Teoria Das Restrições
Casos: Teoria Das Restrições. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: fcevandro • 28/4/2014 • 5.901 Palavras (24 Páginas) • 293 Visualizações
TEORIA DAS RESTRIÇÕES COMO INSTRUMENTO PARA A TOMADA DE DECISÃO NAS EMPRESAS
1 - INTRODUÇÃO
A busca incessante pela continuidade, pela permanência e conquista de novos mercados levam as empresas a procura de diferenciais competitivos e principalmente informações que sejam úteis, tempestivas, relevantes e de caráter gerencial.
Com o lançamento do livro “A Meta” - obra disseminadora da Teoria das Restrições - surgiu a relevância da análise das informações geradas pela TOC para a tomada de decisão nas empresas, visto que estas como um sistema dinâmico e mutante, necessitam do máximo de informações úteis para se tornarem eficazes e eficientes.
Neste trabalho procuramos evidenciar o potencial informativo da Teoria para atendimento de necessidades gerenciais, realizando uma comparação entre informações geralmente necessárias a tomada de decisão e as informações geradas pela TOC.
Este trabalho resulta de uma pesquisa bibliográfica descritiva realizada em livros e diversos artigos publicados em revistas especializadas, anais de congressos e seminários realizados sobre o tema objeto de estudo.
2-TEORIA DAS RESTRIÇÕES: HISTÓRICO, CONCEITOS, PRINCÍPIOS E FUNCIONAMENTO
A Teoria das Restrições TOC (Theory of Constraints) é considerada uma técnica de administração da produção. Segundo CORBETT (1997, p. 38): “...a TOC é composta de dois campos, os processos de raciocínio de um lado, e os aplicativos específicos (como logística de produção), desenvolvidos usando-se os processos de raciocínio do outro”.
Esta Teoria foi desenvolvida com o intuito de fornecer informações aos gerentes de maneira simples e lógica, pois a lógica nada mais é que processos intelectuais que são condição geral do conhecimento verdadeiro. Na medida em que visualiza a empresa como um sistema, usa a razão para conhecer e formular procedimentos, gerando os aplicativos específicos. Tal técnica juntamente com o MRP I, II, e III (Manufacturing Resource Planning) e o JIT (Just-in-Time) formam um novo enfoque de gestão produtiva dos estoques.
2.1 Histórico
O físico Eliahu M. Goldratt, no início dos anos 70 desenvolveu soluções de problemas de logísticas voltados para a programação de produção. Base para a formulação do software – OPT (Optimized Production Technology).
Posteriormente, nos anos 80 nos EUA, Goldratt desenvolveu a TOC, que pode ser considerada como um aperfeiçoamento da tecnologia de produção otimizada.
A TOC foi amplamente divulgada a partir de 1984 quando publicou-se o livro “A Meta”.
2.2 Conceitos
De acordo com Goldratt em sua obra, “A meta”, o ponto alvo de toda à empresa nada mais é que ganhar dinheiro. Para isso terá que implementar uma gestão de produção modificada em relação a gestão tradicional.
Na gestão tradicional todas as partes (departamentos de produção) da empresa são otimizados, considerando o aumento da eficiência local (máquinas e/ou setores isoladamente). “No sentido da otimização da produção, a teoria das restrições propõe a máxima: a soma dos ótimos locais não é igual ao ótimo total ”. (GOLDRATT apud GUERREIRO, 1996 P.11), pois acredita que toda a empresa no intuito de atingir a sua meta apresenta restrições.
A palavra restrição é entendida como qualquer elemento físico ou político que limita o desempenho do sistema.
Chamando-se o sistema de empresa, admitindo-se que ela possui atividades dependentes dentro do seu fluxo de operações, o recurso limitador das operações é a restrição do sistema. Segundo Goldratt, o fluxo operacional da empresa é análogo a uma corrente e o que dimensiona a força de uma corrente é o seu elo mais fraco (restrição ou gargalo). Todas as empresas apresentam restrições, por esta razão não atingem lucro infinito.
Conforme GOLDRATT (1984, p. 158):“um gargalo...é aquele recurso cuja capacidade é igual ou menor do que a demanda colocada nele. E o não-gargalo é aquele recurso cuja capacidade é maior do que a demanda colocada nele.”
A teoria das restrições manifesta claramente que a empresa no objetivo de atingir a sua meta que é ganhar dinheiro terá que melhorar outras medidas de desempenho. “... a meta é reduzir a despesa operacional e inventário, aumentando simultaneamente o ganho”. (GOLDRATT,1984 p. 99).
As medidas de desempenho expressadas na meta são:
a) Ganho ou contribuição da produção (Throughput Contribution);
b) Investimentos (inventários);
c) Outros custos e despesas operacionais.
a) Ganho – foi definido como as vendas, representadas pelo dinheiro gerado pelo sistema, reduzidas dos custos de materiais diretos inerentes aos itens relacionados com os produtos vendidos.
Equação do ganho (Throughput)
(+) Receita das vendas
(-) Custo dos materiais diretos
(=) Ganho/resultado (Throughput)
b) Inventário – de acordo com esta teoria seria, todo o dinheiro que a empresa investe na compra de coisas que ela pretende vender. Tais “coisas” incluem estoques de matérias-primas, produtos em processo e produtos acabados, são incluídos ainda, valores como: pesquisa e desenvolvimento, custos de equipamentos relativos a ativos como máquinas e edifícios e/ou construções.
c) Despesa operacional – definido pela teoria como todo o dinheiro que o sistema gasta para transformar o inventário em ganho. Estas despesas dizem respeito aos custos fixos e despesas incorridas inclusive depreciação, incluindo-se também no campo destas despesas a mão-de-obra direta, pois considera o desembolso financeiro (dinheiro gasto ou consumido) aquilo que não possa ser usufruído posteriormente.
As medidas e/ou parâmetros de alcance da meta são:
a) Retorno sobre o investimento ROI;
b) Fluxo de Caixa;
c) Lucro Líquido.
a)Retorno sobre o investimento: Um outro conceito inovador da teoria é o que se refere ao Retorno sobre o investimento – (ROI). Parte do princípio
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