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Como Ordenar as Ideias na Filosofia

Por:   •  29/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  801 Palavras (4 Páginas)  •  291 Visualizações

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Como ordenar as ideias

Em seu livro “Como ordenar Ideias”, Edivaldo Boaventura nos dá dicas de como construir uma boa comunicação, seja ela escrita ou falada. O autor procurar auxiliar os leitores para que seus pensamentos e ideias não se tornem superficiais, e para isso é necessário esquematizar as ideias criando um plano, ou seja, fazendo a previsão do que vai será exposto, dando assim clareza ao assunto. Sem um plano o trabalho corre o risco de ficar superficial, não se aprofundando em nenhum aspecto.

Para a esquematização das ideias é necessário que haja três etapas:

  1. Introdução;
  2. Desenvolvimento do corpo do assunto;
  3. Conclusão.

Segundo Boaventura, é na introdução que se deve anunciar o tema de maneira que prenda atenção do leitor, sendo a porta de entrada para o trabalho, deve ser convidativa e agradável, porém é preciso que antes de se começar uma introdução o estudante já tenha total domínio sobre o assunto, Boaventura em seu livro cita Boileau: “Antes de escrever, aprenda a pensar.” nos alertando que é preciso refletir antes de anunciar e finalmente quando adentrar profundamente no assunto, recolher todos os pensamentos desorganizados que surgirem e fixar as ideias principais é que surgirá uma boa estrutura para começar o trabalho. “Da mente que reflete, que correlaciona, surge o plano – Pequena Centelha da criação.” (Página 13).

Prosseguindo com a introdução e seguindo com o pensamento do autor, apresentarei as características fundamentais para uma boa introdução:

  1. “Ela precisa conter certa dose de entusiasmo.” (Página 11);
  2. “Não há porque se precipitar de chofre pelo assunto.” (Página 11);
  3. “É preciso facilitar a entrada, a intercomunicação, elucidando o que se vai dizer, sem subterfúgios.” (Página 13);
  4. “Anuncia-se o assunto da seguinte maneira: Primeiramente define-se a questão e depois indica-se o caminho a se seguir.” (Página 16);
  5. “Quem comunica, sobretudo oralmente, deve demonstrar a importância ou o interesse prático do assunto.” (Página 16);

Após uma a introdução chega a vez do desenvolvimento e nele é depositada toda a expetativa do ouvinte/leitor adquirida da introdução, Boaventura logo de cara afirma que é necessário dividir o texto por partes, dividindo o assunto para que ele possa ser entendo por parcelas, tornando-o mais comunicativo, segundo ele o corpo do assunto deve ser dividido no mínimo em duas partes e no máximo três. Para ele “Não dividir é considerar tudo dentro de uma mesma hierarquia – Questões principais iguais a questões secundárias (Página 28)”.  

As duas divisões do assunto seriam a forma mais prática e fácil de desenvolver o assunto, bastaria apenas a primeira se opor à segunda, sendo ideal para provas, teses, ensaios de cunho universitário e artigos, Boaventura afirma: “Encontrar duas partes que se oponham é ter achado a maneira mais completa de apresentar o assunto (Página 31).” Já a divisão em três partes é indicada e em casos de grandes obras, verdadeiros tratados, trabalhos que cobrem todo um ramo de conhecimento. É importante que nessas divisões haja subdivisões, porém elas não podem distrair a atenção do leitor do tema principal.

Outra dica do autor é a fuga do plano fácil, para não cair na repetição, embora o próprio autor cometa muito este erro durante o texto, talvez por motivos pedagógicos, mas durante a leitura chega a ser um pouco maçante a quantidade de repetições. E mais uma vez citando pensadores franceses (Os quais Boaventura parece ter muito apreço, já que a bibliografia de seu livro é repleta de citações de franceses) Boaventura nos apresenta uma sequência de Divisões Vitandos, sendo elas:

  • Referências particulares em uma das partes;
  • Divisão fácil separando o texto em: vantagens e desvantagens;
  • Comparações;
  • Divisão fácil separando o texto em: Causas e consequências;
  • Teses opostas;
  • Tese única a defender;
  • Tema histórico;
  • Crítica.

Boaventura ressalta a importância dos títulos para dividir o texto de forma coerente, pois são eles que chamam a atenção do leitor incitando o interesse pela leitura, além do título é necessário que a passagem de uma parte a outra tenha equilíbrio e não se perca em pulos, sem uma transição necessária.

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