História da Comunicação
Por: Bruna Pingituro • 23/5/2015 • Trabalho acadêmico • 5.498 Palavras (22 Páginas) • 300 Visualizações
Trabalho (DP) História da Comunicação
Professora: Beatriz Regina Pires Zaragoz
Bruna Nogueira Pingituro
CAPÍTULO I – PRIMORDIOS DA COMUNICAÇÃO
O homem, assim que se diferenciou de outros animais, desenvolveu técnicas para ter domínio sobre a natureza. Foi a partir deste ponto que surgiu a primeira e grande conquista: a fala. Com a fala, passaram a diferenciar o homem de outras espécies. Esse sistema de comunicação foi o primeiro meio diferenciado entre os povos. A segunda conquista foi a escrita, fundamental para a comunicação. Para que as sociedades pudessem se comunicar sobre crenças, práticas religiosas ou pudessem consolidar o poder, registros feitos e até criações artísticas, foi criado diferentes sistemas de registros gráficos. Através dessa criação puderam separar a história anterior, convencionando a Pré História. Não existe uma data e local da criação da escrita. O que se tem em conhecimento é que povos tiveram que criar registros escritos pela complexidade política, econômica e social. Nenhum povo conseguir adquirir a escrita ao mesmo tempo. Sendo assim, cada povo criou sua própria escrita. Alguns grupos conseguiram chegar até a época contemporânea. Os povos sumerianos começaram a gravar símbolos e sinais em placas de argila. Na escrita egípcia foram criados três tipos de escrita o hieróglifo, hirático e demótico. Os egípcios deixavam suas escritas em estátuas, monumentos e em túmulos. A escrita hirática era usada em registros administrativos e religiosos. A escrita demótica era usada em contratos e correspondências. Os grandes povos que marcaram o mundo antigo desenvolveram seus sistemas de escrita. Mas não eram todos que tinham esse privilégio. A escrita era mais usada pelas elites cultas.
• Os jornais Romanos
Mesmo que os povos antigos usassem a escrita em diversas funções, eles não tinham a preocupação em levar as informações para muita gente. Porém, em Roma, os governantes mostraram o quanto era importante divulgar grandes feitos. Fez então, um álbum com tábuas brancas fixadas no muro da residência do Pontífice Maximo. Nessas tábuas eram registrados os principais assuntos. Depois foi transformada em publicações diárias que reproduziam as discussões do senado Romano, graças a Júlio Cesar. Conforme os interesses do povo pelas informações foram crescendo, começaram a ser feitos cópias que circulavam dentro e fora de Roma. Essas atas foram consideradas os primeiros jornais, já que obtinham informações diversas e atualizadas e eram dirigidas ao público. Depois do fim do império romano, as atas foram abandonadas. Na idade média, a escrita passou a ser usada somente pelo monastério. A circulação de informações era muito devagar, sendo assim o uso da escrita só seria publicado depois da criação da imprensa.
CAPITULO II – A INVENÇÃO DA IMPRENSA
Através da Xilogravura (técnica de produzir figuras), surgiu o desenvolvimento da impressão com tinta. Começaram a reproduzir imagens sacras nos panos e tapetes de igrejas. Na idade média era muito comum a prática religiosa da peregrinação. Faziam com que os fiéis sentissem vontade de levar consigo a imagem de algum santo. Usando essa técnica, também foram feitas impressões para o lado profano da época como, cartas de baralho. A xilogravura não apenas desenvolvia figuras, como também foram produzidas letras, e pequenos textos em madeiras. No processo de desenvolvimento da técnica, decidiram optar por um material mais resistente. João Gutenberg descobriu o material mais adequado para a fabricação dos tipos necessários para o processo de impressão. Imprimiu o primeiro trabalho com caracteres de chumbo. Planejando uma obra mais grandiosa, a publicação de uma Bíblia. Gutenberg associou-se a João Fust, ele teria capital para o material necessário. Os problemas técnicos surgidos durante a tiragem, não permitiram a seu sócio o retorno do investimento. Gutenberg não conseguiu impedir que Fust o processasse e foi obrigado a entregar o material. Gutenberg, apesar do insucesso, continuou sua atividade tipográfica. Publicaria a Bíblia de 36 linhas e um outro trabalho, o Catholicon. Alguns contestam sua condição de “inventor da imprensa”. A documentação a respeito é escassa e falha. Seus trabalhos não levaram seu nome e sua glória foi obtida depois de sua morte. Os primeiros livros foram publicados no século XV. Os livros de religião foram os mais numerosos, com grande preferência pela Bíblia. A difusão de livros que a imprensa propiciou teve importante papel nos movimentos de ideias, como o Renascimento e a Reforma. Os governos se davam conta da força da imprensa e não queriam tê-la contra si. Só a partir do século XVIII, início do século XIX, os jornais e livros impressos viveriam períodos de maior liberdade. No início do século XIX foi dado um grande avanço com a invenção da impressora a vapor. A publicidade chegou à imprensa, num momento em que a industrialização exigia cada vez mais fortes apelos ao consumo. A imprensa no Brasil dava seus primeiros passos, respeitando as limitações que sua condição histórica de um império escravocata lhe impunha.
CAPÍTULO III – A IMPRENSA NO BRASIL
• Período Colonial
No período colonial, o Brasil cumpriu o papel de enriquecer a metrópole. Portugal não teve nenhuma medida que visava o desenvolvimento interno da colônia. Houve condições de habitação transporte, instrução, entre outras muito precárias. Não houve imprensa. Com a dificuldade do desenvolvimento dos centros urbanos, ocorreu a dispersão da população, afastando uma das outras. Não tiveram outra opção a não ser o transporte marítimo para que a comunicação fosse realizada. As condições socioculturais da Colônia, também eram precárias. A maioria não teve conhecimento da leitura e muito menos interesse intelectual fazendo o analfabetismo tomar conta da população. A estratégia de Portugal de impedir a melhoria da cultura do Brasil, não foi apenas pelo fato da inexistência da imprensa no período colonial, mas também outros aspectos que dificultaram o uso de tipografia.
• A Imprensa na América Colonial
As ideias contrariam a denominação colonial por livros e jornais. Foi o motivo da inexistência de imprensa no Brasil. A América do Norte teve imprensa desde os primórdios da colonização. A imprensa se instalou em Massachussets em 1638 e oston teve seu primeiro jornal em 1690. Após a guerra da independência em 1775 os números de jornais cresceram. Na América espanhola houve a implantação precoce da imprensa. Suas cidades foram fontes culturais europeias, a partir dos quais se constituíam as sociedades civilizadas. Foram instaladas imprensas e universidades. No México foi instalada a primeira tipografia em 1553. Já nas cidades dos Reis e no Peru foi inaugurada a imprensa na America do sul. O material publicado na America Espanhola era previamente censurado pelo governo e jornais que passaram a circular no Peru em 1715.
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