Análise Narcos

Narcos

        Ainda na linha de Tropa de Elite, o primeiro episódio de Narcos se incia com música tipíca colombiana, que é indispensável para adequar o leitor no contexto histórico e o ambiente em que se passará os próximos 10 episódios da série, e a narrativa, "nowdays the U.S. government can listen to anything you say, they know where you are, they know who you're talking to, and trust me, they know who you're f*cking with.(...)", que é feita pelo personagem principal da trama, o agente americano da DEA, Steve Murphy (Boyd Holbrook) se referindo a primeira cena, que se trata de uma apreenção de tráfico de drogas feito na Colombia feito por seu parceiro Javier Peña (Pedro Pascal). Poucos minutos mais tarde, descobriremos que a dupla é encarregada pelo caso do cartel de Medellín, responsável por apresentar e distribuir mais de 80% do mercado clandestino de cocaína  nos Estados Unidos. Logo em seguida, o expectador já se surpreende com a primeira cena de violência explícita, em que a polícia colombiana, informada por Murphy, faz uma chacina em um bar frequentado por criminosos. Ao fim da narração, inicia-se a abertura da série ao som de "Tuyo", de Rodrigo Amarante.

        Completamente zeloso com a realidade e, tipicamente como os trabalhos de José Padilha, a fim de transmitir uma história verídica, todos os todas as falas dos personagens e cenários de gravação se mantiveram fiéis ao seu país de origem. O contexto histórico é descrito de forma detalhada, desde a criação um monopólio no mercado ilegal de narcóticos, aos crimes que que levaram Escobar (Wagner Moura) a se tornar o maior nome da história colombiana e chegar a ganhar milhões por dia, até seus problemas pessoais de relacionamento. Além disso, podemos compreender afundo as dificuldades que os agentes Peña e Murphy precisaram enfrentar em meados dos anos 70 para intervir no caso, graças a politica criminal estabelecida tanto nos Estados Unidos quando na Colômbia.