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Resenha Filme: O Quarto Poder

Por:   •  30/5/2016  •  Resenha  •  988 Palavras (4 Páginas)  •  1.624 Visualizações

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Resenha Filme: O Quarto Poder

Bruno Assef de Vitto

O suspense policial O Quarto Poder (Mad City), de 1997, com 115 minutos e distribuído pela Warner Bros, relata como o jornalismo político influencia as pessoas e tem o poder de manipular pessoas e informações. É o exemplo típico de dizer que o Jornalismo é sinônimo de formação de opinião, de falta de controle político e, em alguns casos, em busca pela audiência e sensacionalismo em vez da verdade em si, mesmo que seja nua e crua.

Em Madeline, Califórnia, um ex-segurança de museu retorna ao seu antigo local de trabalho para uma conversa séria com sua ex–chefe. Nada de mais, não fosse o fato de que o sujeito, Sam Bailey (John Travolta, de O Justiceiro), carrega na sacola uma espingarda e quilos de dinamite. Adicione à história um punhado de crianças de uma escola primária e um jornalista decadente sedento por prestígio e fama. A combinação, então, começa a ficar interessante.

Foi o que fez o veterano diretor grego Constantin Costa-Gavras no filme O Quarto Poder, com US$ 50 milhões de orçamento; sendo que o filme arrecadou pouco menos de US$ 11 milhões nas bilheterias Norte–Americanas. O papel do jornalista Max Brackett ficou a cargo de Dustin Hoffman (de Em busca da Terra do Nunca), que já tinha passado pela experiência, brilhante, por sinal, de interpretar um profissional da notícia em Todos Os Homens Do Presidente, de 1976.

Max Brackett já foi um profissional respeitado da emissora de televisão para a qual trabalha, mas foi transferido para uma filial interiorana por se recusar a dar, ao vivo, detalhes fúnebres sobre um acidente que cobriu. Depois de ser dispensado de uma cobertura sobre corrupção, o repórter sai para uma rápida e desinteressante matéria sobre a falta de verbas e dificuldade financeira do museu da cidade. Mas eis que o desempregado, confuso e perigoso Sam Bailey aparece armado e Brackett vira seu refém, juntamente com diversas crianças, uma funcionária e Mrs. Banks (Blythe Danner, de Entrando Numa Fria Maior Ainda), a diretora do museu. O jornalista consegue, do banheiro, ligar para a sua jovem estagiária e o operador de câmera e Max entra ao vivo, só com o som do telefone, explicando o que está acontecendo no museu.

O seqüestrador não é muito inteligente e, por desatenção, acaba por disparar um tiro de espingarda em seu ex–colega de vigilância, ferindo–o gravemente. Numa brilhante cena, o repórter repreende a estagiária por socorrer o homem ferido, em vez de filmar sua agonia. O circo está armado: o povo – incluindo jornalistas de outras emissoras e veículos de comunicação – se aglomera na fachada, pais revoltados com o seqüestro dos filhos e pessoas acusando o ex–segurança de racismo.

Max passa a relatar a história com exclusividade, chegando, em muitos momentos, a guiar o rumo dos acontecimentos; e este planeja sempre seus passos de modo a tornar Bailey uma isca atraente para a mídia e para o público. Com trânsito livre, já não é mais um refém convencional e faz matérias trabalhando a boa imagem de Bailey. Nem que para isso tenham que ser feitos alguns ajustes em determinadas falas. A atenção do país se volta para a pequena cidade; o repórter é, de novo, a grande estrela da emissora.

A partir daí, algo começa a mudar na cabeça do jornalista. Sua obsessão pelo sensacionalismo e pela história exagerada começa a dar lugar a uma visão mais humanista do quadro. Max se compadece de Sam Bailey, pois este é um trabalhador confuso e marginalizado pelo sistema que divide o mundo entre vencedores e perdedores. Max faz uma entrevista exclusiva com o seqüestrador,

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