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Trabalho Acdemico

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Por:   •  16/11/2014  •  Tese  •  3.942 Palavras (16 Páginas)  •  194 Visualizações

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CAPÍTULO 1

A domesticação

As primeiras evidências “propositais” deixadas pelo homem são as pinturas rupestres, onde os homens pintavam nas cavernas ilustrações ligadas aos animais que obviamente tiveram muita importância, com tamanha importância era natural que o homem quisesse incluir relatos dessas criaturas no seu dia-a-dia.

Outras evidências arqueológicas indicam que os povos que domesticaram animais se desenvolveram e se espalharam talvez de modo até a compartilhar conhecimento de domesticação com outras tribos humanas da pré-história, ao menos após a pré-história diversas civilizações trocaram esses animais entre si fazendo com que muitas espécies novas surgissem em adaptação ao clima e condições dos locais ao quais eram inseridos.

Com a domesticação do gado o homem ficou cada vez menos dependente da caça e assim pode desenvolver melhor as suas cidades.

Embora o ser humano tenha domesticado diversos animais, muitos outros não puderam ser domesticados, pois não se adaptavam nessas condições, por exemplo alguns animais não conseguem viver presos, outros tem restrições alimentares, ou seja, só comem carne que sempre foi um item mais escasso do que a vegetação, outros por sua vez são mais agressivos, enfim, há uma serie de fatores que fazem com que seja mais fácil ou mais difícil de domesticar um animal. Uma das principais características dos animais domesticados pelo homem é que estes andavam em bando, e uma vez que o homem tomasse o controle do bando e assumisse o papel do líder/alpha este bando à ele pertencia.

CAPÍTULO 2

Eis que surge se não o melhor, pelo menos o mais antigo amigo do homem – A domesticação dos cães.

É realmente muito difícil dizer com precisão quando o melhor amigo do homem foi domesticado, devido ao fato de que faz “pouco” tempo que a história do homem começou a ser pintada em paredes, menos tempo ainda que começou a ser escrita, e também que nós não encontramos todos os registros arqueológicos existentes no planeta, mas uma coisa é certa, o cão foi o primeiro animal a ser domesticado, mas não eram os cães que conhecemos, na verdade eram lobos.

Desde que o homem aprendeu a agricultura ele trocou a sua vida de nômade e começou a estabelecer assentamentos, porém os detritos provenientes das famílias que viviam nestes assentamentos começou a atrair diversos animais, dentre eles o que viria a ser o mais importante: o lobo. No começo o papel do lobo era o de lixeiro, comendo os restos rejeitados das caçadas dos humanos, mas além disso os lobos serviam como guarda-noturno já que são poucos os animais que arriscam a enfrentar uma alcateia inteira.

As teorias para a domesticação do lobo que viria a se tornar o cão são diversas, mas vale lembrar que como haviam diversos povos na pré-história, todas as teorias podem estar corretas, e cada povo tenha utilizado uma diferente da outra, as duas principais e mais aceitas teorias são:

a- Os lobos que deram origem aos cães faziam papel de “carniceiros” ao disputar os restos de alimentos deixados para trás pelo homem com outros animais. Tendo em vista que os homens os alimentavam indiretamente, os lobos foram perdendo um pouco de sua agressividade por não precisar caçar tanto e foram cada vez mais se aproximando da “mão” que os alimentava e por um processo natural foram ficando mais mansos e em algum momento começaram a conviver juntos.

b- Após a observação dos lobos o homem percebeu o seu potencial de caçador, e talvez depois de caçadas podem ter pego filhotes de lobo para criar, ou até mesmo para serem comidos depois, mas é possível que alguns filhotes tenham visto o homem como líder da alcateia, e mais tarde os mais dóceis foram criados como animais que ajudavam a caçar e os hostis provavelmente foram mortos, e talvez comidos.

Dentre tantos animais por que os cães/lobos? Além dos fatos apontados o que facilitou para que o homem domesticasse os lobos foi o fato de que lobos são animais que possuem organização social, ou seja, existe um “líder”, o que o homem fez foi apenas tomar o papel de líder da matilha para si, fazendo com que os lobos o respeitassem.

Pesquisadores consideram que a relação com os cães, além de antiga, foi essencial para a evolução do Homo Sapiens por três motivos, o primeiro foi a caça compartilhada, pois junto a eles era mais fácil, não apenas localizar a presa, devido a seu apurado faro, mas também ataca-la de forma rápida e efetiva, assim ficando mais fácil a obtenção de alimentos, e o segundo motivo é a segurança que o lobo trazia contra outros animais que pudessem chegar perto dos assentamentos, e o terceiro motivos seria que segundo Pat Shipman, cientista da Universidade de Penn State, na Pensilvânia, considera que esses animais acabaram contribuindo para que os humanos desenvolvessem a linguagem. Em um artigo publicado na revista New Scientist, Pat diz que as pinturas rupestres, uma das primeiras formas de comunicação do homem, se concentrava em registrar momentos dos homens com seus animais. Além disso, vale lembrar também que homens deviam coordenar ataques à suas presas, então é bem possível que homens tivessem uma palavra para designar o ataque, ou para fazer com que os cães esperassem.

No Egito antigo onde diversos animais eram tidos como divindade o cão não poderia passar em branco, cães eram considerados sagrados e serviam de guardiães para monarcas. Tinham até a cidade de Hardai tida como sua, a cidade era conhecida como “a cidade dos cães”. Os cães eram bem presentes e tinham em Anúbis a sua figura, Anúbis por sua vez era deus da morte e dos moribundos, com corpo de homem e cabeça de cão.

Em outros períodos foi notória a capacidade de combate dos cães que quando treinados, poderiam ajudar na guerra: eram velozes, fortes e, tornados violentos, podiam derrubar um soldado do cavalo e matá-lo em seguida. Já por outro lado foi nessa época também que cada vez mais o homem pode perceber alguns aspectos do cão, como a fidelidade, sensibilidade e bondade do cão para com o homem e vice-versa. Segundo Thurston, gregos e romanos se encantaram pela qualidade “humana” da personalidade canina. Isso surgiu porque escritores mais sensíveis observavam que, mesmo tendo suas vidas constantemente ameaçadas, ainda assim os cães procuravam a companhia humana.

Não há certeza absoluta de qual lobo é o ancestral do cão, mas há hipóteses que o cão é originário do lobo cinzento ou

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