logo que restabeleceu a saúde, escreveu o seu curso de Filosofia Positiva, em seis volumes, editados entre 1830 e 1842. Cabe aqui lembrar que Carolina abandona o marido, que passou a lhe dar uma pensão, proporcional aos seus vencimentos de professor.

Em fins de 1844 conhece Clotilde De Vaux, devota-lhe um grande amor platônico, estado amoroso que o leva a plena criatividade - é mais fácil criar amando. Esta mulher, muito inteligente, mostra ao mestre outras facetas do relacionamento humano, que o leva a criar a Moral Teórica e a Moral Prática. Logo perde a sua inspiradora, que falece em princípios de 1846.

Auguste Comte se aproxima do Catolicismo, influenciado por Clotilde e também por suas reminiscências de infância, pois nascera em frente à Igreja de Santa Eulália.

A amizade do filósofo com os padres não significa um retrocesso à teologia, nem tampouco pode se considerar Positivista o literato religioso Lamennais, que foi excomungado, pelo simples fato de ter lido o livro de nosso mestre.

De 1851 a 1854, Auguste Comte escreve o Sistema de Política Positiva em 4 volumes, que é o primeiro Tratado de Sociologia e postula a separação espiritual e temporal (Igreja independente do Estado).

Em 1857, com 59 anos, vem a falecer, depois de definir e classificar as ciências e criar a Sociologia Positiva e a Moral Positiva.

Sua vida foi um modelo de comportamento para os discípulos e suas idéias impressionavam e impressionam até hoje os intelectuais de todos os países civilizados.

OBRAS DE AUGUSTE COMTE

Sistema de Filosofia Positiva - 1830-1842

Sistema de Política Positiva ou Tratado de Sociologia instituindo a Religião

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