Ética Jurídica

Quando um cliente contrata os serviços de um advogado passa a existir entre eles uma relação de confiança, para que o advogado possa representa-lo em juízo, para exercer o jus postulani, o direito de postular, em suma, é atribuído ao advogado, sendo em alguma exceções ou permissões pertinentes aos juizados especiais.

Assim, é pertinente que o advogado, quando a primeira conversa, como assim efetuado o primeiro contato, em que o cliente certamente vai expor suas necessidades jurídicas, as razões para estar sentado nessa cadeira, e em seu escritório nunca usará regras deontológicas, ou seja, utiliza-se a ética de sua profissão, tratando o cliente com respeito, passando-lhe confiança em sua pessoa e em sua posição como um advogado, não fazer promessas que não pode cumprir, tais como "a causa já está ganha”, ou "não vai demorar nada", ou qualquer outro similar. É por essas razões que o Capítulo II do Código de Ética, em seu art. 8º, declara que “o advogado deve informar o cliente, de forma clara e inequívoca, quanto a eventuais riscos da sua pretensão, e das consequências que poderão advir da demanda”.

O cumprimento da prescrição normativa do art. 8, contrariamente ao que se poderia imaginar, demonstrar um caráter de confiabilidade no profissional, para seu cliente perceber que está diante de um homem primeiro que, como sua pessoa, se compromete a honrar a palavra, sem, porém, fazer falsas promessas que não pode cumprir, de modo que, como observado por Roque (2009, p 16.): “a lealdade, a boa-fé e o pego à verdade são virtudes capitais do advogado, para servir à Justiça como seus elementos essenciais. Deve proceder com lealdade e boa-fé em suas relações profissionais e em todos os atos de seu ofício”.