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Resenha Crítica do Filme: Bilú e João

Por:   •  31/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  309 Palavras (2 Páginas)  •  1.993 Visualizações

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Acadêmica: Jéssica Cristina da Silva

Curso: Arquitetura e Urbanismo – Católica/SC – turma B

Resenha crítica do filme: Bilú e João

Crianças adultas

O filme Crianças Invisíveis é uma produção encomendada pela Unicef e realizada por oito diretores de diferentes nacionalidades. O filme é fragmentado, cada diretor ficou a cargo de mostrar a realidade de um país. Ficou responsável pelo Brasil a diretora Kátia Lund, co-diretora do longa Cidade de Deus, que dirigiu a narrativa de Bilú e João. O objetivo do projeto é mostrar as diferentes situações a que são submetidas crianças, irregularidades e outros problemas que as levam a amadurecer precocemente.

A trama se desenrola de maneira muito clara e coerente, dois dias de dois irmãos, Bilú e João, ela sendo a caçula e ele o mais velho. Os dois andam por São Paulo sozinhos, submetidos a constantes situações perigosas, como trânsito, disputa de território com outros catadores, chuva, dormir em meio à feira e também há humilhação.

Mesmo diante desse cotidiano, as crianças conseguem sonhar, imaginar, e até mesmo brincar – com o que têm, sem brinquedos. A comparação do carrinho de sucata com uma Ferrari faz nos lembrar da capacidade criativa das crianças, e nos faz refletir o quão bem aproveitada ela seria em uma sala de aula.

Um dos problemas do filme é a atuação não convincente dos protagonistas em alguns momentos, ora você esquece que está assistindo a um filme, ora você estranha uma cena e lembra. Mas apesar disso, o filme nos mostra essa realidade tão presente e que muitas pessoas desconhecem, daí surge o título Crianças Invisíveis.

Ao final, mostra a favela e ao fundo grandes edifícios, dando este contraste social. E a pergunta que fica é; crianças invisíveis para quem? Para o governo, para a sociedade, ou para elas mesmas que têm que esquecer a condição de criança e trabalhar para ter o que comer no dia seguinte?

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