RESENHA DO LIVRO: CINEMA - DIREÇÃO DE ATORES DE CARLOS GERBASE

UNIVERSIDADE  DA REGIÃO DA CAMPANHA – URCAMP

CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

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TV E CINEMA

RESENHA DA PÁGINA 79 À 96 DO LIVRO “CINEMA: DIREÇÃO DE ATORES” DE CARLOS GERBASE

TIAGO BROSSARD CARNEIRO JARDIM

BAGÉ – 25/04/07

        Pelas poucas páginas que me foi passado, pude perceber que o livro “Cinema: Direção de Atores” de Carlos Gerbase é direcionado para pessoas que querem seguir o ramo de produção e execução de vídeo, pois conta com detalhes o dia-a-dia de um set de filmagens. Dando dicas e mostrando vários exemplos, o livro se torna quase um manual para direção de atores.

        Na minha resenha, irei comentar sobre seis subdivisões capítulo 2 que leva o título “Rodando”.

        

2.1 Preparando a filmagem/gravação

Nesta parte, o autor comenta sobra o primeiro dia de filmagem, onde a primeira coisa a ser feita é uma reunião para definir a ordem do dia. Por esta ordem é que o trabalho se torna mais eficiente no set.

Após os atores estarem com os figurinos e maquiagens adequadas, executa-se as filmagens dos planos mais difíceis (do ponto de vista da interpretação), e depois os mais fáceis, pois os atores rendem mais quando estão descansados.

Os planos com movimentos de câmera complicado, também tendem a ser filmados primeiro já que todos estão bem dispostos.

O importante é ter, após a reunião inicial, uma ordem a ser seguida. Se houver um story-board, os planos do dia devem ser colados na parede e assim ficando à disposição de todos, na ordem em que serão rodados.

2.2 Construindo a mecânica do set – função de cada um

Nesta parte, o autor descreve “meio por cima” as funções de cada um no set de filmagem.

Começaremos com o Diretor: é o que da a última palavra, ele comanda tudo de um modo geral.

Primeiro Assistente de Direção: é aquele que conhece o filme tão bem quanto o diretor, e que faz as tarefas que o diretor mandar. Também é responsável sobre a mecânica de funcionamento do set e pela planilha de filmagem.

Segundo Assistente de Direção: Executa todas as tarefas que o primeiro assistente de direção ordenar.

Produtora de Elenco: Controla os horários e tarefas dos atores.

Maquiador: Maquia os atores e faz pequenos ajustes ou retoques na maquiagem na hora da filmagem.

Figurinista: Controla a armazenagem e o uso de figurinos.

Continuísta: Cuida da continuidade do filme, fazendo com que o cenário não mude de take para take.

2.3 Ensaiando no set e definindo a marcação

Nesta parte, o autor conta como são os ensaios dentro do set.

Após a luz estar pronta e a câmera no seu lugar, os atores, já maquiados e com o figurino certo, são chamados para o set para fazer um ensaio da cena completa. O ensaio é feito em absoluto silêncio para um melhor rendimento. É nos ensaios que o diretor verifica as interpretações dos atores e as disposições dos atores e objetos na cena.

2.4 Cuidados especiais para cenas especiais

Nesta parte, como diz no título, o autor relata sobre os cuidados para com as cenas “delicadas”, do tipo: Cenas de violência, sexo, desconforto físico, etc...

Normalmente o requisito básico para todas estas cenas especiais, é o cuidado com os atores. Em cenas de violência, do tipo em que o ator é acertado com um tiro, ou que dispara o tiro, sempre é colocado um algodão ou um protetor auricular para que não fique com um zumbido no ouvido. Em cenas de alta carga emocional, em que o ator perde um filho, se separa da família, etc... o diretor sempre retira todos os membros da equipe, menos os essenciais, para deixar a atuação mais a vontade, também serve um vinho ou uísque para dar uma “esquentada no interior”. Em cenas de sexo todo depende do ator, se ele quiser que a equipe saia, basta pedir. Nesse tipo de cena, o diretor fica sempre procurando algum sinal de constrangimento entre os atores. O importante é que saia o mais natural possível. O resultado final desta cena depende muito da edição, pois é o editor que transforma toda aquela coreografia maluca em algo humano e significativo.

2.5 Fazendo o plano – antes, durante, logo depois

Nesta parte, o autor escreve como funciona o set na hora da filmagem.

Quando todos estão prontos, câmeras, luz, microfones, etc... é feito um ensaio da cena a ser filmada e se tudo correr bem, começa a gravar a cena recém ensaiada. O diretor diz: “Atenção, vamos rodar. Vai som”. O operador do som dá REC em seu aparelho. O claquetista “canta” a claquete: “Cena 14, plano 2, tomada 1”. O diretor diz: “Câmera”. O operador da câmera aperta o botão e diz: “Foi câmera”. O claquetista bate a claquete e se afasta. O diretor diz: “Ação”. A atriz executa a cena e quando termina, o diretor diz: “Corta”. Logo após isto, o diretor tem que fazer algum comentário sobre a atuação do ator, do tipo: “Foi ótimo” ou “Beleza”. Não importando se achou a atuação uma droga. É função do diretor manter a auto-estima dos atores elevada, pois quanto mais confiança eles tiverem, melhor sai a cena.