O Trabalho Acadêmico
Por: lrcunha • 29/4/2018 • Resenha • 2.667 Palavras (11 Páginas) • 173 Visualizações
Aluno: LUAN RAMOS DA CUNHA
Curso: JORNALISMO Período: 8º
Disciplina: ESTUDOS EM COMUNICAÇÃO
Professor: MIRIAM AGUIAR
1. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
RIBEIRO, R.; GIKOVATE, F. Nossa sorte, nosso norte. Pra onde vamos?. PAPIRUS 7 MARES, Brasil, 2012.
2. AUTOR(ES) DA OBRA
Renato Janine Ribeiro e Flávio Gikovate
3. BREVE SÍNTESE DA OBRA
O título já nos direciona e nos deparamos com a dúvida: Para onde estamos indo? O psiquiatra Flavio Gikovate e o filósofo renato Janine Ribeiro se encontraram para refletir sobre os rumos que estamos tomando. As reflexões são levadas em um clima de conversa entre amigos, eles trocam idéias sobre a atual ânsia de visibilidade; sobre o lado positivo e negativo do individualismo e também sobre o que fazemos com nossa liberdade de escolha. Além disso, aborda a reflexão sobre aonde estamos buscando a nossa felicidade. Será que estamos mesmo querendo deixar um mundo melhor para as futuras gerações? Ética, liberdade, moral, sexualidade, felicidade, vaidade, estes são alguns dos temas que pautam este encontro.
4. PRINCIPAIS TESES DESENVOLVIDAS NA OBRA
VAIDADE
O tema vaidade na filosofia é estudando desde os primeiros filósofos, nós temos uma reflexão filosófica sobre a vaidade que se alonga até mais ou menos à 1800 d.C e há 200 anos esse assunto passou despercebido na filosofia. A filosofia recente discute muito pouco esse tema, assim como outras disciplinas como a ciências humanas, tratam muito pouco a vaidade.
La Bruyere, Pascal, La Rochefoucault, afirmam que o amor próprio, a vaidade, o desejo de reconhecimento, citam sobre a vanglória - a glória vã. Notem, que especificamente falamos não da glória justa, da glória verdadeira ou orgulho de ser quem você realmente é, mas a glória de quem imagina ser muito mais do que é. O vaidoso é uma pessoa que está suscetível ao erro.
Este ponto é determinante no nosso tempo onde a gente vê nas personagens da mídia, na frase do artista plástico Andy Arhol que diz que “um dia todos terão seus 15 minutos de celebridade”, a gente vê isso na televisão, nas redes sociais, no nosso mundo virtual chamado IMVU, entre os amigos, enfim, vemos em toda parte. E os escritores dizem que a reflexão sobre isso é muito pouca.
Os vaidosos são manipuláveis, são trunfo de poder. Nós vemos em redes sociais a gama de pessoas que, não só dizem besteiras mas se arrogam de dizerem besteiras, e isso numa grandiosidade. Você vê o quanto de imbecilidade, e o quanto de imbecilidade satisfeita consigo mesmo. E isso eu acho uma coisa espantosa.
Na PSICOLOGIA
Também na psicologia, como a filosofia, vemos muito pouco a questão da vaidade. Na psicanálise, a palavra vaidade desapareceu do vocabulário oficial Laplanche, nele não consta a palavra vaidade. Construiu-se uma teoria psicológica desprezando e desconsiderando a vaidade, mudando para o Narcisismo que subentende-se o amor por si mesmo, mas é uma expressão dúbia, por que amor não é obrigatoriamente igual a vaidade.
Esse desejo de se destacar nunca esteve tão exaltado e talvez seja por isso que as pessoas não gostem de falar sobre isso. Tudo gravita em torno disso, o exibicionismo sem fundamento, pelo prazer erótico de se exibir e se destacar, ele evidentemente pode se dar sempre de duas maneiras; o indivíduo buscar o destaque por algum feito legítimo no qual ele se envaidece meritoriamente. E o envaidecimento pelo simples fato de ser muito conhecida ou conhecida, ou seja, vaidoso por nada, só por ser conhecido. De alguma maneira o próprio Facebook faz um pouco disso. Esse exibicionismo se manifesta também muito na questão erótica, desde os anos 1970 pra cá o exibicionismo feminino ficou exaltado, chocando a vista dos homens, provocando tensões, filmes, invejas, rivalidades. O mundo não melhorou com esse exibicionismo todo, ao contrário, a qualidade das relações humanas vem se complicando, não exatamente por causa disso, mas certamente sendo um dos principais fatores. A onda liberal da sexualidade também é uma vaidade erótica. É engraçado dizer, mas ainda falando sobre as redes sociais, ela virou basicamente um gerador de inveja, um cartão postal dos lugares visitados, comidas e tal. E quem não está na ilha tal ou no restaurante tal, está em casa morrendo de inveja. Mais um desserviço pra sociedade, excluindo o fato é claro, os serviços bons, pois toda a internet e rede social teve um avanço super produtivo. E a gente não deve se apegar só ao lado negativo das coisas.
Hoje em dia tudo gira em torno da auto promoção. Nós estamos em uma sociedade em que muitos dos valores emocionais foram muito contestados e muitos deles assentavam em hipocrisia. Mas também a importância da aparência ficou tão grande que ela passa a ser utilizada como um instrumento poderoso de ascensão social e de afirmação.
LIBERDADE
Atualmente, tudo aponta que temos mais liberdade de escolha, mas essa constatação levanta outras questões. Nós fazemos boas escolhas? Fazemos o que queremos? Escolhemos por opção ou para agradar os outros?
Estamos hoje mais livres? Sim. À respeito por exemplo da questão da liberdade e da democracia, nós podemos considerar que, levando-se em conta que nós temos mais de 200 países diferentes no mundo. Alguns dos quais muito povoados e outros bem menos povoados, é razoável supor que cerca de 60 à 70% vivem em sociedade democráticas e tendendo como escolha de governantes com liberdade de partidos antagônicos. E com liberdade pessoal de as pessoas poderem escolher seu destino, seu cônjuge, sua religião.
Na democracia grega, mais especificamente estudos sobre a teoria política ateniense, mostra que Atenas teria na época do seu esplendor talvez 150 mil habitantes no ano 400 a.C. uma população mundial que seria aproximadamente 300 milhões pelos cálculos relativos a essa época. Ou seja, a democracia viveria em pelo menos metade de toda população mundial em Atenas, o que nos levou a seguir maioritariamente o regime democrático e não o monástico.
Sob um ponto de vista educacional, a diversidade de especialidades nas faculdades é um fator de liberdade de opiniões e também um fator de insegurança, porque muita gente sente que ao se formar em um curso não tem expectativa de emprego.
...