Comunicação Social – Publicidade e Propaganda
Por: Henrique Gobbi • 26/10/2015 • Artigo • 962 Palavras (4 Páginas) • 336 Visualizações
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
Comunicação Social – Publicidade e Propaganda
Henrique Kuhn Gobbi
A singularidade está próxima
UCS
Outubro de 2015
A Singularidade está próxima.
O processo evolutivo da inteligência sintética tem sido rápido e constante, entretanto, ainda é restrito pela capacidade humana de lhe atribuir funções em seus dados computáveis. A língua, ou idioma é o que torna possível a operação, comunicação e definição tanto do que é homem quanto o que é máquina. Como peça fundamental para o desenvolvimento humano, o poderia acontecer se as máquinas, também, falassem, interpretassem e conhecessem os produtos da linguagem humana?
A singularidade tecnológica, parte dos conceitos físicos e linguísticos da sua palavra de identificadora. Parte de algo tão forte e ao mesmo tempo tão desconhecido que só se pode teorizar sobre o acontecimento de uma revolução intelectual dada a partir da evolução desenfreada das tecnologias e máquinas em um curtíssimo espaço de tempo.
A sociedade humana em seu meio técnico, cientifico e informacional se movimenta cada vez mais para o horizonte de eventos da singularidade. Essa cultura proveniente da possibilidade e capacidade da informação, ou cibercultura, é defendida por Pierre Lévy em obra homônima e trata justamente de conceituar e entender os novos tipos de relações sociais frente ao universo virtual.
O autor afirma sobre a cibercultura e o ciberespaço:
“O termo [ciberespaço especifica não apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informação que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo. Quanto ao neologismo ‘cibercultura’, especifica aqui o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço.” (LÉVY, 1999)
Com o advento das novas tecnologias, e o caso extraordinário da Internet, as relações humanas têm se transformado não só pelo fenômeno capitalista da globalização, mas também pela velocidade da comunicação e consequentemente, da informação. A cibercultura definda por Lévy pode ser ampliada através dos conhecimentos aplicados por Castells (1999) que postula a ideia de que a sociedade, participante ativa e passiva dessa cultura, que habita esse ciberespaço, estabelece relações e conexões que acontecem e justificam sua existência apenas no universo virtual. Esse grupo é denominado por Castells como “sociedade em rede”.
Frente a mesma sociedade e suas origens político-econômicas, Manuel Castells conclui que:
“Ela originou-se e difundiu-se, não por acaso, em um período histórico da reestruturação global do capitalismo, para o qual foi uma ferramenta básica. Portanto, a nova sociedade emergente desse processo de transformação é capitalista e também informacional, embora apresente variação histórica considerável nos diferentes países, conforme sua história, cultura, instituições e relação específica com o capitalismo global e a tecnologia informacional.” (CASTELLS, 1999)
O caráter de ferramenta que o ciberespaço pode vir a evidenciar só é compreendido quando suas atribuições mais evidentes são exploradas pela sociedade em rede. A instantaneidade e a interconexão da multiplicidade públicos globais são capitalizadas através de um instrumento humano muito mais antigo: a linguagem. Através de um língua franca estabelecida, os habitantes ou seres virtuais fazem parte de uma colmeia intelectual muito maior, ao mesmo tempo que suas individualidades, são alteradas e simplificadas pela cibercultura global, esses constroem uma inteligência de dimensões globais.
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