A HISTORIA DA PROPAGANDA

Não se tem uma resposta concreta de como surgiu a propaganda ou quem foi seu instituidor. O que se sabe é que a primeira propaganda que se tem notícia foi a realizada pela igreja católica, séculos atrás, para a expansão de sua doutrina. Foi a partir disto que surgiu o termo "propaganda". A propaganda moderna surgiu da evolução pela qual passamos nos últimos 500 anos, quando ocorreram os grandes aceleradores da produção.

Os descobrimentos, aumento populacional, racionalização da agricultura, concentração urbana, acumulação de capitais e mão-de-obra. Todos esses fatores foram essenciais para o desencadeamento da Revolução Industrial, tornando-se fatores massificadores da produção e consumo de bens e utilidades. 

Desse modo, com o domínio da máquina e da energia, bens e utilidades puderam ser fabricados em grande quantidade e oferecidos a um número crescente de pessoas. É neste momento em que entram os meios de comunicação e, consequentemente, a propaganda. Os consumidores devem ser comunicados que determinado produto está à venda, quais suas vantagens e qualidades e até mesmo ser induzido a preferir aquele produto e não os concorrentes. É necessário que as empresas saiam em busca de novos fregueses, a comunicação precisa chegar até esses fregueses. Assim, a propaganda começou a ser feita efetivamente.

A história da Propaganda Brasileira surge em meados de 1800, quando a mídia televisão ainda não existia. No Brasil, a propaganda está no sangue. Mascates, ambulantes e tropeiros foram os primeiros vendedores, pioneiros das vendas. Nessa época não existia cliente, mas sim freguês. Em 1808, quando nasceu a Gazeta do Rio de Janeiro, nosso primeiro jornal. Esse periódico publicaria o mais antigo anúncio de que se tem notícia. Por volta de 1860, começaram a aparecer os primeiros painéis de rua, bulas de remédios e panfletos de propaganda. Em 1875 os jornais “Mequetrefe” e “O Mosquito” inauguravam os reclames ilustrados.

No ano de 1809, foi publicado o primeiro anúncio de escravos, até o ano de 1900, as propagandas baseavam-se em temas como a venda de imóveis e escravos, um outro hábito muito comum da época era utilização de políticos em muitas propagandas. Em 1900 surgiu a primeira revista no Brasil, Revista da Semana, no Rio com a finalidade de promover anúncios. A importação de novas técnicas de impressão faria multiplicar, nas capitais, esses periódicos ilustrados.

Já ano de 1913, nasce a primeira agencia de publicidade, a ”Eclética”, que estevem em atividade por mais de 40 anos. Os diretores de arte da época eram artistas plásticos, responsáveis pela criação de ilustrações e os redatores publicitários eram grandes escritores, como Olavo Bilac e Cassimiro de Abreu.

Com a crise de 1929 e as revoluções de 1930 e 1932, não só a economia do país, mas a propaganda também. Em 1930 marca a regularização do rádio lança a mídia como um dos principais canais publicitários do país, marcando o início da propaganda na forma de comercial. Em 31, surge o “DOP” – Departamento Oficial de Propaganda, o órgão de administração pública era especialmente fiel a propaganda estatal no governo de Getúlio Vargas, os meios de propagandas utilizados pelo governo eram, o cinema, a imprensa, a radio difusão e a rádio telegrafia. Três anos depois e reestruturado, o “DOP” foi substituído pelo “DPDC” – Departamento de Propaganda e Difusão Cultural, contudo sua substituição ficou ultrapassada, o que obrigou o governo a ampliar a sua abrangência. Já em 1939, o “DPDC”, foi substituído pelo “DIP” – Departamento de Imprensa e Propaganda, sua abrangência era superior e o seu poder de penetração na sociedade também, o DIP passou a ser o controlador do pensamento da população brasileira através do controle e da função de critico de todas as manifestações culturais.

Surgiam em 49 os convênios entre as agências de propaganda, juntamente com a Associação Brasileira de Propaganda (ABA) e o Conselho Nacional de Imprensa (CNI) tempos depois surgia a Associação Brasileira de Agências de Propaganda (ABAP). Em 1950 surge primeira emissora de TV, a Rede Televisão Tupi de São Paulo e a Editora Abril e no ano seguinte, surge a Escola Superior de Publicidade e Marketing (ESPM).

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