Faculdade de Comunicação Departamento de Comunicação Organizacional Megarromântico
Por: Bastian Balthazar Bux • 10/6/2019 • Resenha • 725 Palavras (3 Páginas) • 232 Visualizações
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Universidade de Brasília
Faculdade de Comunicação
Departamento de Comunicação Organizacional
Megarromântico
Análise crítica
Brasília
2019
Introdução
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Cética e avessa à romances, Natalie assiste sua vida se
transformar numa clássica comédia romântica
Megarromântico (Isn't It Romantic) é um filme lançado neste ano pela Netflix que conta a história de Natalie, uma arquiteta nova-iorquina com baixa autoestima que, após uma pancada na cabeça, se vê dentro de uma comédia romântica. O longa tem direção de Todd Strauss-Schulson e roteiro assinado por três mulheres: Erin Cardillo, Dana Fox e Katie Silberman. A protagonista é interpretada pela atriz Rebel Wilson, considerada acima do peso pela indústria do cinema e autodeclarada plus size.
Com referências claras a clássicos do gênero, como “De repente 30” e “Uma linda mulher”, Megarromântico busca expor e brincar com diversos clichês. Na nova dimensão em que se vê aprisionada, Natalie assiste com verdadeira perplexidade o cenário em que é bem-sucedida profissionalmente, vive num luxuoso apartamento e é objeto de paixão instantânea de Blake, personagem rico, bonito e romântico interpretado por Liam Hemsworth. Tudo isso numa Nova Iorque asséptica, colorida e vibrante, onde sua assistente e amiga se torna uma arquirrival no trabalho e o vizinho estranho e misterioso agora é seu amigo homossexual mais íntimo em tempo integral.
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De repente, sua assistente e amiga se torna uma arquirrival no trabalho
A metalinguagem, no entanto, é instrumento para uma crítica direta aos tradicionais e repetitivos enredos do gênero e servem para fortalecer na protagonista a convicção de que deseja outra vida para si. É enfrentando a superficialidade dos clichês que Natalie segue ao encontro de si mesma numa jornada em que aprende a se amar. Empoderada e autoconfiante, ela se vê preparada para consolidar sua posição no trabalho e se entregar a um relacionamento amoroso.
Desenvolvimento
Megarromântico, apesar de escolher uma atriz gorda para interpretar a protagonista e propor uma crítica aos padrões de beleza que subjugam, em especial, as mulheres, se perde em seu objetivo ao exacerbar um estranhamento sobre tudo o que pode ser considerado uma conquista de Natalie, mesmo ao final de sua jornada de amadurecimento.
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O estranhamento persiste antes e depois da magia
Desde o início a personagem não se sente diga de ser bem sucedida profissionalmente e desejada por homens que atendem aos padrões de beleza vigentes. Embora a palavra “gorda” não seja utilizada, o termo é explicitado cada vez que a protagonista usa a expressão “pessoas como eu”. Apesar disso, no entanto, em momento algum ela se mostra pouco à vontade no próprio corpo – emagrecer ou mudar o que quer que seja não é uma questão em momento algum. É um filme sobre uma mulher em uma jornada de aceitação e não de adequação. Outro ponto positivo é que a perspectiva dos homens jamais se sobrepõe ou rouba os holofotes ao longo da história.
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