Radiojornalismo
Por: erivaldovieira • 29/11/2015 • Artigo • 1.535 Palavras (7 Páginas) • 187 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – JORNALISMO
RADIOJORNALISMO
PROFESSOR(A): ROSANE NUNES PERÍODO: 2015.2
ENTREVISTA E RESUMO TEXTO I - MODOS DE OUVIR (MÔNICA PANIS)
DATA DE ENTRGA: 19/11/2015
RESUMO
No trabalho de pesquisa, desenvolvido de forma empírica, a autora discorre sobre as formas de escuta, em especial a do rádio, tentando compreender suas significações, sobretudo no campo da sociabilidade. Mônica Panis apresenta o ouvir, escutar, reconhecer e compreender como estágios importantes na percepção auditiva, que tem fator determinante na construção da significação de códigos do discurso.
A autora enfatiza ainda que, na sociedade moderna, com a concentração da população nos grandes centros urbanos, e o acesso a novas tecnologias a imagem sobrepõe o ouvir, contribuindo para desorientação, isolamento e superficialidade das pessoas, Essa obervação é de fundamental importância, pois uma sociedade onde muito se vê e pouco se ouve, esta fadada ao esquecimento, haja vista, que a capcidade de rememoração esta relacionada com a oralidade, com o ouvir e falar.
Mônica é instigante quando questiona sobre a perda da capacidade humana de ouvir e compreender os sons, e recorre as palavras de Horácio para afirmar que “a mente é movida mais lentamente pelo ouvido do que o olho, que faz as coisas permanecerem mais claras”. Na opinião da autora a audição atua como sentido complementar da visão.
O rádio que tem como elemento principal a oralidade e se apresenta como meio de formação de identidade, solidariedades, instrumentalização política, e esta comprometido de realizar seu papel.”Se ningém mais é capaz de falar realmente, é obvio também que já ninguém é capaz de ouvir”. Em consequência desse modelo imposto pela socieade capitlista o ouvinte passa a ser tratado como pano de fundo, desobrigado a pensar.
A pesquisa mostra ainda que é necessário exercitar o ouvido, ou o que ela chama de limpar o ouvido, para voltar a compreender o que se ouve. A compreensão do sinal sonoro se destaca em cada indivíduo, de acordo, com interesse, ou mesmo o estado de espírito da pessoa. Nesse sentido as músicas, programas de rádio e outras sonoridades estão ligadas ao modo de vida e a ideologias.
A autora recorre ainda a Baurdieu para abordar o habitus e o ouvinte, que consiste em uma disposição incorporada, onde a ação do sujeito depende das condições que lhe são oferecidas. Nesse contexto podíamos dizer que o ouvinte constroi seu habitus de escuta radiofônica, de acordo com seu estilo de vida, formação, vínculo de amizades, mas é provavel que esse habitus tenha caráter transitório peculiar a cada geração, podendo ser reformulado ao longo de sua existência.
Outro aspecto importante foi a observação de famílias que participaram da pesquisa, com foco ao comportamento, trajetória de seus membros, considerando aspectos do cotidiano relacionados ao rádio, levando em conta, as memórias, falas, o lúdico, dentre outros fatores.compartilhados no âmbito familiar.
Mônica enfatiza também a importância do rádio na formação da identidade do povo e na construção da cidadania, com a abordagem da vida cotidiana, gostos comuns, como modo de vistir falar e até na idéia de criação de herois. No entanto com o processo de globalização faz surgir novas identidades de caráter híbrido. Como efeito disso, os grandes conglomerados de mídia e empresas de comunicação assumem essas identidades, marcadas pela desvinculação do tempo, lugares, histórias e tradições específicas. A hibridização é o tema em evidência, com a possibilidade de novas experiências, acesso a novas culturas, obviamnete com a facilidade de se ouvir emissoras de qualquer parte do mundo.
“A noção de território nacional já não suficiente para compreender a escuta radiofônica , como índice de reconhecimento de habitat. Por outro lado, a escuta, em geral, permanece sendo o sentido do espaço e do tempo no atual cotexto da modernindade”, finalizou a autora.
ENTREVISTA
Objetivo – Buscar descobrir a influência do rádio na vida do entrevistado, sua interação com o meio de comunicação e a partir da experiência vivida a importância do veículo de comunicação (Rádio) para vida do entrevistado.
Entrevistado(a)
Cecília Chagas Maciel
Idade – 43 anos
Profissão – Servidor Público e Radialista
Endereço – Rua do Cruzeiro, 424
Cidade
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