A CULTURA DE MASSA COMO FATOR DE REMODELAÇÃO DAS TRADIÇÕES INDÍGENAS - ALDEIA GUARANI MBYA
Por: guga13 • 26/6/2015 • Relatório de pesquisa • 1.333 Palavras (6 Páginas) • 531 Visualizações
UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
DANIELA COUTO, DANIELLA BRAGANÇA, EMERSON AZEVEDO
A CULTURA DE MASSA COMO FATOR DE REMODELAÇÃO DAS TRADIÇÕES INDÍGENAS - ALDEIA GUARANI MBYA
Santa Cruz do Sul, 2014
DANIELA COUTO, DANIELLA BRAGANÇA, EMERSON AZEVEDO
A CULTURA DE MASSA COMO FATOR DE REMODELAÇÃO DAS TRADIÇÕES INDÍGENAS - ALDEIA GUARANI MBYA
Universidade de Santa Cruz do Sul
Curso de Comunicação Social
Teoria da Comunicação II
Bruno Kegler
Santa Cruz do Sul
2014
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO..................................................................................................3
2. REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................4
3. PROCESSO DE ELABORAÇÃO...........................................................................4
4. SIGNOS E SENTIDO PROPOSTO.......................................................................5
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................6
ANEXO A – Imagem ..............................................................................................8
1. Apresentação
Este trabalho analisa a ampliação dos contextos interativos e o seu efeito na reorganização dos padrões de interação social dos índios da aldeia Guarani Mbya.
É resultado de uma pesquisa do modo pelo qual os representantes de uma cultura indígena convivem com a manutenção da tradição diante dos meios de comunicação.
Em cachoeira do Sul, na tradição de pesquisas com povos indígenas, os textos escritos sempre foram acompanhados de registros visuais. Mas, tinham por objetivo fazer os registros das culturas indígenas e não analisar como estas sociedades convivem com os processos de mediação. Por este fator escolhemos o tema, com o objetivo de compreender como as sociedades indígenas se relacionam com a mídia.
São os primeiros olhares e as análises são provisórias, ainda mais se considerada a velocidade com que as transformações acontecem neste universo da comunicação.
Para conhecer a interação dos indígenas com a mídia, o grupo foi até a aldeia observar tal fenômeno. Foram analisados os processos comunicativos dos índios da aldeia, que se caracterizam pelo cultivo às tradições e também pelo uso das novas tecnologias.
Esta comunidade localiza-se entre os municípios de Cachoeira do Sul e Caçapava do Sul no Estado do Rio Grande do Sul, em uma pequena faixa de domínio da BR-290, km 299, no território do Irapuá. Vivem de artesanato e agricultura familiar. Recebem assistência da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) que, dentre outras ações, enviam cestas básicas a cada dois meses.
O povo Guarani Mbya é profundamente espiritual e mantem o guarani como a língua materna, sendo a portuguesa uma segunda língua.
No convívio com os meios de comunicação de massa, os índios têm, em casa rádio, televisão e celular. Alguns tem, ainda, acesso à internet proveniente das redes de celular e rádio.
2. Referencial Teórico
As análises se fundamentaram nos usos sociais da comunicação, em como acontecem os processos de recepção e, também, como é possível que as sociedades indígenas se apropriem dos recursos tecnológicos, para dar novos sentidos às suas práticas tradicionais e entender como a mídia interfere na produção da identidade destas sociedades que vivem a tensão entre o que os meios de comunicação trazem e da apropriação que podem fazer deles.
As mediações comunicativas da cultura (BARBERO, 2002a; 2003) configuram-se no âmbito da recepção, serão analisadas tendo em vista que o entendimento da produção auxilia no estudo desta. Para compreender como se dá o processo de negociação entre a mídia e os receptores, Ronsini diz (2010, p. 2), “a etnografia é crítica porque visa revelar e compreender a reprodução social e não apenas a capacidade criativa das audiências em resistir à dominação”.
No mundo de hoje dispomos de inúmeros recursos, aos quais podemos recorrer simultaneamente para participar dos diversos contextos interativos, que significam interferir na reorganização dos padrões de interação social. Para Thompson a análise sobre a atuação da mídia junto às sociedades parte de que “[...] o desenvolvimento dos meios de comunicação cria novas formas de ação e de interação e novos tipos de relacionamentos sociais” (2008, p. 77).
Com base nesse referencial teórico foi investigado o modo pelo qual os índios da aldeia Guarani Mbya lidam com a manutenção da tradição diante dos meios de comunicação.
4. Processo de Elaboração
Ao observar, é notória a interferência na organização da vida de cada um na comunidade indígena. Tal interferência é a apropriação aos meios de comunicação constituindo um fator inibidor da tradição oral, de contar histórias.
O caráter dinâmico das sociedades modernas teve um choque direto nas formas tradicionais da aldeia. Se atentarmos para o impacto transformativo, chegaremos à conclusão que esteja ligada de forma fundamental ao desenvolvimento dos meios de comunicação.
A cultura indígena se volta a um conjunto de valores, hábitos, formas de agir e pensar próprios. Como a mídia é (muitas vezes) manipuladora, os índios acham que a vida mostrada é mais interessante que a vida real. A cultura de massa fez com que se adequassem às necessidades criadas ou já existentes e a contextos sociais diversos. Mauro Wolf explica o fato afirmando que “a lei fundamental da cultura de massa é a do mercado e a sua dinâmica resulta do diálogo contínuo entre produção e consumo.” (WOLF, 1999, p.103).
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