Alienação: A Criação Controlando o Criador

"A criação controlando o criador" - Alienação

O conceito histórico de alienação foi popularizado por Karl Max, em detrimento ao pensamento de Georg Hegel. Para Marx é no sistema capitalista que a alienação ganha maior expressão, pois é quando o ser humano é transformado em “mercadoria”, que ele deixa de pertencer a si mesmo para pertencer a um sistema que o transforma em um produto. O ser humano ganha um preço, e, enquanto mercadoria, não interessam seus sentimentos, seus desejos e nem mesmo seus verdadeiros pensamentos, mas sim apenas quanto vale no mercado. Assim, a instauração da alienação é consequência da “mercadoria” que o homem se torna. As mídias são um dos principais meios de disseminar o “controle, a manipulação” sobre as pessoas.

Um dos grandes exemplos de como funciona o processo de alienação, pode ser visto no filme “Tempos Modernos” (1936), dirigido e estrelado por Charles Chaplin, que contextualizada na Revolução Industrial, mostra, de forma humorada, a vida de um operário sendo controlado pela máquina na linha de montagem de uma fábrica. Não diferente da realidade, mediante a modernidade e a tecnologia, meios de comunicação  - máquinas como: televisão, rádio, computadores com internet etc -, tem “controlado e manipulado” a maioria das pessoas.

A racionalidade humana, na charge, é considerada ou comparada, igualitariamente, com a falta da razão do animal irracional – o cachorro. O contraste racional na realidade do mundo real é evidente, porém, por meio da alienação, o ser racional – ser humano – é igualado ao ser inferior, em pensamento. Estando alheio as informações prestadas pela mídia, o ser humano, fica incumbido de realizar, aplicar, fazer – no âmbito do consumismo – ou até mesmo ser dominado pelos pensamentos e ideais, que os cercam, pregados pelas mídias, que consolida o que chamamos de controle social, assim, ofuscando o indivíduo - dotado de identidade única -  complexo em pensamentos e que constitui quem é.