Radiojornalismo
Por: Igoor Reis • 21/5/2015 • Trabalho acadêmico • 737 Palavras (3 Páginas) • 166 Visualizações
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1 – Introdução: Jornalismo Esportivo
“Ninguém entende mais do assunto do que um garoto de 12 anos” (Mauro Cézar Pereira). O candidato a jornalista muitas vezes nem sabe que já está nessa categoria. Mas pode estar se formando nela ao comprar uma publicação sobre a história de determinado clube ou jogador.
As noções técnicas da profissão dão aval a quem quiser trabalhar em qualquer área. É preciso mais esforço. Investir na cultura sobre o assunto, que não é tão fácil adquirir quanto parece. Checar informação é fundamental para quem não aprendeu a amar o esporte. É a experiência que vai ensinar ao jornalista avaliar a importância da informação e definir qual tratamento dar a ela.
Cuidado: existe o risco de o jornalista chegar ao ponto de enxergar a si próprio razão mais nobre para o interesse do leitor/ouvinte/expectador do que o esporte. E do que a notícia!
Não existe jornalista de esportes, especialmente os que trabalham com futebol, que não tenha um time de infância. Ou melhor, há. Aqueles que nunca tiveram paixão pelo futebol e que optaram pela área esportiva apenas como meio de desenvolver profissionalmente. Os jornalistas podem revelar (ou não) seus times de coração.
Cada empresa jornalística define onde situar, em sua corporação, o Jornalismo Esportivo: faz parte do departamento de jornalismo ou do setor de entretenimento? Haverá reflexos quanto à cobertura.
2 – Manual de Jornalismo em Rádio
- Rádio não é sinônimo de improviso. Produção é fundamental!
- Tudo que você descrever deve espelhar a verdade. Jamais erre o placar de um jogo, a colocação de um time, uma data, o nome de um estádio, o número de gols de um artilheiro. A primeira preocupação é não errar, mesmo que o erro seja humano.
- Isenção não é frieza! O jornalista pode impregnar-se de emoção e, ao mesmo tempo, fazer um balanço equilibrado e verídico de determinado acontecimento.
- Sempre que possível, use frases curtas e palavras simples. O importante é responder ao ouvinte as perguntas básicas do jornalismo (que, quando, como, por que, quem, quando).
- Evite o uso de verbos no passado e no futuro. O rádio é presente!!! Em vez de “o presidente do time disse que contratará Pelé”, prefira “o presidente do time diz que contrata Pelé”.
- Cuidado com os cacófatos: “A jogada não deu para Branco, mas para CaFU DEU”.
- Evite chamar esportitas de “turma”, “moçada”, “rapaziada”, “pessoal”. Dizer sempre: “os jogadores”, “os atletas”, “os profissionais”.
- Evite termos que tenham conotação preconceituosa: “baianada”, “judiar”.
- Evite utilizar jargões jornalísticos em suas reportagens. Diga: “entrevista” em vez de “sonora”; “reportagem” em vez de “matéria”.
- Não adira ao “Gillette-press” (retirar notícias de jornais e lê-las como se fossem suas);
- Diga não ao sensacionalismo! Há uma falsa ideia de aumento de audiência, mas, com o tempo, gera perda de credibilidade e, por conseguinte, de anunciantes. Sensacionalismo somente piora algo que já é ruim.
3 – Entrevistas para rádio
Entrevista ao vivo – é condicionada ao tempo disponível. Prefira perguntar os “porquês” e os “o quês”. Evite fazer perguntas longas. Fique atento às respostas do entrevistado, pois elas podem direcionar a entrevista para um “furo”. Procure esclarecer o ouvinte da forma mais direta possível. Nunca conduza o entrevistado a respostas e conclusões que não representam o que ele pensa (exemplo: perguntar “você acha que o Brasil ainda tem o melhor futebol do mundo e pode conquistar a Copa do Mundo de 2014 com grande facilidade?”).
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