Teorias Do Jornalismo
Artigo: Teorias Do Jornalismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: broker • 8/3/2015 • 1.471 Palavras (6 Páginas) • 291 Visualizações
Teorias do jornalismo é um assunto recorrente nos primeiros períodos de formação de um estudante da área. E é comum que tenhamos dúvidas sobre muitas delas.
Colocando-me no seu lugar, sei bem como é buscar entendimento diante de tantas teorias de jornalismo existentes. No entanto, vamos voltar nossa atenção para as principais.
A ideia não é esmiuçar, mas sintetizar algumas - 10 - dessas teorias que nos ajudam a compreender como funciona (ou deveria) a produção de notícias.
01 | Teoria do Espelho
A Teoria do Espelho é de 1850, sendo considerada a mais antiga. Inspirada no Positivismo do filósofo francês Auguste Comte (1798-1857), ela surgiu durante mudanças na imprensa dos Estados Unidos.
Seu princípio básico seria a separação de fatos e opiniões, ou seja, o jornalista descreveria objetivamente os fatos. É com base nessa teoria que o jornalista deveria contar a verdade sempre, "doa a quem doer".
Porém, se você se aprofundar (o que é recomendável) sobre o assunto, observará que é conversa fiada.
02 | Teoria do Gatekeeper
Também conhecida como Teoria da Ação Pessoal, ela prega que as notícias seriam filtradas pelo GateKeeper - ou seja, porteiro/editor - que definiria o que deve ou não ser publicado.
A Teoria do Gatekeeper surgiu em 1950 e foi aplicada ao jornalismo por David Manning White.
03 | Teoria Organizacional
A Teoria Organizacional originou-se na Administração e Psicologia, sendo adaptada recentemente - em 1995 - ao jornalismo pelo sociólogo norte-americano Warren-Breed
De acordo com ela, o jornalismo é um mercado e as notícias são seus produtos, portanto é necessária a organização das empresas, situação evidente no livro de Cremilda Medina, ‘Notícia: um produto à venda’. “As notícias são como são porque as empresas e organizações jornalísticas assim as determinam”.
A ideia é simples: quanto mais organizado o processo jornalístico, mais lucrativo.
04 | Teoria do Agendamento
Também conhecida como Agenda Settings, essa teoria diz que o público tende a considerar os assuntos veiculados na mídia como os mais importantes, "agendando" suas conversas por eles.
05 | Teoria Instrumentalista
Originária da década de 1970, a Teoria Instrumentalista diz que as notícias seriam produzidas de maneira parcial, para servir objetivamente a determinados interesses políticos.
Os instrumentalistas dividiam-se em direitistas e esquerdistas.
06 | Teoria dos Definidores Primários
Essa teoria considera que as notícias são distorcidas, mas não por propósito dos jornalistas ou dos proprietários dos veículos. As notícias não refletiriam a realidade porque esta seria distorcida pelas próprias fontes entrevistadas pelos jornalistas - os "definidores primários".
07 | Teoria do Newsmarking
A Teoria do Newsmarking se opõe à Teoria do Espelho ao rejeitar que as notícias não são reflexos da realidade, e defende que o jornalismo é uma construção da realidade.
Por esta visão, o jornalismo "está longe de ser o espelho do real. É, antes, a construção de uma suposta realidade" (PENA, 2010, p.128)
08 | Teoria Unificadora
A Teoria Unificadora surgiria pelo fato de que nenhuma das já citadas conseguiram, sozinhas, alcançar consenso entre os estudiosos para responder questões como:
O que são notícias?
Por que elas são como são?
Quais os efeitos da notícia?
09 | Teoria Multifactorial da Notícia
Essa é uma teoria que pode ser considerada o primeiro paradigma das teorias do jornalismo. Formulada pelo professor Jorge Pedro Sousa, ela tenta responder as questões agora pouco levantadas.
Em seus estudos, o autor concluiu que: " A notícia é o produto da integração histórica e presente de forças pessoais, sociais, ideológicas, culturais, entre outros". Assim, respondeu o que é notícia e por que são como são.
Em relação à questão dos efeitos da notícia, Sousa afirma que "elas [notícias] têm efeitos cognitivos, afectivos e comportamentais sobre as pessoas e, através delas, sobre as sociedades, as culturais e as civilizações".
> Leitura complementar: Teorias do Jornalismo, Universidade e Profissionalização: Desenvolvimento Internacional e Impasses Brasileiros
10 | Teoria Espiral do Silêncio
A Teoria Espiral do Silêncio começou a ser estuda na década de 60, sendo elaborada pela socióloga e cientista política alemã Elizabeth Noelle-Neuman.
O conceito da Teoria do Espiral do Silêncio surgiu pela primeira vez em 1972, em um congresso internacional de psicologia, em Tóquio, com a participação da alemã Noelle-Neuman. Todavia, somente em 1984 a teoria foi publicada em forma de livro “Espiral do Silêncio”.
Efeitos Limitados
Teoria dos Efeitos Limitados
Sucessivamente surge a Teoria Empírica de Campo (ou Teoria de Efeitos Limitados) que, embora baseada na Teoria da Persuasão, fundamenta-se em aspectos sociológicos, e deduz que a mídia tem influência limitada na sociedade por ser apenas um instrumento de persuasão (a mídia é apenas parte da vida social). A Teoria Empírica de Campo entende que a mídia exerce influência social limitada assim como qualquer outra força (igreja, política, escola, etc.), ou seja, a mensagem midiática passa por diversos filtros individuais de caráter social do indivíduo antes de ser absorvida pelo mesmo. Derivando daí a intensidade do efeito da mensagem no indivíduo, a Teoria Empírica de Campo conclui que os filtros individuais são de caráter sociológico e não psicológico, como queria a Teoria da Persuasão.
A abordagem empírica de campo ou “dos efeitos limitados” procurou estudar os fatores
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