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A Explosão do jornalismo: das mídias de massa à massa de mídias

Por:   •  23/1/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.708 Palavras (7 Páginas)  •  645 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA - UFRR        
Comunicação Social – Jornalismo
Iniciação à Pesquisa Cientifica (JOR22)

Professora: Schirley Luft

Aluna: Fabiola Valentina

RAMONET, Ignacio. A explosão do jornalismo: das mídias de massa à massa de mídias. São Paulo: Publisher Brasil, 2012.

Sumário

Prefácio: O interregno jornalístico ...9

Apresentação: Uma mudança de ecossistema ...15

I – Uma crise de identidade ...21

A consagração do amador ...24

Compreender o que se passa  ...26

Das “mídias-sol” às “mídias-poeira” ...27

Já, o fim do Blu-Ray? ...28

Uma paisagem Chernobylizada ...30

Newsweek vendida por 1 dólar ...33

Adaptar-se ou morrer ...34

Jornalistas explorados ...36

O fim das reportagens? ...37

Os novos galerianos da informação ...40

II – Erosão da credibilidade das mídias ...43

Concentração excessiva ...45

“Ideias sanas” ...47

Endogamia político-midiática ...50

A censura democrática ...53

A morde do “quarto poder” ...55

Uma só esfera ...57

Uma matéria-prima estratégica ...59

Guerras midiáticas ...60

Aparelhos ideológicos da globalização ...62

A informação contaminada ...64

III – “Mentirosos em série” ...67

Intoxicação sobre o Iraque ...69

A estátua de Saddam ...71

O caso Kelly ...73

O caso Valerie Plame ...74

À beira do precipício ...75

IV – Inovações e êxitos ...77

Jornalismo sem fins lucrativos ...77

The Huffington post ...79

Politico.com ...81

Jornalismo de banco de dados ...83

V – WikiLeaks ...87

O caso Probo Koala ...91

Obrigado, Twitter! ...92

Assassinato colateral ...93

Assange demonizado ...94

A serviço do interesse público ...96

Em primeiro lugar, não prejudicar ...100

Democracias que mentem ...102

A exceção tunisiana ...105

Proteger as fontes ...107

O caso Sherrod ...108

Prejuízos devastadores ...110

VI – Rumo a qualquer modelo de rentabilidade? ...115

O muro pago ...118

O iPad, salvador supremo? ...121

A informação automática ...123

Informações “low cost” ...124

“Fazendas de conteúdos” ...126

Pagos por clique ...128

Audiência ou confiabilidade? ...130

Insegurança informacional ...131

VI – Os jornais vão sobreviver? ...135

Os aviões não substituem os barcos ...135

O sucesso do Die Zeit ...138

Alguns sites para consulta ...141

Uma crise de identidade (pp. 21-40). Capítulo I.

RAMONET, Ignacio. A explosão do jornalismo: das mídias de massa à massa de mídias. São Paulo: Publisher Brasil, 2012.

Neste primeiro capítulo o autor discorre sobre dois principais argumentos:

  • Apresenta-nos como o mundo moderno encara o jornalismo. Questionando como que em uma sociedade onde qualquer pessoa pode assumir o papel de transmissor de informação através da internet, como os chamados web-autores ou jornalistas amadores, qual seria o sentido do jornalismo profissional na atualidade?

“Em um tal contexto o jornalismo tradicional literalmente desintegra-se. [...] e sem dúvida sobreviverá. Mas, no momento, ele se encontra um pouco na mesma situação de Gulliver [...] atado por milhares de minúsculas linhas” (p. 28)

  • Nesta segunda premissa o autor nos direciona por uma série de fatos para demonstrar como o jornal impresso está entrando em decadência e sendo cada vez menos utilizado pelos usuários, já que estão migrando para as plataformas digitais.

 “Este intelectual coletivo que chamamos “redação” é igualmente ameaçado de “desaparição silenciosa”. [...] Nós não podemos medir o que isso significaria, mas seguramente um atentado à própria alma de um certo jornalismo de qualidade.” (p. 39)

Erosão da credibilidade das mídias (pp. 43-65). Capítulo II.

RAMONET, Ignacio. A explosão do jornalismo: das mídias de massa à massa de mídias. São Paulo: Publisher Brasil, 2012.

Este capítulo aborda sobre a degradação da imprensa escrita diária. Ele aponta diversos fatores para esta deterioração, são eles:

  • A crise econômica global, que afetou a imprensa escrita pela baixa dos recursos publicitários;
  • A crise ideológica, onde os jornais em busca de expandir seu número de leitores terminou por tornar ilegível sua linha editorial, o que fez com que as pessoas que eram fiéis a um título por seguir determinada linha deixassem de acompanhar o mesmo;
  • A ultrapassagem entre a linha tênue que há entre a informação e a comunicação, confundido o viés do jornalismo que é transmitir informação.

“É cada vez mais difícil distinguir um comunicador de um jornalista. No entanto, suas funções são muito diferentes: um valoriza, enquanto o outro informa.” (p. 44)

  • A falta de credibilidade. As pessoas estão cada vez mais desconfiadas das informações transmitidas pelos jornais, pois grande parte destes estão ligados a oligarquia, sendo sempre censurados ou com a linha editorial guiada pelos mesmos;
  • Além disso, na Era atual há um emaranhado de informações que confundem as pessoas, pois com esse excesso o caminho para o conhecimento tende a ser bloqueado;
  • Há ainda o fato de que se apresenta uma obsessão pela velocidade de transmitir a informação, o que ocasiona em uma falta de pesquisa e reflexão sobre um fato, terminando por difundir informações falsas.

 “É preciso descontaminar a informação e pedir um decréscimo de seu volume. Menos informação, mas melhor.” (p. 65)

“Mentirosos em série” (pp. 67-75). Capítulo III.

RAMONET, Ignacio. A explosão do jornalismo: das mídias de massa à massa de mídias. São Paulo: Publisher Brasil, 2012.

Jayson Blair, Jack Kelley e Dan Rather, três jornalistas que desvirtuaram os fatos por mentiras compulsivas ou simplesmente por não buscarem verificar as informações. Este capítulo inicia relatando as falsas notícias transmitidas por eles, que terminaram por causar grandes escândalos jornalísticos. Além disso, também explana sobre como a mídia distorceu os fatos pós 11 de setembro referente à guerra entre os EUA e o Iraque.

“Numerosos jornalistas consideram que suas opiniões – nem sempre demonstradas – é que são sagradas. Eles não hesitam em deformar os fatos para obrigá-los a se adaptarem às suas opiniões.” (p. 67)

Inovações e êxitos (pp. 77-85). Capítulo IV.

RAMONET, Ignacio. A explosão do jornalismo: das mídias de massa à massa de mídias. São Paulo: Publisher Brasil, 2012.

“Nos nichos da web, novos sites de informação desenvolvem-se e especializam-se sobre assuntos bem preciosos.” (p. 77)

O capítulo 4 fala sobre formas inovadoras de jornalismo. Há o jornalismo sem fins lucrativos, o qual o autor cita como exemplo o Voice of San Diego, The Texas Tribute, o The Huffington e o Politico.com (este último também tem uma plataforma paga) que são sites mantidos através de doações que tem como finalidade garantir uma informação livre de manipulação política ou ideológica.

“Uma outra tendência do jornalismo do futuro é a que mistura, num mesmo site, o trabalho de jornalistas profissionais, experts, e as contribuições de blogueiros e de internautas participativos.” (p. 79)

O The Huffington é uma plataforma diferenciada, pois ela propõe uma troca de informação de três vozes (jornalistas, experts e internautas). E há também o jornalismo de banco de dados, que por sua vez consiste em coletar e analisar diversas fontes para montar um amplo banco de dados com informações tratadas.

WikiLeaks (pp. 88-113). Capítulo V.

RAMONET, Ignacio. A explosão do jornalismo: das mídias de massa à massa de mídias. São Paulo: Publisher Brasil, 2012.

A WikiLeaks é um site que colhe e difunde informações vazadas, verificando sua autenticidade e garantindo o anonimato das fontes.

“A filosofia do WikiLeaks repousa sobre um princípio central: os segredos são feitos para serem desvendados.” (p. 89)

 O autor expõe diversos casos em que a página difundiu informações confidenciais e que geraram um grande alvoroço. Acarretando em uma discussão ferrenha sobre, o site dever ou não ser censurado? Será que WikiLeaks ajuda ou extrapola os limites da liberdade midiática?

O fato é que, como indaga nosso autor:

“[...] os jornalistas deveriam se calar, na democracia, quando um responsável político afirma uma coisa em público e seu contrário em um círculo restrito?” (p. 89)

Através de toda esta discussão o autor apresenta sua visão a respeito da WikiLeaks, defendendo que aqueles que não tem nada a esconder não devem ter medo do website.

“O WikiLeaks lembra que, para lutar contra a corrupção, o nepotismo e os abusos dos governantes, “a  transparência é o melhor dos desinfetantes”.” (p. 97)

 “Que o WikiLeaks devolva aos poderosos (uma parte) na mesma moeda, não é uma contrapartida justa?” (p. 99)

Rumo a qual modelo de rentabilidade? (pp.115-133). Capítulo VI.

RAMONET, Ignacio. A explosão do jornalismo: das mídias de massa à massa de mídias. São Paulo: Publisher Brasil, 2012.

Neste capítulo o autor discorre sobre a crise dos jornais e se vale a pena ou não migrar para a web. Pois eis que nesta migração entra a questão da rentabilidade, onde é fato que a maior parte dos internautas se recusa a pagar para ter acesso a informações online pagas, já que podem ter acesso as mesmas informações em diversos sites gratuitos. Quando a site gerador de notícia é de acesso gratuito o número de pessoas é elevado, porém quando este migra para uma plataforma paga ou é pago desde o início ele atinge um público menor. A partir destes problemas enfrentados pelas grandes mídias, foram criadas outras vertentes para alcançar um público maior e ganhar dinheiro, são estas a informação automática, as informações “low cost” e as “fazendas de conteúdo”.

“Antes, as mídias e as empresas das indústrias culturais vendiam informação ou entretenimento aos cidadãos. Agora, elas preferem vender consumidores [...] aos anunciantes.” (p. 116)

“Meio às cegas, muitos jornais procuram desesperadamente fórmulas inovadoras para enfrentar a hipermudança, parar de perder dinheiro e sobreviver.” (p.118)

Os jornais vão sobreviver? (pp. 136-139). Capítulo VII.

RAMONET, Ignacio. A explosão do jornalismo: das mídias de massa à massa de mídias. São Paulo: Publisher Brasil, 2012.

“Os jornais vão desaparecer? É pouco provável.” (p. 135)

Neste último capítulo o autor salienta que estamos em uma era favorável para ser jornalista, pois o acesso à informação é maior que qualquer outro momento da história, mas para isso é preciso estar um passo a frente, se reconstruir e se adequar as novas tecnologias e as necessidades do público.

“Nessa matéria, o problema principal das pessoas não é encontrar informação, mas obter a boa, a melhor informação.” (p. 137)

Como exemplo ele cita o Die Zeit (semanário impresso alemão) que tem um público fiel, pois se reinventaram e estão indo na direção contrária que as demais mídias, buscando entregar informações decentes e bem trabalhadas.

“O Die Zeit e todos os jornais que não traíram os leitores, que souberam conservar sua credibilidade e que mantêm sua exigência de qualidade não estão, de nenhuma maneira, ameaçados de extinção. Esses não desaparecerão.” (p. 139)

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