Voluntários do Canal Net

Carlos Alberto Kerr Rodrigues

Marco Antonio Nogueira

Voluntários do Canal NET Cidade e suas plataformas comunicativas preferidas

Resumo

O presente artigo tem por objetivo compreender o fluxo do Programa de Voluntariado do Canal NET Cidade, considerando a perspectiva dos seus participantes internos (gestores) e externos (voluntários). Nesse aspecto a questão da pesquisa trata de quais são as plataformas de comunicação utilizadas nesse processo e quais são as preferências dos voluntários nessa comunicação. 

Palavra-chave: voluntariado; NET Cidade; Ator Rede; WhatsApp.

1. INTRODUÇÃO

O alto desempenho de novas tecnologias e as maneiras pelas quais o mercado de telecomunicações vem se desenvolvendo, faz com que a sociedade altere suas maneiras de comunicação e tenham um papel fundamental na vida profissional e pessoal de cada um.

Atualmente, recebemos uma grande quantidade de informações e vivemos em grupos compostos pela informação e pelo conhecimento onde os informativos são cada vez mais valorizados e de fáceis acessos, disseminações e compartilhamentos. As pessoas anseiam pelas novas maneiras de conexão e interligação, onde “os indivíduos buscam cada vez mais, uma constante atualização dos seus conhecimentos e promovem por meio do estabelecimento de conexões e da interação entre os atores, uma troca intensa de informações que são convertidas em conhecimento”. (ROQUE 2010, p. 36).

O presente artigo tem por objetivo apresentar um estudo de caso, discutindo e caracterizando o Projeto de Voluntariado do Canal NET Cidade, considerando o processo de escalas de trabalho para os voluntários participantes das produções dos programas, mostrando quais são os meios de comunicação utilizados para esse fluxo e as principais características.

2.         HISTÓRICO

2.1         Voluntariado

Dicionários da língua portuguesa, afirmam que a palavra voluntário, vem do latim voluntarìu e tem como definição uma pessoa que se interessada em  contribuir de alguma forma em uma determinada atividade sem registros trabalhistas e sem nenhum tipo de salário.

Peruzzo (2007) corrobora com essa questão ao atestar que os indivíduos não abandonam suas atividades assalariadas para desempenharem o voluntariado. O objetivo é que as pessoas conciliem seus horários com algum tipo de ação voluntária.

A Declaração Universal do Voluntariado, afirma que uma participação voluntária é classificada pela livre escolha e como uma maneira de desenvolver a cidadania e uma participação comunitária, valorizar o potencial humano e a solidariedade, sendo praticada normalmente em grupos pertencentes a uma organização.

Em 18 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei 9.608 que regulamenta o trabalho voluntário no Brasil, criada pelo Presidente da Republica na época Fernando Henrique Cardoso e que contribuiu com o crescimento do voluntariado no país.

2.2        Voluntariado Empresarial

O conceito de Voluntariado Empresarial foi criado mundialmente pela Points of Light Foundation, uma organização dos Estados Unidos que administra vários centros de voluntariados americanos e que tem como missão incentivar pessoas a desenvolverem qualquer atividade na solução dos problemas sociais.

Podemos entender uma atividade de voluntariado empresarial como “um conjunto de ações realizadas por empresas para incentivar e apoiar o envolvimento dos seus funcionários em atividades voluntárias na comunidade” (GOLDBERG 2001, p.22).

Conforme o portal de voluntários, o voluntariado para uma companhia independente da área de atuação é uma boa estratégia, onde atrai ganhos para todos os participantes; a empresa, o funcionário, instituições e a comunidade.

O voluntariado empresarial favorece a empresa que desenvolve este tipo de ação, sendo possível o desenvolvimento e a motivação dos profissionais; a construção de habilidades e atitudes que geram mais  comprometimento com a empresa; fortalece a lealdade à missão e valores da organização; permite a criação de ações, aumenta a confiança no desenvolvimento das atividades diárias e o trabalho em grupo; colabora com o fortalecimento de vínculos entre a companhia, colaboradores e pessoas da comunidade.

2.3        Voluntariado do Canal NET Cidade de Santo André

O voluntariado conquista cada dia mais espaço dentro das empresas. Trata-se de uma forma de aproximar a comunidade local com os negócios empresariais e ao mesmo tempo oferecer um espaço para que as pessoas exerçam algum tipo de atividade voltada à sua comunidade.

Esse é o caso do Canal NET Cidade de Santo André, que desde o dia 12 de junho de 1998 oferece gratuitamente 10 horas semanais e inéditas para que as pessoas que participam do Programa de Voluntariado dessa emissora de televisão regional tenham uma oportunidade de se expressarem por meio de um veículo de comunicação.

Com voz ativa nessa programação, os mais de 130 voluntários são treinados e se tornam autossuficientes na execução das tarefas, entre elas, a de apresentação, direção de imagens, iluminação, cinegrafistas, narradores e comentaristas esportivos, produtores entre outras.         

Com esse artigo, será possível entender como os voluntários são escalados e quais meios de comunicação são utilizados para que o voluntariado participe ativamente da programação televisiva.

2.4        Descrição do fluxo/rotina de trabalho

As pautas de gravações são criadas pelos voluntários participantes das produções dos programas e entregues ao Monitor de Voluntários responsável pela escalação dos interessados em participar de alguma determinada gravação. Esse Monitor, por meio de telefone, e-mails, “WhatsApp” e “Facebook”, convida os voluntários a participarem nos respectivos dias de gravações, seja em estúdio ou em externas. Os voluntários disponíveis validam suas participações e no dia e horário agendado, se deslocam para a gravação.