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Trabalho Contabilidade 5 Periodo

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Por:   •  14/6/2013  •  5.860 Palavras (24 Páginas)  •  1.097 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

A CONTABILIDADE NA INDUSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO

Machadinho do Oeste

2012

A CONTABILIDADE NA INDUSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO

Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em Ciências Contábeis da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina [Nome da Disciplina].

Professores: Daniel Ramos Nogueira; José Manoel da Costa; Marcelo Resquetti Tarifa; Luiz Fernando Soares da Silva e Marcelo Carocia.

Machadinho do Oeste

2012

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................5

2 CUSTOS INDUSTRIAIS............................................................................................6

2.1 MATERIAIS............................................................................................................6

2.2 MÃO DE OBRA......................................................................................................7

2.3 ESTRUTURAIS......................................................................................................7

3 UNIDADES EQUIVALENTES DE PRODUÇÃO.......................................................8

4 PRODUÇÃO CONJUNTA.......................................................................................10

5 SISTEMA DE INFORMAÇÃO.................................................................................11

6 MÉTODOS DE CUSTEIO.......................................................................................13

6.1 CUSTEIO POR ABSORÇÃO...............................................................................13

6.2 CUSTEIO VARIÁVEL...........................................................................................14

6.3 CUSTEIO ABC.....................................................................................................15

6.4 CUSTEIO RKW....................................................................................................15

7 SISTEMA DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS.........................................................17

7.1 SISTEMA DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS POR ORDEM DE PRODUÇÃO....17

7.2 SISTEMA DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS POR PROCESSO........................18

8 TARGET COSTING................................................................................................19

8.1 OBJETIVOS DO TARGET COSTING..................................................................19

8.2 COMPONENTES DO TARGET COSTING..........................................................20

9 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO.............................................................................22

10 PONTO DE EQUILÍBRIO......................................................................................23

11 CONCLUSÃO......................................................................................................24

REFERENCIAS.........................................................................................................25

1 INTRODUÇÃO

A contabilidade tem o papel de proporcionar informações econômicas e financeiras, em conformidade com os procedimentos contábeis. E, cada vez mais se faz necessário uma apuração mais detalhada e organizada a fim de atingir melhores resultados.

Neste trabalho veremos os três elementos básicos do custo dos produtos que são: os materiais a mão-de-obra e os custos estruturais. Também veremos a importância da utilização do conceito de Equivalente de Produção em uma industria de transformação, pois, através deste poderemos mensurar o valor dos produtos acabados e em fase de acabamento. Outro ponto importante é a Produção Conjunta, que é utilizado na maioria das industrias de transformação e são subdivididos em co-produtos, sub-produtos ou sucata.

Uma industria de transformação, por mais pequena que seja, sempre haverá necessidade de um bom sistema de informação, através de um bom gerenciamento de informações é que a contabilidade poderá gerar relatórios precisos e no momento oportuno.

O método de custeio a ser utilizado em uma industria vai depender do objetivo, se a industria deseja apenas satisfazer o fisco, a utilização do custeio por absorção cumpre tal função, porém a preocupação em geral está no gerenciamento das empresas ai se faz necessários observarmos todos os métodos de custeio, pois cada um, a seu modo trará informações imprescindíveis ao gerenciamento da empresa.

Para mensuração dos recursos consumidos na execução das atividades das industrias, será necessário a identificação, coleta, classificação e processamento das informações de consumo, está função se dá através do Sistema de Acumulação de custo.

Por fim, veremos a importância da margem de Contribuição, que possibilita a análise com o objetivo de orientar a produção e o departamento de vendas, a fim de maximizar os lucro. Já o Ponto de equilíbrio, nos trará a informação para sabermos o faturamento mínimo que a empresa tem que atingir para que não tenha prejuízo.

2 CUSTOS INDUSTRIAIS

O ato de custear consiste em acumular os custos próprios de cada objeto, organiza-los e analisá-los no intuito de obter várias informações que atendam às diferentes finalidades gerenciais.

Os sistemas de custos são parte do sistema contábil e têm por função a mensuração dos recursos consumidos na execução das atividades da empresa. Para tanto identifica, coleta, classifica, processa e relata este consumo para, então, justificá-lo em termos da sua capacidade de gerar receitas para a empresa.

Na industria de transformação o custo dos produtos é composto por três elementos básicos: materiais, mão-de-obra e gastos gerais ou estruturais de fabricação.

Os valores dispendidos com esses três componentes num certo período de fabricação são divididos pela quantidade de unidades produzidas de modo a se obter o custo de fabricação de um produto.

2.1 MATERIAIS

O material é o mais importante elemento do custo industrial, pois é constituído pelas matérias-primas e secundárias que, transformadas, irão constituir o produto fabricado.

Desse fato decorre a necessidade de um controle efetivo do material empregado na produção, pois qualquer variação tem influência direta na apuração do custo do produto.

Matéria-prima é o material que entra em maior porção na fabricação do produto, já a Matéria secundária é aquela que, embora aplicada diretamente no produto, não entra em grandes proporções na fabricação e representa pequena parte do custo material.

A apuração dos custos dos materiais diretos e indiretos deve ser feita de forma diferente, pois enquanto os materiais diretos podem ser calculados em cada produto ou lote de produtos, os materiais indiretos devem ser objeto de rateio.

O controle do custo do material inicia-se com sua aquisição pelo departamento de compras, que deverá obedecer a critérios técnicos de avaliação da qualidade do material e da adequação do preço, buscando-se, de preferência, o melhor material e o menor preço.

Esses materiais, destinados a produção, permanecerão no almoxerifado até que sejam requisitados pelo Departamento de produção.

2.2 MÃO-DE-OBRA

A mão-de-obra é todo serviço prestado à empresa pelo conjunto dos empregados. Nesse caso os empregados administrativos, técnicos ou operários são elementos que formam esse conjunto.

A mão-de-obra compreende não só os salários, mas também os encargos de previdência e outros criados pela legislação trabalhista. Em termos de apuração do custo de fabricação, os salários pagos ao pessoal da produção são de fundamental importância, pois incidem diretamente no processo produtivo.

No que tange à produção, a mão-de-obra também se divide em direta e indireta. A mão-de-obra direta é aquela relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em elaboração, desde que seja possível a mensuração de quem executou o trabalho, sem necessidade de qualquer apropriação indireta ou rateio. Se houver qualquer tipo de rateio por estimativas ou divisões proporcionais, desaparece a característica de direta e passa a ser mão-de-obra indireta.

2.3 GASTOS GERAIS OU ESTRUTURAIS DE FABRICAÇÃO

Quando excluímos os materiais e a mão-de-obra, todos os outros gastos decorrentes da produção incluem-se nesse componente. Esses gastos compreendem os demais custos industriais que não podem ser alocados diretamente ao produto fabricado, devendo ser apropriados através de algum tipo de rateio.

Esses custos possuem o caráter de custos comuns ou conjuntos e geralmente incluem todos os outros custos existentes na fábrica necessários para que a mão-de-obra direta possa modificar, através do processo de produção, as matérias primas e os materiais direto utilizados.

3. UNIDADES EQUIVALENTES DE PRODUÇÃO

A produção contínua é caracterizada pela fabricação de produção padronizados de forma ininterrupta, ou seja, a empresa produz os bens para o mercado consumidor em geral em encomenda prévia. Como exemplo de produção contínua têm-se os eletrodomésticos, confecções, calçados, produtos alimentícios industrializados, etc.

O problema maior no custeamento da produção contínua está em se avaliar os estoques de produtos em processo de fabricação ao final de um período, ainda que a empresa produza um único produto. Uma vez que a produção não pára, sempre haverá produtos acabados, produtos em fase final de acabamento e produtos em início de produção, o que significa dizer que, ao final do período alguns dos produtos cuja fabricação foi iniciada ainda se encontrão semi-elaborados.

Para efetuar a avaliação dos estoques de produtos ao final de um período é preciso utilizar o conceito de Equivalente de Produção ou Produção Equivalente, pois é evidente que não se pode imputar o mesmo custo unitário de um produto acabado a um produto em elaboração, já que os custos incorridos para cada um não são os mesmos.

Faz-se necessário calcular a equivalência, em percentagem, do produto em elaboração em relação ao produto pronto, para, em seguida calcular o custo unitário através da divisão do custo total pela produção equivalente.

Equivalente de produção é um artifício para se poder calcular o custo médio por unidade quando existem produtos em elaboração nos finais de cada período; significa o número de unidades que seriam totalmente iniciadas e acabadas se todo um certo custo fosse aplicado só a elas, ao invés de ter sido usado para começar a terminar umas e apenas elaborar parcialmente outras (MARTINS, 2003, P. 156)

Devido á complexidade em muitos casos, dos fluxos produtivos, torna-se necessário que o contador de custos entenda profundamente o sistema produtivo da empresa antes de se aventurar a qualquer cálculo. Uma grande ajuda, segundo Horngren (1978, p.802) é fazer um esboço do fluxo físico das unidades e suas quantidades sem se apegar a valores monetários, inicialmente. Este mesmo autor destaca que para calcular adequadamente a produção equivalente no custeio por processo, se pode lançar mão da técnica dos cinco estágios descritos abaixo:

· Estágio I. Fluxo físico – Trace o fluxo físico da produção. (De onde vieram às unidades? Para onde foram?) Em outras palavras, quais são as unidades a justificar? E como são justificadas? Faça um fluxograma, como estágio preliminar, se necessário.

· Estágio II. Unidades equivalentes. – Converta o fluxo físico, de acordo com o estágio I. Assim, se tivermos 6000 unidades, 2/3 completas quanto ao material e ½ completas quanto aos custos de conversão, insto significa que foram aplicadas 4000 doses de material e 3000 doses de conversão.

· Estágio III. Custos totais a justificar. – Resuma, usando matéria-prima, mão-de-obra, despesas indiretas, e assim por diante, os custos totais a serem justificados.

· Estágio IV. Custo por unidade completa e equivalente. - Divida os dados do Estágio III pelas unidades equivalentes calculadas no Estágio II. O resultado será o custo por unidade completa equivalente.

· Estágio V. Cálculo do custo total da produção e estoques. – Aplique os custos unitários obtidos no Estágio IV aos estoques e às mercadorias transferidas para fora da fábrica. Certifique-se que você totalizou as cifras para verificar se conferem com o total geral obtido no Estágio III. (HORNGREN, 1978, p. 803)

O uso destes estágios de acordo com Horngren (1978, p. 803), auxilia na compreensão dos processos, facilitando o manejo de qualquer situação de custeio por processo.

4. PRODUÇÃO CONJUNTA

Os produtos que se resulta na produção conjunta, podem ser co-produtos, sub-produtos,ou sucata de acordo com a importância de venda dentro de cada empresa. Os co-produtos são considerados o produto principal, onde o faturamento é significativo para a empresa; os sub-produtos são os produtos com menos importância em relação ao faturamento e as sucatas são os produtos que não tem mercado certo, ou seja, são aqueles derivados de uma produção, sendo ela conjunta ou não.

Na produção por processo, normalmente acontecem fenômenos do co-produto e do sub-produto. Determinar o custo para este tipo de produto é o problema enfrentado pelo contador gerencial, ou seja, os custos conjuntos.

Os custos conjuntos são definidos como custos comuns de bens ou serviços empregados na produção simultânea de dois ou mais produtos. Os co-produtos são também conhecidos como produtos conjuntos. Produtos conjuntos são dois ou mais produtos provenientes da mesma matéria-prima.

As refinarias, as indústrias de carnes enlatadas, de laticínios e de produtos químicos são exemplos de indústrias que empregam produtos conjuntos. Os produtos de menor valor comercial são denominados de sub-produtos, sendo que estes nascem naturalmente durante o processo de produção, possuem mercado relativamente estável, tanto no que diz respeito à existência de compradores como quanto ao preço. São itens que tem comercialização tão normal quanto os produtos da empresa, mas que representam porção ínfima do faturamento total. Os produtos de maior valor, conseqüentemente são chamados de co-produtos.

Sendo assim, a distinção entre co-produto e sub-produto baseada no valor comercial é mais representativa na realidade, porém essa distinção pode variar no tempo e no espaço, dependendo do gosto dos consumidores. Um produto que hoje é considerado co-produto em função do mercado, amanhã poderá passar para a classificação de subproduto, ou seja, a classificação final vai depender do mercado consumidor.

5 SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Com o avanço tecnológico e a necessidade de gerenciar informações tornou-se imprescindível a parceria da contabilidade com a tecnologia da informação sendo representada nesse caso pelos Sistemas de Informação. A importância dessa parceria é tamanha que chega a depender o próprio futuro da contabilidade moderna, sendo impossível sem o gerenciamento de informações por meio de tecnologias especificas.

Só para ter idéia da importância, pense em como gerenciar tantas informações adquiridas diariamente por uma organização contábil sem o auxilio de um programa especifico para tal. O sistema de informação contábil é um dos componentes do sistema de informação gerencial (SIG, em linguagem da TI ou tecnologia da informação). Em geral deverá ser composto das seguintes partes (ou módulos):

Contabilidade geral: direcionada ao registro contábil nos moldes do padrão internacional, com o foco nos itens monetários de Balanço (Contabilidade financeira). Pode disponibilizar trabalhos adicionais como a elaboração de fluxo de

caixa, planilhas de empréstimos, cálculo de juros, etc.);

Contabilidade patrimonial: direcionada a informação para a gestão dos chamados itens não monetários do balanço: contas do Ativo Permanente e do Patrimônio Líquido, cálculo da Depreciação, Reavaliação, etc.

Contabilidade de custos: integrada a movimentação dos almoxarifados e direcionada a informação sobre a apropriação e os rateios contábeis dos custos e despesas;

Contabilidade gerencial: informação para a gestão administrativa com ênfase nas análises financeira e econômica (esta última principalmente em relação aos custos e investimentos), conversão em moeda estrangeira, consolidação de balanços, etc;

Controladoria: integrada aos Orçamentos de curto-prazo, e direcionadas às informações dos chamados itens controláveis do Balanço;

Contabilidade Estratégica: integrada aos Orçamentos e Programas de Longo-Prazo, direcionadas `a informação para a chamada Gestão Estratégica.

Como os softwares desse tipo seguem o padrão internacional (vide Contabilidade internacional), as especializações brasileiras como Contabilidade tributária e Contabilidade Pública quando necessárias devem ser adaptadas (customizadas) à "plataforma" original dos programas, o que traz imensas dificuldades aos profissionais contábeis do país.

Na atualidade, o mundo vive na era da informação, exigindo das organizações uma gestão estratégica eficiente, a qual pode ser facilitada pela utilização de recursos inteligentes oferecidos pela tecnologia de informação e sistemas de informação.

Não se admite hoje uma empresa que queira competir com vantagem, sem a utilização dessas ferramentas. Esses fatos abrem lacunas para que os novos gestores, com novas visões busquem o aperfeiçoamento contínuo para suas empresas.

Os sistemas de informações (TI) movimentam toda a organização, desde recursos humanos e tecnológicos, sendo que a alteração de um depende do outro, e a mudança que se fizer em uma das partes, trará conseqüências para a outra.

O cotidiano é uma ferramenta administrativa de suma importância para a tomada de decisão nas modernas organizações, bem como para o desenvolvimento das mesmas.

6 MÉTODOS DE CUSTEIO

A importância dos sistemas de custeio para as empresa é fato indiscutível, entretanto em maioria das vezes a dúvida reside em qual método se adotar. Se o objetivo da empresa for apenas satisfazer o fisco, a utilização do custeio por absorção cumpre tal função. Todavia a preocupação atual é focada no gerenciamento das empresas, e não somente no fisco.

As organizações necessitam de informações sólidas sobre seus custos de produção, para ter conhecimento de quais setores são mais produtivos, quais departamentos é mais caro de se manter, qual produto fornece maior retorno, entre outras informações relevantes.

Para Garrison e Noreen (2001, p. 28), os custos estão associados a todos os tipos de organizações, sejam elas: comerciais, industriais ou de serviços. As Categorias dos custos em que se incorre e o modo como estão classificados depende do tipo de organização. A apuração do custo é um processo de apropriação dos custos aos produtos e serviço de uma industria.

Os métodos de custeio estão inseridos em uma estrutura maior, denominada Sistema de Custos ou Sistema de Contabilidade de Custos.

O Sistema de custo compreende um conjunto de normas, fluxos, papeis e rotinas, operacionalizado pelas pessoas envolvidas no processo de mensurar o valor dos recursos consumidos na obtenção de um bem ou serviço.

Dentre os métodos de custeio, pode-se destacar o Custeio por Absorção, Custeio Variável, custeio ABC, e custeio RKW.

6.1 CUSTEIO POR ABSORÇÃO

Segundo Martins (2003, p. 37), Custeio por Absorção consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, insto é, são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos.

Esse método somente considera os recursos direta ou indiretamente consumidos na fabricação de produtos ou serviços. Desta forma, as despesas operacionais não se incorporam ao custo do produto.

Ainda para Martins (2003, p. 37-8), o Custeio por absorção é o método derivado da aplicação dos princípios de contabilidade geralmente aceitos. Não se trata de um princípio contábil propriamente dito, mas uma metodologia decorrente deles, nascida com a própria Contabilidade de custos. É obrigatório para fins de avaliação de estoque e, no Brasil, para fins de Imposto de Renda é utilizado obrigatoriamente, mas existem pequenas exceções.

Padoveze (2003,p. 175-6) destaca as seguintes características do Custeio por absorção:

a) Utiliza os custos diretos industriais;

b) Utiliza os custos indiretos industriais, por meio de critérios de apropriação ou rateio;

c) Não utiliza os gastos administrativos;

d) Não utiliza os gastos comerciais, sejam diretos ou indiretos;

e) O somatório dos produtos e serviços vendidos no período dá origem à rubrica custo dos produtos e serviços, na demonstração de resultado do período;

f) O somatório do custo dos produtos e serviços ainda não vendidos dá origem ao valor dos estoques industriais no balanço patrimonial do fim do período (estoques em processo e estoque de produtos acabados).

6.2 CUSTEIO VARIÁVEL

O custeio variável também pode ser denominado de custeio direto ou custeio marginal. É o sistema de custeio que considera como custo da produção somente os custos variáveis. Os custos fixos pelo fato de existirem mesmo que não exista produção não são considerados como custo de produção e sim alocados como despesas.

Neste sistema os custos dos produtos vendidos e os estoques finais de produtos em elaboração e acabados só conterão custos variáveis.

Martins (2003, p. 202) destaca que o Custeio Variável sempre acompanha a inclinação das vendas, enquanto que, pelo absorção, isso necessariamente não ocorre. A diferença de valores de resultado entre um critério e outro está sempre localizado no custo fixo incorporado aos estoques.

O Custeio Variável origina um conceito gerencial muito importante: a Margem de Contribuição – MC, que é definida como a diferença entre o preço de venda e os custos e despesas variáveis, que deve contribuir tanto para a absorção dos custos fixos como para obtenção do lucro total da empresa.

6.3 CUSTEIO ABC

Segundo Martins (2003, p. 87), o ABC (Activity Based Costing) é uma metodologia de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos ocorridos no Custeio por Absorção. Pode ser aplicado também aos custos diretos, principalmente à mão-de-obra direta. A diferença fundamental entre o ABC e os “sistemas tradicionais” está no tratamento dado aos custos indiretos.

Trata-se da metodologia mais apropriada às empresas de maior porte, notadamente industrial e de prestação de serviços, nas quais os custos e despesas indiretas têm enorme representatividade.

A redução do peso dos custos diretos, notadamente pelo efeito da redução da mão-de-obra direta, proporcionalmente aos custos totais, com o conseqüente acréscimo de custos indiretos, bem como a necessidade de diversificação da produção, tornam a avaliação dos valores indiretos de fundamental importância.

O Sistema ABC parte da definição das atividades relevantes e dos direcionadores de recursos que irão correlacionar os diversos custos incorridos às atividades.

6.4 CUSTEIO RKW

Custeio RKW - metodologia de custeio que tem por objetivo atribuir aos produtos ou serviços, todos os custos e despesas contabilizadas no período específico. Então, na formação do custo unitário, são englobados todos os gastos ocorridos durante o processo produtivo. Não fornece todas as informações necessárias a algumas decisões quando comparado a outras metodologias.

É um processo de fixação do preço do produto com base na alocação dos custos fixos e variáveis, somados a eles também as despesas que a empresa apresenta.

Este método de custeio foi utilizado antes da determinação da Legislação fiscal, e sua principal vantagem era de que qualquer aumento de um item (custo ou despesa), seria possível calcular o seu efeito no preço final do produto.

No sistema RKW (reichskuratoriun für wirtschaftlichtkeit) além dos custos são apropriadas as despesas aos produtos.

O sistema é simples, distribuem-se aos produtos os custos diretos e indiretos, pelo custeio de absorção, e as despesas de vendas, administrativas, financeiras etc. Com isto a empresa chega ao total gasto na produção e venda dos produtos, considerando os gastos antes, durante e depois da produção.

Neste sistema os custos e despesas são primeiramente atribuídos aos setores/departamentos de produção e em seguida alocados nos produtos.

Como ferramenta de gerenciamento de custo, este custeio servirá para como base para fixar o preço de venda do produto, uma vez que, calculados os custos e as despesas, basta adicionar a margem de lucro que a empresa espera alcançar.

De acordo com Martins (2001), o modelo original do RKW considera o custo de oportunidade, referindo-se à remuneração do capital próprio. O referido autor destaca a utilidade do método em considerar o rateio dos custos e despesas totais, expressando que dessa forma é possível chegar ao valor de “produzir e vender”, bastando então acrescentar o lucro desejado para se obter o preço de venda final.

A partir do raciocínio do autor, se percebe a importância do método na formação de preços considerando os custos totais da empresa, vistos como o pior custo, por serem considerados em sua totalidade (custos e despesas).

A principal vantagem na utilização do método de custeio RKW é o fato de serem utilizados todos os gastos ocorridos na organização, sem exceções, com isso se obtém uma informação de custos completa.

7 SISTEMA DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS

O sistema de acumulação de custos corresponde ao ambiente básico no qual operam os sistemas e as modalidades de custeio.

Assim, antes de decidir quanto ao sistema ou à modalidade de custeio a ser adotada, a empresa deverá escolher o seu sistema de acumulação de custos, orientando-se, estritamente, pelo sistema produtivo da empresa.

Para LEONE (1997 p.185):

Os sistemas de acumulação de custos destinam-se a coletar os dados de custos, direta ou indiretamente, identificados com algum objeto de custeio, a organizá-los de forma a que possam contribuir para o desenvolvimento de informações que se destinam ao atendimento de alguma necessidade gerencial diferente ou especial.

Os sistemas de custos são parte do sistema contábil e têm por função a mensuração dos recursos consumidos na execução das atividades da empresa. Para tanto identifica, coleta, classifica, processa e relata este consumo para, então, justifica-lo em termos de sua capacidade de gerar receitas para a empresa.

Segundo Martins (2001, p. 28):

Sistema não é somente um conjunto de normas, fluxos, papéis e rotinas, mas um conjunto de homens; muitas vezes, entretanto esquecemo-nos disso. Sistema de Custo não são exceções e dependem primordialmente de pessoas, não de números, papeis e rotinas (...) o sistema representa um conduto que recolhe dados em diversos pontos, processa-os e emite, com base neles, relatórios na outra extremidade.

Com base nesses conceitos citados pode-se afirmar que um sistema de custeio é um conjunto estruturado de meios que possibilita informações para controle, avaliação, organização e análises do sistema empresarial mediante a apropriação dos custos aos produtos. Assim, no processo de industrialização é indispensável que se conheça o quanto custa para se produzir um determinado produto de modo que se possa definir adequadamente por qual preço se poderá vende-lo, com um mínimo e lucro para a empresa; se vale ou não a pena produzi-lo, entre outras decisões que os administradores precisem tomar.

7.1 SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS POR ORDEM DE PRODUÇÃO

Este é o sistema no qual cada elemento do custo é acumulado segundo ordens específicas de produção referentes a um determinado produto ou lote de produtos. As ordens de produção são emitidas para o início da execução da atividade produtiva e nenhum trabalho poderá ser iniciado sem que seja devidamente precedido pela emissão da correspondente ordem de produção.

Segundo LEONE (1997:192) “é um sistema no qual cada elemento de custo é acumulado separadamente, segundo ordens específicas de fabricação”. É o mais adequado para acumular os custos de produção de empresas que trabalham por encomendas, com produtos diferenciados ou lotes específicos de produção.

7.2 SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS POR PROCESSO

O sistema de acumulação por processo é usado, invariavelmente, na contabilização dos custos de uma produção em massa. Normalmente, nesse sistema produtivo, todos os produtos são fabricados para estoque; uma unidade de produção é idêntica a outra, os produtos são movimentados no processo de produção continuamente, e todos os procedimentos de fábrica são predominantemente padronizados.

De acordo com LEONE (1997:204) “a finalidade principal do Sistema é determinar os custos e as despesas relacionados aos processos de produção”, adapta-se melhor às fábricas (ou empresas prestadoras de serviços) que fabricam os produtos de modo contínuo para o atendimento das necessidades do mercado consumidor.

Este método computa todos os custos incorridos em um determinado período de produção que são divididos pelas quantidades produzidas para obtenção do custo unitário.

Estes produtos são solicitados de modo permanente por milhões de clientes que constituem o mercado consumidor. Não há data para o término da produção. Se o produto está sendo aceito pelo mercado consumidor e se está gerando lucro, o aconselhável é continuar a fabricá-lo.

8 TARGET COSTING

O target costing, também conhecido como custeio-alvo, foi criado pelos japoneses nos anos 1960, baseado na idéia norte americana de engenharia de valor, ou seja, em um sistema de redução de custos e planejamento dos lucros. A engenharia de valor focava apenas o setor de produção da empresa. Já o target costing combinava a redução de custos com o esforço de todos os setores da empresa.

Porém este sistema de custeio só foi difundido no Japão na década de 1970, sendo popularizado no Ocidente a partir dos anos 1980, através da tradução das obras de autores japoneses por alemães e norte americanos. Cabe salientar que de acordo com Sakurai (1997), as atividades de target costing já eram aplicadas no Japão antes de 1973, mas foi após a crise do petróleo que o target costing se espalhou em sua forma atual.

O target costing é um processo de planejamento dos custos e dos lucros desenvolvido na fase de projeto de um novo produto ou no reprojeto de um produto que já se encontra no mercado. Este processo está baseado no preço de venda estabelecido pelo mercado competitivo e em um retorno aceitável de seu investimento durante o seu ciclo de vida.

Teixeira et al.l (2001, p. 4) definem o target costing como:

Um processo de gerenciamento estratégico de custos e planejamento de lucros desenvolvido na fase de projeto de novos produtos (ou produtos reprojetados), que se baseia no preço de venda estabelecido pelo mercado visando à satisfação do cliente, envolvendo toda a estrutura organizacional da empresa, considerando todo o ciclo de vida do produto e envolvendo toda a cadeia de valor.

Sakurai (1997, p. 49) o conceitua como “um método abrangente de gerenciamento estratégico de custos que envolvem a redução de custos durante todo o ciclo de sua ocorrência”. Já para Maher (2001, p. 617), é “uma abordagem sistemática para estabelecimento do custo desejado de um produto, com base em fatores ditados pelo mercado”.

8.1 OBJETIVOS DO TARGET COSTING

Segundo Monden (1999, p. 27), os objetivos do target costing são determinados da seguinte forma:

1. Reduzir os custos de novos produtos de maneira que o nível de lucro requerido possa ser garantido, ao mesmo tempo em que os novos produtos satisfazem os níveis de qualidade, tempo de entrega e preço exigidos pelo mercado.

2. Motivar todos os funcionários a alcançar o lucro-alvo durante o desenvolvimento de novos produtos tornando o custo-alvo uma atividade de administração do lucro por toda a empresa.

Cabe salientar que ao mencionar custo-alvo, não se entende o sacrifício de algumas características do produto para adequar-se ao preço de mercado, e sim o gerenciamento dos custos, visando à sustentação das características deste produto, a otimização de seu custo e a manutenção do resultado da empresa.

8.2 COMPONENTES DO TARGET COSTING

A formação do preço de venda dos produtos atende a fatores internos e externos. Dentre estes fatores encontra-se a seleção do objetivo de preço, que é a etapa na qual a empresa decide o que deseja fazer com seu produto, seleciona o seu mercado alvo e inclui seu preço.

Através da fixação de preço é possível identificar qual é o objetivo da empresa. Caso ela busque a sobrevivência, o lucro não é muito importante, a empresa busca cobrir com o seu preço de venda apenas os custos variáveis e alguns dos custos fixos. Cabe ressaltar que isto só é viável para prazos curtos.

Outro objetivo da empresa pode ser a maximização de lucros, processo pelo qual estabelece um preço que irá maximizar seu lucro atual. Da mesma forma a maximização do faturamento pode ser uma meta da empresa, que da mesma forma que a meta anterior, estabelece um preço visando à maximização do faturamento.

A maximização do crescimento das vendas, também conhecida como chamada de preço de penetração no mercado ocorre quando a empresa estabelece um preço mais baixo visando à maximização das vendas unitárias. Já a maximização da desnatação do mercado é a fixação de um preço alto para “desnatar o mercado”.

O objetivo de liderança de qualidade surge quando a empresa cobra preços acima da média de mercado, devido à qualidade elevada de seus produtos. E os consumidores pagam preços mais altos para ter uma qualidade superior.

Segundo Scarpin (2000), cada preço que a empresa cobra poderá resultar em um diferente nível de demanda, e enquanto o mercado sinaliza o seu preço máximo de venda, os custos informam o preço mínimo a ser praticado. Sendo assim a empresa precisa cobrar um preço que cubra os custos de produção e de um retorno sobre o investimento.

A empresa deve estar atenta sempre aos custos de seus concorrentes, para saber se está em vantagem ou desvantagem em relação aos mesmos. Já os preços podem ser utilizados como referencias, assim como estar atento às ofertas dos concorrentes pode trazer vantagens na hora de estabelecer os preços de venda.

9 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

A Margem de Contribuição é a parte que resta após a cobertura dos custos variáveis. Portanto é a parcela responsável em cobrir os custos fixos, bem como o lucro alcançado ou desejado.

Conforme Crepaldi (1998, p. 122)”margem de contribuição é a parcela do preço de venda que ultrapassa os custos e despesas variáveis e que contribuirá para a absorção dos custos fixos e, ainda para formar o lucro”.

A margem de contribuição é dada pela seguinte fórmula:

Fonte: Crepaldi (1998 p. 122).

Esta ferramenta possibilita a análise com o objetivo orientar a produção e o departamento de vendas, com a finalidade de maximizar os lucros.

Por intermédio da margem de contribuição que os gestores verificaram o quanto cada produto está colaborando para gerar lucro na industria.

Margem de contribuição representa a diferença entre a receita de vendas de um produto e os seus custos variáveis. Este conceito é de fácil entendimento, pois do total das vendas de um produto diminui-se os custos variáveis, ou seja, aqueles que modificam de acordo com o número de unidades produzidas.

A margem de contribuição unitária permite avaliar a margem de lucro apurado em cada unidade de produto, sem levar em conta o custo fixo, isso possibilita identificar os produtos mais lucrativos no processo de industrialização, servindo de subsidio para a tomada de decisão por parte da administração da empresa.

Como podemos ver, a margem de contribuição tem relação com o sistema de custeio variável, pois ambos excluem no seu cálculo os custos fixos. O objetivo desta exclusão é o de calcular somente os custos gerados pela produção de cada unidade a mais.

10 PONTO DE EQUILÍBRIO

O ponto de equilíbrio refere-se a ocasião onde o volume de vendas não apresenta lucro ou prejuízo, o objetivo é identificar a partir de que momento os custos cessam de moda a iniciar-se o lucro da industria.

O ponto de equilíbrio equivale ao lucro variável. É a diferença entre o preço de venda unitário do produto e os custos e despesas variáveis por unidade do produto. Isto significa que, em cada unidade vendida, a empresa terá um determinado valor de lucro. Multiplicado pelo total das vendas, teremos a contribuição marginal total do produto para o lucro da empresa.

Em outras palavras, Ponto de Equilíbrio significa o faturamento mínimo que a empresa tem que atingir para que não tenha prejuízo, mas que também não estará conquistando lucro neste ponto.

Os três pontos de equilíbrio fornecem importantes subsídios para um bom gerenciamento da empresa. Assim, tem-se que:

a) O ponto de equilíbrio financeiro: informa o quanto a empresa terá que vender para não ficar sem dinheiro e, conseqüentemente, ter que tomar empréstimos, prejudicando ainda mais sua lucratividade. Se a empresa estiver operando abaixo do ponto de equilíbrio financeiro, ela poderá até mesmo cogitar uma interrupção temporária de suas atividades.

b) O ponto de equilíbrio econômico, por sua vez, mostra a quantidade mínima que a empresa terá que vender para assegurar a rentabilidade real dada pela taxa de mínima remuneração do capital investido.

A empresa que os utiliza deve ter sempre em mente que eles são apenas um instrumento gerencial de apoio a tomada de decisão, não representado os custos reais da empresa.

c) Finalmente, o ponto de equilíbrio contábil, utilizando-se para seu cálculo os custos reais da empresa (os custos contábeis), representa o referencial da quantidade mínima a ser vendida.

Ponto de Equilíbrio é um dos indicadores contábeis que informa ao executivo o volume necessário de vendas, no período considerado, para cobrir todas as despesas, fixas e variáveis, incluído-se o custo da mercadoria vendida ou do serviço prestado.

11 CONCLUSÃO

No cenário atual, marcado pela crescente competitividade, a área de custos é, certamente, uma das mais valorizadas pelas empresas, notadamente as do ramo industrial.

Neste trabalho observou-se que o contador, para desenvolver um trabalho adequado, precisa conhecer em detalhes o processo produtivo para que possa por exemplo definir o melhor sistema de custeio para empresa, visto que conforme for a natureza das operações da indústria se definirá o sistema de acumulação dos custos, por ordem ou por processo.

Podemos afirmar, após análise do conteúdo exposto, que tanto o material quanto à mão-de-obra são elementos essenciais na composição do custo, de forma a terem de estar obrigatoriamente, presentes na apuração e determinação do custo em qualquer sistema de custeio.

Não resta dúvidas que o ponto de equilibrio e margem de contribuição constituem-se em ferramentas de grande utilidade no processo da gestão industrial, como por exemplo na orientação da produção e o departamento de vendas, com a finalidade de maximizar os lucros.

As empresas estão cada vez mais buscando novos desafios para alcançarem e permanecerem na liderança, e um desses meios é desenvolver recursos humanos capazes de analisar todo o processo produtivo das organizações, desde a aquisição da matéria-prima até a entrega do produto final e ou serviços ao cliente.

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