Resenha Crítica do texto "O Panoptismo" de Foucault
Por: Rayane Anchieta • 4/12/2019 • Trabalho acadêmico • 509 Palavras (3 Páginas) • 588 Visualizações
Faculdade Estácio de Sá
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Resenha crítica do texto "O Panoptismo" de Foucault
tab nisso aq tbm
Niterói
2019
O Panoptismo
RESENHA
Publicado em 1975 o livro "Vigiar e Punir: o nascimento da prisão" de Michel Foucault, trata em seu terceiro capítulo sobre a concepção do panoptismo, inspirada na noção do panóptico discutida por Jeremy Bentham.
No livro, Foucault analisa o desenvolvimento da sociedade que ele chama de "sociedade disciplinar" e no capítulo três, o primeiro exemplo que ele dá a respeito do panoptismo é sobre uma cidade infestada pela Peste no século XVI, a fim de mostrar como a peste, a lepra e o panóptico representam novas tecnologias de controle na sociedade disciplinar.
Iniciando o capítulo, há uma descrição do panóptico de Bentham, que consiste em uma forma de estrutura arquitetônica projetada para prisões, formada por células organizadas em círculo em torno de uma torre de vigia onde uma única pessoa tem visualização de todas as células mas sem ser vista por quem estava recluso. Então, o prisioneiro poderia ser monitorado a cada momento, tendo que controlar seu comportamento para não ser punido.
Foucault descreve o panóptico em muitos detalhes, e no decorrer do texto objetiva mostrar como este sistema de controle se aplica na sociedade, conluindo que o panóptico torna o poder automático e individual porque induz um estado consciente de visibilidade que não depende de quem exerce o poder, já que os próprios detentos se encontram em uma relação de poder de que eles mesmos são os portadores.
O autor é sempre coerente nos exemplos de como o panoptismo produz um efeito de poder centrado em um Estado consciente e permanentemente visível, e também descreve, no decorrer dos parágrafos, a ideia de que há duas formas distintas de disciplina: A primeira representa as instituições fechadas responsáveis por fabricar indivíduos úteis, e a segunda é sobre a transição da sociedade disciplinar para a sociedade de controle pensada pelo panoptismo.
“Pode-se então falar, em suma, da formação de uma sociedade disciplinar nesse movimento que vai das disciplinas fechadas, espécie de ‘quarentena’ social, até o mecanismo indefinidamente generalizável do ‘panoptismo’. Não que a modalidade disciplinar do poder tenha substituído todas as outras; mas porque ela se infiltrou no meio das outras, desqualificando-as às vezes, mas servindo-lhes de intermediária, ligando-as entre si, prolongando-as, e principalmente permitindo conduzir os efeitos de poder até os elementos mais tênues e mais longínquos. Ela assegura uma distribuição infinitesimal das relações de poder” (Foucault, 2009, p. 204).
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