Trabalho De Estratefia

As Cinco Mentes de um Executivo

Jonathan Gosling e Henry Mintzberg

Este artigo os autores tem como objetivo salientar as características de um executivo. Mostram as dificuldades das pessoas pensarem como executivo dão o exemplo de um presidente de uma empresa que tem a dificuldade de fazer seus engenheiros a pensar como um executivo.

É exposta também a idéia de que hoje a “liderança” é o mais importante e a gestão foi deixada para segundo plano. Então foi projetado um curso para treinar os executivos que já estão no mercado e os que irão entrar, com um método bem diferente do que é visto em outros cursos e que obteve êxito nas salas de aula. Eles evidenciam as cinco disposições mentais do executivo, que deram origem aos cinco módulos do programa:

Gestão do Eu: disposição mental reflexiva;

Gestão de Organização: disposição mental analítica;

Gestão do Contexto: disposição mental cosmopolita;

Gestão de Relacionamentos: disposição mental colaborativa;

Gestão da Mudança: disposição mental da ação.

Esse é o mundo de um Executivo.

O programa não tem como objetivo ser científico, mas ser útil no trabalho com executivo. Essas disposições devem ser encaradas como uma atitude, uma mentalidade. Disposição Mental quer dizer preparar a mente.

Gestão do Eu: Disposição Mental Reflexiva.

Aqui nos mostra que se tem que parar de fazer as coisas no “automático”, um administrador precisa parar e pensar, refletir sobre as expectativas. Um acontecimento só passa a ser uma experiência depois de uma reflexão ponderada. Tem que parar pensar no passado refletir o que foi feito para abrir a mente para novas idéias.

Uma organização não precisa da turma do “espelho” que vê em tudo apenas um reflexo de seu próprio comportamento. Mas tão pouco da turma da “janela”, incapaz de enxergar além da imagem diante de seu nariz. Precisa dos dois, alguém que veja o que está acontecendo ao seu redor e que reflita como esta se comportando e tenha novas idéias. Isso implica em olhar para dentro para melhor olhar para fora.

Uma “visão” de sucesso não surge imaculada; é pintada, pincelada a pincelada, com base em experiências passadas. Um executivo de sucesso não dá valor só à história de grandes acordos e fiascos, mas também a história cotidiana de todos os pequenos atos que fazem uma organização funcionar. É preciso entender o passado quando se quer usar o presente para garantir um futuro melhor.

Gestão de Organização: Disposição Mental Analítica.

Não tem como organizar sem análise. A boa análise fornece uma linguagem a toda organização; permite as pessoas chegar a um consenso sobre o que está guiando os seus esforços; a análise dá parâmetros para o desempenho. É um meio de decomposição para estabelecer a divisão do trabalho.

A análise tem que ser reflexiva, analisar todos os fatos. É compreender os aspectos complexos e organizar-se para agir.

Na disposição mental analítica, o truque é ficar de olho na bola e no mercado sem se descuidar do placar, ou seja, analisar os aspectos internos e externos, favoráveis ou não e produzir bem.

Gestão do Contexto: Disposição Mental Cosmopolita.

Isso é não ter uma visão generalizada de mundo, é saber se comportar e agir de forma adequada a cada situação e lugar, saber valorizar a individualidade de cada coisa. Isso significa sair da própria sala ou torre, para conferir o local onde o produto é produzido, o cliente atendido, o meio ambiente é ameaçado.

Na visão cosmopolita o que importa é a atenção dada a respostas particulares a condições específicas. É obvio que passar de uma visão global para cosmopolita não é fácil.

Para ter uma visão cosmopolita é necessário mudar o próprio conceito de mundo, é penetrar no mundo do outro como se fosse espelho do seu. Como esse módulo é feito na Índia um bom exemplo é seu trânsito que par muitos pode parecer caótico, mas perguntado a um indiano como ele consegue guiar em meio de tudo aquilo ele responde “simplesmente sigo o fluxo”, aí começa o aprendizado. Não a caos nas ruas da Índia, é apenas outro tipo de lógica. Quando se percebe isso é porque a pessoa se tornou mais cosmopolita.

Administrar o contexto é administrar na fronteira entre organização e os vários mundos que a circundam.

Gestão de Relacionamentos: Disposição Mental Colaborativa.

Administrar é trabalhar com pessoas, não só chefes e subordinados, mas com colegas e parceiros. O executivo ouve mais do que fala, passa mais tempo fora de sua sala, para ver e sentir o que se passa fora dela. Cosmopolita que é propicia a colaboração entre os demais.

Uma Organização é uma rede interativa, não uma hierarquia, vertical. Líderes efetivos estão por toda parte, e não isolados no topo. As estratégias emergem de toda rede, com pessoas comprometidas em resolver pequenos problemas que evoluem por grandes iniciativas.

A liderança e uma confiança sagrada conquistada através do respeito dos outros.

Um líder não executa a maioria das coisas realizadas por uma organização, na verdade, nem mesmo providencia sua execução. O que faz é estabelecer estruturas, condições e atitudes que garantam a execução.

Gestão da Mudança: Disposição Mental da Ação.

Imagine uma organização como uma carruagem puxada por cavalos xucros. O animal representa emoções, aspirações e motivações de todas as pessoas na organização. Manter a carruagem na trilha exige tanta habilidade quanto desviá-la par a uma nova direção. Trata-se de adquirir consciência do terreno e de quanto a equipe é capaz de render nele, e assim ajudar a encontrar e a manter a direção atraindo todos para ela.

Precisamos aceitar o fato de que a mudança não é generalizada e que o fenômeno da mudança não é novo. Se a disposição mental reflexiva deve respeitar a história, a disposição mental da ação deve praticar certa humildade. Sem continuidade, a mudança perde sentido. Quando tudo muda sem parar, é anarquia. Ninguém quer viver assim; com certeza, nenhuma organização