A GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA (EaD) AUMENTA, MAS ANTIGOS PROBLEMAS PERSISTEM

EDUCAÇÃO

GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA (EaD) AUMENTA, MAS ANTIGOS PROBLEMAS PERSISTEM

Alunos sofrem preconceito ao se formar a distância, e chances de conseguir um emprego são menores

O ensino a distância (EAD) é a modalidade de ensino que mais cresce no Brasil. Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), das 3,3 milhões de matrículas no ensino superior, registradas entre os anos de 2003 e 2013, um terço correspondia a cursos à distância, sendo a maioria na rede privada de ensino, que tem sido escolhido pela sua flexibilidade, suas mensalidades acessíveis e pela economia de tempo. Algumas universidades federais como a de Santa Catarina (UFSC) e a do Paraná (UFPR), também oferecem cursos à distância.

Em uma lista divulgada no ano de 2015, o MEC citou os cursos mais procurados em EaD, em primeiro lugar estava o curso de pedagogia com 332 mil alunos, seguido de administração 178 mil alunos e em último lugar licenciatura em biologia 19 mil alunos.

O ENSINO

A educação a distancia é a modalidade de ensino mediada pelas tecnologias. O curso em e EaD, desenvolve a autonomia do aluno, que precisa ser regrado em seus horários de estudos. Algumas faculdades tem aula presencial uma vez por semana e utilizam de recursos como, consultas ao tutor responsável pelo polo, conversas em chat, radio-web e e-mail, para facilitar os estudos.

Em entrevista realizada na última segunda-feira (19), com o tutor Valter Máximo da faculdade Uninter do polo de Piraquara, quando questionado sobre como é o ensino dos alunos e como a tecnologia ajuda nos estudos declarou: “Os alunos tem aulas presenciais uma vez por semana no polo, participam de grupos de estudos, apresentações de trabalhos, atendimentos virtuais e presenciais com os tutores no polo, via chat, fóruns, etc. Precisa ter clareza de que o ensino é à distância, mas as dúvidas podem e devem ser sanadas pessoalmente com os tutores, mantendo a proximidade entre professor e aluno”.

PRECONCEITO COM O ENSINO EAD

Ainda são muitos os preconceitos com a educação EaD, há um ceticismo quanto à qualidade dos cursos na formação do estudante, sentimento justificado pela percepção de uma falta de formação específica dos educadores para a atuação na modalidade e a má utilização dos recursos de informática disponíveis.

Em entrevista realizada na tarde da ultima segunda-feira (19), com a ex-aluna do curso de pedagogia da faculdade Positivo, Hingrid Chimiloski (26), declarou ter sofrido preconceito por ter cursado faculdade à distância e depois de formada para conseguir um emprego, “Várias vezes sofri preconceito. O ensino à distância já vem ganhando espaço na educação brasileira, porém, a qualidade ainda é questionável, o que gera vários comentários negativos de pessoas que nunca cursaram e criticam sem ao menos ponderar o lado bom e ruim. Foi difícil para conseguir um trabalho em minha área, por isso, estou cursando outra faculdade para poder trabalhar no estado em contrato temporário e assim angariar uma melhor projeção na profissão”.