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A Concepção Platônica Da Linguagem

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Por:   •  25/3/2014  •  1.127 Palavras (5 Páginas)  •  679 Visualizações

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A concepção platônica da linguagem e a possibilidade de explicar a coisa e a palavra que a denomina.

O processo de passagem do mito a repre¬sentação conceitual, anuncia o surgimento da Filosofia, ou seja, quando a linguagem metafórica, que sustentava as narrativas orais foram, gradativamente, foram substituídas pelo logos, a razão.

O logos, ou pensamento racional, parte das combinações entre razão, o nome e o verbo, só assim será possível uma expressão oral do pensamento. O logos para Platão teria, então, três elementos: um declaratório, nominal e um valor de verdade.

Platão levanta a questão sobre a constituição da linguagem, sua função e o uso dos nomes, ele entende que os nomes correspondem, somente, a representação dos objetos. Segundo o pensamento platônico, o homem deve conhecer primeiro a ontologia e, somente depois, nomeá-los, pois, estes podem no levar a enganos, já que a imitação é só uma cópia imperfeita da realidade.

O problema do pensamento Platônico está na utilização das mesmas palavras para dar significado, ao mesmo tempo, da coisa e da ideia da coisa – imperfeição e perfeição. Representando um forte argumento contra a veracidade do conhecimento.

Observamos que Platão faz uma analise etimológica, destacando a possibilidade de adequar a coisa e palavra que a descreve, essa analise, nos leva a sua teoria do conhecimento. No diálogo Crátilo, a relação entre palavra e coisa é problematizada. Sócrates e seu interlocutor, que dá nome ao diálogo, evidenciam essa distinção:

”Uma coisa é o nome e outra coisa aquilo de que é nome. Essa relação traz alguns aspectos que interessam à investigação platônica sobre a possibilidade do falso no discurso.” (PLATÃO, 2001, 430a).

O objetivo de Platão no dialogo é investigar a “correção dos nomes” entende o que o filosofo quer entende como “nome”, neste caso, correção não está ligado ao sentido de que algo está errado e precisa ser corrigido, mas em seu sentido de retidão, verdadeiro, ou seja, compreender a palavra no seu sentido mais amplo, buscando a “verdade dos nomes”.

Segundo Crátilo, a relação entre nome e a coisa nomeada se manifesta por algo intrínseco ao ser, que faz parte dele e, somente pelo nome pode ser revelado. A tese Naturalista de Crátilo é universal, já que é atribuída a relação nome/coisa. No mesmo dialogo, a discussão é sobre o pensamento de Hermógenes, para ele a correção dos nomes se dá por convenção e acordo. Neste caso, existe a possibilidade de atribuir qualquer nome a qualquer coisa.

Segundo Platão, a dialética se mostra capaz de romper com a confusão dos nomes e utilizá-los le-gitimamente. Dessa forma, o conhecimento consiste na atividade da alma de fixar, registrar e reconhecer nas coisas na sua essência, os nomes, como representantes da razão, do logos. Assim, a lin-guagem, na mão daquele que sabe indicar o uso legí¬timo da linguagem, proporcionaria o conhecimento das essências das coisas, afastando-se do seu caráter fluído. E é nesse sentido que a linguagem acessa a verdade.

As posições de Boécio e de Abelardo em relação à questão dos universais.

A questão é saber se os universais são coisas ou meramente palavras, nomes. O universal é um conceito que diz que existe algo que é partilhado por objetos particulares diferentes. Segundo Platão só estes existiam verdadeiramente. O universal constitui a natureza co¬mum e imanente a muitos seres.

Para Aristóteles o universal é aquilo que é por natureza predicado de vários, ele faz a distinção entre universal e particular, pois ao dizer que o universal é atribuído a muitos, o particular só pode ser dito de um único, como por exemplo, homem é um termo universal, enquanto Ricardo é um termo singular, porque se refere a um único homem.

Na idade media, Boécio retoma a discussão Aristotélica a partir do que é comum dos universais, neste caso, existe algo comum a um grupo especifico de seres, por exemplo, os homens, se classificarmos que todos os homens pertencem a uma espécie comum, identificamos algo comum, universal em todos os homens, neste caso, um problema do ponto de vista ontológico e, também, teológico, tendo este ultimo o papel de Deus na vida do homem.

Sobre a natureza dos universais, Boécio coloca 3 questões fundamentais: se existe ou não universais, ou seja, os gêneros e as espécies, como

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