Unidade 2 - Introdução a Sociologia
Por: cgosne • 26/8/2017 • Resenha • 942 Palavras (4 Páginas) • 263 Visualizações
Aluna: Caroline Confessor Gosne
Matrícula: 15/0121440
Introdução à Sociologia Turma F
As Consequências da Modernidade- Anthony Guiddens
É fato que a humanidade está em constante transformação e que estas transformações influenciam na forma de agir, pensar e ser do indivíduo. Há de certo, uma descontinuidade histórica, como a evolução de certas comunidades, mas o objeto de estudo são as mudanças na sociedade moderna. As transformações alteram as atividades mais básicas dos cidadãos, e nos últimos séculos as mudanças ocorreram de maneira tão disruptiva que foi necessário um aprofundamento no contexto de períodos precedentes, para interpretar a modernidade.
Mesmo com as teorias evolucionárias mais bem aceitas no mundo científico, a humanidade também pode ser vista como uma grande história com um enredo principal governada por princípios dinâmicos gerais. Porém, o fato é que há acontecimentos tão pontuais e específicos que não devem ser analisados de maneira generalizada. Uma das observações para identificar a descontinuidade é observar o ritmo de mudança, obviamente observado na tecnologia moderna, mas também permeia diversas áreas.
Uma segunda descontinuidade é o escopo da mudança. Conforme o fluxo de informações corre a nível mundial, a transformação social penetra a superfície da terra. Uma terceira característica diz respeito à natureza intrínseca das instituições modernas. A forma social moderna apenas tem continuidade pelo fato das ordens sociais pré-existentes.
A sociedade pós-modernista, com toda sua difusão e desenvolvimentos das instituições sociais, criou um ambiente mais seguro para os seres humanos do que qualquer sociedade pré-moderna, porém, nem tudo são flores, há problemas muito aparentes na sociedade atual. Marx e Durkheim acreditavam nas possibilidades benéficas ante ao caos do mundo moderno, observando na luta de classes, um sistema social mais humano e na expansão do industrialismo, uma vida mais harmoniosa. Weber, em contrapartida, via o progresso dos bens materiais como uma expansão da democracia, destruindo a autonomia individual. Mas nem mesmo o pensamento mais pessimista tinha noção da extensão dos problemas obscuros da modernidade.
Nenhum dos pensadores previram que atrelado ao trabalho industrial estaria a degradação ambiental. Esse pensamento ecológico nunca esteve muito presente na sociologia e até hoje há dificuldade de desenvolver uma avaliação sistemática. Outro equívoco é acreditar que o totalitarismo era característica exclusiva da sociedade pré-moderna. Ora, fascismo, nazismo, e stalinismo foram formas de governo piores que os despostas de antigamente, pois combina poder político, militar e ideológico deforma mais concentrada do que jamais foi possível antes da emergência dos estados-nação modernos. O fator mais crucial ainda foi acreditar que a indústria armamentista não iria existir, ou iria conviver em ordem e harmonia. A indústria bélica hoje fatura milhões e matou mais que qualquer período da sociedade pré-moderna. O mundo atual é perigoso e carregado. Como o autor repete ao longo do texto, a modernidade é uma faca de dois gumes, assim, descontrói a visão que a emergência da modernidade levaria à formação de uma ordem social mais feliz e mais segura.
Para entender a relação entre modernidade, tempo e espaço é preciso mostrar as diferenças na concepção do tempo em diferentes sociedades. O temo estava conectado com o espaço até que a uniformidade na mensuração do tempo correspondeu à uniformidade na organização social do tempo. Para a maior parte da sua aproximação dialética está centrada sobre o seu conceito de “Desencaixe do espaço-tempo”. Esse é o conceito central o qual Giddens usa para explicar tanto o movimento histórico de sociedades tradicionais a modernas e o papel desempenhado pela globalização na aceleração do movimento começado com o processo de modernização.
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