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Sociologia - Educação No Brasil

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Por:   •  17/8/2014  •  1.221 Palavras (5 Páginas)  •  607 Visualizações

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Resumo

Responder as questões:

1. Discorra sobre a importância de Florestan Fernandes na construção da sociologia brasileira - rápida biografia, sua participação na construção da sociologia brasileira e a sua posição política nas décadas de 40 a 60.

2. O que foi o Ato Constitucional número 5 (AI-5) e qual a importância desta decisão política no desenvolvimento da sociologia no Brasil?

Sumário

1. Florestan Fernandes

2. Ato Institucional número 5

3. Referências bibliográficas

1. Florestan Fernandes

Florestan Fernandes nasceu em 1920 e morreu em 1996. Provavelmente devido à sua origem humilde, o sociólogo Florestan Fernandes, em sua obra, apresenta o ponto-de-vista de um excluído. Descendente de imigrantes portugueses, trabalhando desde criança, tornou-se professor a custo de muito esforço.

Esta dificuldade financeira, tornou Florestam uma pessoa persistente e agitada, evitando, a todo custo, qualquer desperdício, principalmente o de tempo.

Graduou-se na década de 1940 em sociologia; produz suas primeiras obras com inclinação ao estudo da cultura negra e do folclore. No final dos anos 1940 apresenta análises da sociedade dos índios tupinambá. A partir de então, dedica seus textos a temas relacionados com sua área de estudos: as relações raciais entre negros e brancos, o ensino e desenvolvimento da sociologia, a questão do folclore, o subdesenvolvimento e as questões políticas. Suas últimas obras, em 1994 e 1995, tratam da democracia e do socialismo.

Suas ideias políticas, apesar de ser um intelectual, são claramente influenciadas pelo socialismo e filosofia marxista. Manteve-se sempre solidário aos oprimidos pelo sistema social, sendo visível esta característica no seu texto “Marx e o pensamento sociológico moderno”.

No texto “Tiago Marques Aipobureu: um Bororo marginal”, Florestam retrata os problemas de adaptação de um personagem marginalizado pelas comunidades branca e indígena.

Trata, em seguida, da situação do negro e do racismo. Escreve “A integração do negro na sociedade de classes” que trata das relações raciais no Brasil, onde se opões à posição de miscigenação defendida por Gilberto Freyre. Florestan também discorda da ideia de uma democracia racial no Brasil. Através de dados empíricos e relatos, descreve as difíceis condições de adaptabilidade das populações negras. O negro, sem condições de estudar, sofrendo a “concorrência” dos imigrantes brancos, estava despreparado para conviver neste sistema de produção capitalista e, por isso, eram classificados como indolentes e irresponsáveis. O Estado não dá condições para que todos os cidadãos alcancem a igualdade social.

Para alguns negros, esta situação social fazia com que famílias se desestruturassem, gerando promiscuidade e encaminhando as novas gerações para o roubo ou a prostituição.

Florestan, devido ao nosso desenvolvimento histórico, o povo brasileiro não deve ser tratado como “único”. Conclui que com o nosso quadro histórico, a ideia de um povo brasileiro único é inaceitável e, além disso, na forma de uma democracia social. Apesar dos negros e índios nunca terem sido totalmente excluídos da sociedade e de que não tivemos qualquer conflito inter-racial reconhecido, devemos considerar que em nenhum momento, na História do Brasil, estas raças foram tratadas com igualdade de direitos.

Em 1969 foi afastado da Universidade pelo AI-5. Editou mais de cinquenta obras. Preocupou-se em desenvolver métodos de ensino eficazes, pois acreditava que a sociologia devia se transformar numa ciência com potencial para explorar a área empírica e, assim, entender e enfrentar os problemas característicos da realidade brasileira. Manifestou tendência eminentemente marxista em suas obras e na militância. Considerava-se cientista e militante.

2. Ato Institucional número 5

A segunda metade do século XX apresentou várias situações que criaram condições que muitos movimentos sociais surgissem. Nos anos 60 a sociologia estudava, principalmente, o processo de industrialização do país, nas questões de reforma agrária e movimentos sociais na cidade e no campo; mas, a partir de 1964, a sociologia se volta para os problemas sócio políticos e econômicos originados pela tensão de se viver em uma ditadura militar.

A partir do golpe militar de 1964, o Brasil iniciou o seu regime ditatorial, totalmente antidemocrático e que estimulou movimentos sociais tanto de oposição quanto de apoio ao governo. As manifestações populares que exigiam reformas sociais nos setores estudantil, agrário e urbano, foram alvo principal do regime ditatorial brasileiro. A extrema direita justificava esta perseguição alegando que estas reinvindicações estavam vinculadas ao comunismo e ao socialismo mundial.

Estávamos no pós Segunda Guerra Mundial e em plena Guerra Fria (EUA X ex-URSS). Organizações militares norte-americanas atuaram no Brasil

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