Tendências para os próximos anos no ambiente de negócios do mercado audiovisual de surf
Por: rollorenan • 26/2/2016 • Resenha • 1.129 Palavras (5 Páginas) • 316 Visualizações
Trabalho Ambiente de Negócios
Análise de Ambiente
Nome: Renan Lima Rollo
Escola Superior de Propagando e Marketing – ESPM/RJ
Pós-Graduação em Produção Audiovisual
Quais seriam as tendências para os próximos cinco anos no ambiente de negócios do mercado audiovisual de surfe?
Palavras-chave: mercado audiovisual, surfe, tecnologia, mídia digital, redes sociais
Nas décadas de 60 e 70, filmes de surfe eram produções quase inacessíveis para muitas pessoas. Com exceção dos Estados Unidos e da Austrália, os demais países não tinham uma cultura forte e muito menos incentivo para produzir material e fomentar a indústria. Muitos filmes produzidos por diretores americanos e australianos demoravam anos para serem lançados em outros países.
Produções audiovisuais como o filme Endless Summer, de 1966, do cineasta Bruce Brown, é considerado por muitos como um dos pilares centrais na formação da cultura do surfe. Com o desenvolvimento da cultura com as revistas impressas e o avanço da tecnologia, muitas pessoas ao redor do mundo começaram a ter acesso a esses conteúdos e a indústria do segmento cresceu em níveis exponenciais.
A tecnologia foi a peça chave para a democratização do meio audiovisual e permitiu que pessoas que antes não tinham como produzir projetos audiovisuais pudessem se aventurar na criação de seus próprios. Os antigos filmes de surfe feitos em gravações de 35 e 16mm foram substituídos por produções de baixo orçamento produzidas com câmeras digitais.
Na década de 90, se iniciou a era em que a qualidade e o romantismo das primeiras produções audiovisuais de surfe deram lugar a divulgação de atletas e marcas. Grandes marcas começaram agregar em sua equipe diretores de filmes de surfe renomados para produzirem material audiovisual. [1]
Com advento da internet como plataforma de exibição audiovisual, a produção e distribuição de filmes de surfe no mundo está em números difíceis de acompanhar. Entre filmes e webisodes de grandes marcas e publicações de surfe, estão também as produções de diversas produtoras independentes para canais de televisão do segmento.
Com uma indústria consolidada, produções audiovisuais de surfe começaram a ganhar espaço em mídias não especializadas e contribuíram para uma maior visibilidade do mercado.
As transmissões online e ao vivo de eventos de surfe patrocinados por grandes marcas ganharam notoriedade e hoje alguns streaming passam de um milhão de pessoas conectadas. Anúncios no intervalo dessas transmissões são cada vez mais cobiçados por empresas que visam alcançar um público que em 2010 faturou mais de 20 bilhões de dólares.
Em 2007, as produções audiovisuais de surfe conquistaram um espaço importante com a criação do site The Surf Network, uma ferramenta bem organizada que reúne diversas produções como documentários, longa-metragens em película, vídeos, séries de televisão e vídeo aulas. O sistema é vinculado ao Itunes, da Apple, e permite que o usuário veja por streaming ou faça downloads em alta qualidade de uma lista expressiva de produções de surfe mediante pagamento via cartão de crédito.
PIRATARIA – Apesar do mercado audiovisual em geral ser um dos segmentos que mais cresce globalmente, o avanço da pirataria ainda prejudica grande parte do desenvolvimento da indústria. Em 2013, um estudo feito no Brasil a pedido da MPA, Motion Picture Association, mostrou que 81% dos brasileiros que já baixaram filmes ou músicas pela internet admitiram fazer uso de fontes ilegais de conteúdo. De acordo com o Fórum Nacional a Pirataria e Ilegalidade (FNCP), o mercado ilegal no audiovisual, em 2013, foi de R$ 3,621 bilhões, o que equivale a 18,3% do mercado legal. Além das perdas anuais gigantescas, a pirataria no Brasil é responsável pela perda de 92 mil postos de trabalhos no setor.
Mesmo com a pirataria, é possível enxergar grandes avanços com a democratização do meio audiovisual na indústria do surfe. Inúmeras produções divulgadas pela internet e lançadas gratuitamente estão servindo de portfólio para milhares de diretores em ascensão. De olho nisso, marcas como Quiksilver, Volcom e Mormaii realizam parcerias para premiar produções criativas do segmento de esportes de ação, principalmente entre surfe e skate.
Na atualidade, vídeos de surfe são muito fáceis de achar em qualquer plataforma audiovisual. A presença de produções independentes em diversos canais como Youtube e Vimeo, series em canais de TV fechada e aberta, participação em Hollywood – Blue Crush; Soul Surfer; Chasing Mavericks - entre outros mostra que o mercado audiovisual do segmento expandiu e continua crescendo apesar do paradigma da internet e seus efeitos subversivos para indústria.
Diversas edições de festivais de filmes de surfe ao redor do mundo como San Diego Film Festival e Santa Cruz Film Festival, ambos da Califórnia, Australian Surfing Festival, da Austrália, Honolulu Surf Film Festival, do Havaí, e Festivalma e Mimpi, do Brasil, comprovam que o segmento nunca perdeu fôlego e continua estimulando novas produções.
Tendências para os próximos anos
Em uma perspectiva positiva, é possível prever que em cinco anos o número de produtoras independentes especializadas em esportes de ação será muito maior que da atualidade. De acordo com uma reportagem do Portal Pense Empregos, nichos como o de produção audiovisual sofrem menos com as oscilações da economia e conseguem se manter em uma constante.
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