A Cultura Tradicional na Contemporaneidade no Brasil: Os Povos Guarani

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    CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO

     DISCIPLINA: CULTURA E CONTEMPORÂNEIDADE 

Alunas:

Beatriz Oliveira dos Santos

Caroline Santana Fernandes

A Cultura Tradicional na Contemporaneidade no Brasil: Os Povos Guarani

Salvador, 2018

                 

 Os povos Guarani

Quando os espanhóis e portugueses chegaram na América, em 1500, os povos indígenas Guarani já tinham um conjunto que formavam povos com a mesma origem, consequentemente falavam o mesmo idioma, tinham construído um modo de ser que mantinha viva a memória de antigas tradições e se projetavam para o futuro, praticando uma agricultura bastante produtiva, no qual geravam bastantes sobra que eram o motivo de grandes festas no qual eram feitas as distribuições dos produtos, tudo baseado na  economia  de  reciprocidade existente. Quando os europeus chegaram, e se depararam com tanta abundância, ficaram maravilhados.

Os povos Guarani guardam suas tradições dos tempos antigos, que através do tempo que vão sendo atualizando em seu cotidiano, através de seus mitos e rituais que vão sendo mantidos ao longo dos anos e passado de geração para geração. Os índios guarani formam o maior povo em quantidade de indivíduos a viver no Brasil. Vivem nos estados brasileiros do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Pará, Santa Catarina e Tocantins. Também há indígenas guarani vivendo na Argentina, Bolívia e no Paraguai. São divididos em kaiowá, mbya e ñadeva. Também são conhecidos como avá, chiripá, kainguá, monteses, baticola, apyteré e tembukuá. Os Guarani são bastantes parecidos nos aspectos fundamentais e essenciais para a sua cultura e organizações sociopolíticas, porém, são diferentes no modo de falar a língua guarani, de praticar sua religião e pôr em pratica as diversas tecnologias que existe na relação com o meio ambiente.  Essas diferenças, que podem ser consideradas mínimas quando estamos observando de fora, para eles exercem o papel fundamental de marcadores étnicos, que distinguem as comunidades políticas exclusivas.  Esses mesmo grupos reconhecem a origem e proximidade histórica, linguística e cultural entre eles, porém, ao mesmo tempo, por serem tão diferentes e diferenciam-se entre si como forma de manter suas organizações sociopolíticas e econômicas.

A organização social dos Guarani e os seus cantos estão entre as mais evidentes manifestações culturais. Para eles, a terra, tekoha é parte integrante da família.

Os cânticos guarani são entoados como uma forma de demonstrar aos deuses que existem sobre a terra. Sua música também é entoada para o controle das forças da natureza, como falta ou excesso de chuva. Os cantos são entoados ao som de cabaças transformadas em instrumentos musicais.

A antiga e intensa política de ocupação do território indígena fez com que a população indígena diminuísse. Contudo, as populações desta etnia ainda mantêm fortes indícios de unidade linguística e cultural, desenvolvendo a todo momento formas estratégicas relacionais diante das realidades que se vive no cenário nacional brasileiro com as quais querendo ou não são obrigados a conviver.

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