1- O que é o ir e vir hermenêutico considerando a ideia de transito e transição entre Filosofia e literatura?
Por: Sérvulo Augusto • 16/3/2017 • Trabalho acadêmico • 700 Palavras (3 Páginas) • 785 Visualizações
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Universidade do Estado do Pará- UEPA
Curso de Licenciatura Plena em Filosofia
Disciplina: Filosofia Latino-Americana
[1]Sérvulo Augusto Ramos dos Passos
E-mail: aufklärung.a@gmail.com
- O que é o ir e vir hermenêutico considerando a ideia de transito e transição entre Filosofia e literatura?
O que é o ir e vir hermenêutico da filosofia e da literatura? Bem, esta estrutura tem como base o movimento de transito e de transição de conhecimento que são abordados nas duas formas do saber humano, mas em escalas divergentes de expressão e aplicação. Benedito Nunes ressalta que, “Na verdade, se há uma transa, uma transação entre Filosofia e Poesia, isso se deve ao desenvolvimento histórico de ambas, de certo modo convergente”. (NUNES, 2012, p.37).
Então, considerando que o conhecimento é mutável e ocorre em possibilidades especulativas e concretas de maneira diversa, no que cabe nas disposições filosóficas o evento hermenêutico dar-se através do momento em que indivíduos que expressam-se de maneira poética, adotam em suas obras caracteres que pendem ao meio filosófico seja pela questão do conteúdo constituído, ou de como este pode ser aproveitado de modo que a reflexão extensiva afirma-se como ferramenta mais plausível em suas vertentes.
Em contrapartida a isto temos a concepção poética literária que abarca o teor filosófico como modelo de impulsão de seus conteúdos modelando-os e aplicando digamos que uma estética as formas de abordagem do mesmo. Por meio, disto o ir e vir hermenêutico é o evento de constituição de conhecimento que se inicia a partir do instante em que ocorre no caso de um texto, por exemplo, uma releitura analítica, mais atenta às pequenas disposições de conteúdo abordado, a reordenação de ideias e identificação das expressões objetivas e subjetivas que são assinaladas nas entrelinhas do texto.
Este movimento também é frequente na abordagem filosófica de modo que em sua constituição procura-se desprendimento das concepções rasteiras, fundando-se em bases mais racionais e logicas, mesmo, em si tratando de temáticas metafisicas e nisto, incluem-se um sentido prático do fluxo de saberes que parte de várias direções e que podem convergir em um conceito “aceitável” ou expandir-se para novas possibilidades.
Por conseguinte, quando esta relação é pensada no contexto literário percebe-se uma ligeira similaridade com a filosofia onde se tem a questão da expressão linguística de ambas, sim, pois, para que todo o saber adquirido seja deflagrado necessita-se de um meio que suporte um transito frequente de conhecimentos, conceitos e ideias, mas que também sejam suscetíveis às possibilidades e necessidades das duas vertentes humanas e nisto a linguagem é um caminho estreito que aproxima Filosofia de Literatura. Porquanto, que o poeta pode adotar a práxis reflexiva na subjetividade imaginativa de seus poemas e textos, bem como, o filosofo consegue adequar o sentimentalismo e a estética artística em suas obras de maneira mais universalizada sem deixar de sê-lo “amigo do saber”.
Portanto, à expressão das linguagens é o pilar que sustenta o ordenamento entre a mãe das ciências e disciplinas que é a filosofia conseguindo associa-la aos campos da literatura e vise-e-versa. Em suam, apesar de sua aproximação a tendência entre as duas é de divergência, pois seus contextos podem equiparar-se, porém, nunca nas mesmas proporções ou importância eventual igualitária. E, é por compreender isto que Benedito Nunes conseguiu transitar entre as duas firmando-se ora numa, ora noutra forma de contemplar e compreender o mundo.
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