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A Sexualidade na Adolescência

Por:   •  4/9/2018  •  Artigo  •  952 Palavras (4 Páginas)  •  198 Visualizações

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4.1 A SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA

        A adolescência se caracteriza por uma fase onde há um desenvolvimento maior do corpo humano, com a chegada da puberdade, o corpo começa a tomar forma em ambos os sexos, os meninos começam a sentir maior atração pelas meninas (vice e versa) com isso a descoberta e o despertar da sexualidade (FREITAS, DIAS, 2010).

        A sexualidade na adolescência é um assunto que gera constrangimento na maioria das famílias, muitos pais e responsáveis preferem não falar sobre esse assunto com os adolescentes, por acharem que ainda não é a hora para falar de um assunto tão adulto e é justamente neste ponto que cometem grandes erros. A falta de informações e orientações sobre sexo pode causar complicações futuras na vida dos adolescentes (CANO, FERRIANI, GOMES, 2000).

        Este assunto não deve ser omitido entre os adolescentes, e difícil evitar o contato sexual entre adolescentes. Os pais e responsáveis devem tomar consciência do quão primordial é dialogar abertamente sobre tal assunto, devem ser ofertado orientações e esclarecimentos necessários para que iniciem a vida sexual da forma mais correta e segura possível (MOREIRA et al., 2007).

        A escola é um lugar que deve disponibilizar este suporte para os adolescentes, pois a grande maioria não tem coragem de recorrer aos pais ou responsáveis para discutir sobre este conteúdo, tornando assim muitas vezes a escola o canal mais confiável que os adolescentes encontram para sanar dúvidas e questionamentos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011).

        Percebe-se atualmente uma carência em campanhas onde enfatizem a importância de uma vida sexual protegida e o quanto o uso dos métodos contraceptivos diminuem o risco de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis). Essas campanhas devem se tornar realidade no mundo, pois mesmo com o fácil acesso as informações, os adolescentes ainda não fazem o uso apropriado dos métodos (SILVA, RIBEIRO, 2011).

        De acordo com estudos de BRILANTE, CATRIB, 2011 os adolescentes relatam conhecer os meios contraceptivos, mas 70% salientam que mesmo com a erudição, gozaram sua primeira relação desprotegida, isso denota que há certa dificuldade em falar com o parceiro acerca do uso de preservativos na relação sexual (BRILHANTE, CATRIB, 2011).

        Em 2012 pesquisas da PeNSE (pesquisa nacional da saúde do escolar) indicam que 28,7% dos estudantes da 9ª série já tiveram seu primeiro contato sexual. Essa porcentagem aumenta com a idade, passando de 13,7% entre os escolares de até 13 anos, 22,9% entre os escolares com 14 anos e 48,1% entre os que tinham 15 anos ou mais. De acordo com o IBGE 24,7% desses estudantes que já tinham vida sexual informaram que não utilizaram nenhum tipo de preservativo na ultima relação sexual (IBGE, 2012; CAMPOS, et al., 2012).

Atualmente se tem uma maior facilidade e instrução em relação aos métodos contraceptivos, o que na ancianidade não era tão acessível, hoje com o avanço tecnológico, a uma contribuição maior para isso. Os meios de comunicações estão ao alcance de todos, a todo instante se vê na internet, televisão, jornais, livros e revistas informações e noticiários a respeito da importância de se prevenir, mas a predominância não tem noção do risco que correm ao praticar uma relação desprotegida, podem contrair tanto a AIDS, HPV, DSTs e idem uma gravidez não planejada (EISENSTEIN, 2013).

Uma gestação na adolescência implica grandes dificuldades, envolve muitas complicações e desafios, dado que a maior parte das adolescentes se encontram despreparadas para assumir esse novo papel, não existe uma estrutura física, psicológica, financeira e nem emocional para acolher a chegada de um novo filho nesta idade (MOREIRA, et al., 2008)

As adolescentes engravidam na maioria das vezes sem planejamento algum, amiúde decorrentes de uma relação sexual sem proteção, ou uso incorreto dos preservativos, não fazem uso de contraceptivos nem sequer acompanhamento com ginecologista. Diversas dessas gestações não desejadas levam a pensamentos como o aborto, suicídios, abandono do parceiro, da família, amigos, afastamento ou até mesmo abandono escolar, de certa forma são até exclusas do grupo social ao qual eram inseridas (BRILHANTE; CATRIB, 2011).

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