Trabalho Sobre Afrodescendencia

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho objetiva apresentar uma breve discussão a respeito das problemáticas associadas à desigualdade, à discriminação e ao preconceito racial em relação a população negra no Brasil, analisando a trajetória do pensamento social brasileiro sobre o tema e propondo a continuidade dos estudos relacionados a ele a partir de perspectivas das teorias sociais. Desse modo, foi selecionado um grupo de teóricos das ciências sociais para apontar um conjunto de elementos que podem contribuir para o estudo do tema com base em uma perspectiva multidisciplinar.

Considerando que as relações de desigualdade raciais e suas consequenciais para brancos e não brancos no Brasil ainda existam (HERINGER, 2002), e que a redução dessas desigualdades têm sido demasiadamente tímida e insuficiente para o alcance da igualdade (SOARES, 2002). E que, contraditoriamente, a ideia de que nem o preconceito, nem a discriminação, nem a desigualdade racial existam hoje, ou tenham existido em algum momento da história brasileira persistem em determinados grupos sociais e correntes teóricas, fazendo com que tais fenômenos não sejam entendidos como passíveis de estudo ou de intervenção pública. Tal posição é defendida por autores como Ali Kamel (2006), que sustenta que o estudo ou a intervenção pública para solucionar questões de desigualdade racial só serviriam para gerar conflitos que atualmente não existem. Sendo assim, é preciso continuar a analisar ambos os fenômenos, aproveitando as recentes produções teóricas das ciências humanas e sociais para discuti-los, pois o aprofundamento nos debates e a superação das “hierarquias raciais” configuram elemento central para o fim destas desigualdades.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Negros hoje

A baixa representatividade da população negra nas esferas de poder leva ao círculo vicioso da falta de acesso a esses postos e também à dificuldade de evolução na escala social.

Quanto mais uma pessoa de pele escura evolui na escala social, mais barreiras ele tem para desfrutar da condição conquistada.

Lembrando que não se pode deixar de lado o fato de que as práticas sociais existentes, independentemente das condições econômicas, não favorecem a mobilidade social ascendente da população negra. “Porque no Brasil houve uma espécie de consenso de que as melhores posições deveriam ser ocupadas por um determinado grupo de cor e um determinado grupo de sexo. E que as outras funções sociais de menor destaque, as mais precárias, essas sim, poderiam ser exercidas por pessoas negras.

Resumindo, a falta de oportunidade gerada pela sociedade em prol dos negros acaba gerando a violência, direta ou indiretamente.

2.1.1 Preconceito

Preconceito (prefixo pré- e conceito) é um "juízo" preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude "discriminatória" perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito são: social, "racial" e "sexual".

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Preconceito

Trataremos aqui, do preconceito ‘’racial’’ contra negros.

O preconceito racial  é o que mais se abrange em todo o mundo, pois as pessoas julgam as demais por causa de sua cor, ou melhor, raça. Antigamente, era comum ver-se negros africanos acompanhados de belas louras nórdicas ou de outras partes da Europa. Não existia o menor preconceito entre esses casais nem em relação a eles. Para os brasileiros, porém, era algo inédito e escandaloso; faziam-se piadas insinuando que o sucesso dos negros se devia ao fato de que eram muito bem dotados anatomicamente para o sexo. Uma visão preconceituosa típica, que procurava desqualificar o negro e que escondia, às vezes, uma boa dose de inveja.

No Brasil, pretende-se erradicar o preconceito racial ou racismo  com leis. Só a educação poderá esclarecer a todos, sobretudo aos brancos, o que representou para a raça negra o que lhe foi imposto pelo tráfico escravista. A Igreja se julgava com o direito  de catequizar aqueles que nada sabiam da religião católica. O Governo nada fez, depois da Abolição, para dar aos ex-escravos condições de estudar e conquistar um lugar na sociedade. O Brasil está muito longe de ser um país onde