Imigração italiana

A imigração italiana nos no início da década de 90

A imigração italiana no Brasil aconteceu em maior proporção na região sudeste com 65%,  apesar de a região sul ter sido a pioneira a receber os imigrantes no país. Entre 1970 e 1920, quando aconteceu o período da grande migração, os italianos correspondiam a 42% dos imigrantes do país.

Apenas entre os anos de 1870 e 1953 1.565.835 italianos migraram para o país e a maior parte desses imigrantes veio da região de Veneto, Calábria, Lombardia. Com a segunda guerra mundial a Itália teve suas sequelas, gerando o desemprego para todas as classes sociais, que foi a principal causa da vinda dos italianos para o Brasil nesse período.

No estado de  São Paulo,  a necessidade de mão-de-obra nos cafezais e com a revolução industrial na terceira década do século a necessidade de investidores e mão-de-obra fez com que os italianos migrassem para essa região. Com o passar do tempo os imigrantes perceberam que as fábricas não eram bons meios de ganhar dinheiro e começaram a trabalhar por  si mesmos como: pequenos comerciantes, motoristas de taxi e ônibus, sapateiros, vendedores de vegetais e frutas, garçons de restaurantes.

Os imigrantes da terceira fase eram diferentes dos que vieram nos anos anteriores. Eram alfabetizados, qualificados, possuíam curso técnico ou até mesmo tinham um curso superior. O que os possibilitou trabalhar na indústria ou no comércio das cidades. Um fator importante, afinal naquela época o governo não mais se interessava em receber mais mão-de-obra e só os aprovavam pois incentivava a indústria brasileira.

Os Italianos que trabalhavam nas fábricas eram mal pagos, não tinham nenhuma proteção trabalhista contra acidentes e doenças e ainda cumpriam longas jornadas de trabalho, o que os forçava a viverem em cortiços, várias famílias em uma só casa, criando os bairros Brás e Bexiga e também forçando mulheres e crianças a trabalharem, formando uma parte significativa da força trabalhadora. Apesar disso alguns Italianos se destacaram, se tornando membros da elite paulista. A maior parte dos grandes industriais era formada por membros da colônia italiana que começou “do nada”.

Em 1951 foi criado o CIME( Comitê Intergovernamental para as Migrações Européias) por países das Américas, Europa e Austrália que era responsável por trazer os imigrantes Europeus para o país imigrado, mas para sair da Europa eles tinha que receber a “carta de chama”. Os imigrantes que tinham família no Brasil eram responsabilidade da família, que tinham que pagar a viagem do imigrante, além de fornecer estadia e arranjar-lhes emprego. Já os que não tinham nem parentes nem amigos no Brasil, o imigrante era responsabilidade do CIME.