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A Educação Etica

Por:   •  18/9/2016  •  Seminário  •  1.371 Palavras (6 Páginas)  •  326 Visualizações

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                        1-EDUCAÇÃO ÉTICA

Para que se possa abordar o termo “Educação Ética”, primeiramente é necessário esclarecer a definição da palavra ética, a qual segundo autores não existe uma definição consensual e o conceito oscila entre a reflexão sobre a noção de bem e os enunciados das regras normativas.

Segundo o dicionário “ética” significa o “estudos dos juízos de apreciação referentes  à conduta humana suscetível de qualificação de ponto de vista do e bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto”,¹

Segundo Platão , que pensou o estado e assim se referiu à ética: “comportar-se eticamente é agir de acordo com o logos (razão), ou melhor, com retidão de consciência”.²

Por sua vez, Jurgem Harbemas, filósofo contemporâneo, citado por Mautner³, diz que a ética ocupa-se da vida boa e da moralidade da conduta correta.

Numa versão mais atualizada, segundo Mercier4, “ética” seria o conjunto  das regras de conduta partilhadas e típicas de uma dada sociedade; estas regras são fundadas na distinção entre o bem e o mau.

Portanto pode-se afirmar que ética é um estado de conduta esperado do homem.

Agora sob a concepção de que a ética é a ciência da moral, é preciso entender que a moral é uma arte, assim como é uma arte a pintura, o saber  vender, o tocar piano ou o saber cozinhar. Exige como todas artes uma ampla gama de conhecimentos teóricos e técnicos e também experiências , necessários para desempenhar com qualidade qualquer atividade.

 Para ser um bom cozinheiro, requer-se uma série de conhecimentos teóricos em culinária, técnicas que ensinem o preparo dos ingredientes, etc. Mas sobretudo não basta apenas o domínio dos conhecimentos  teóricos também  é necessário pratica-los.

A moral também exige além dos conhecimentos teóricos a capacidade de os por em pratica. Exige a necessidade de adquirir os bons hábitos: o sentido da justiça, o respeito, ao outro, a solidariedade a laboriosidade, etc.

Portanto o Homem necessita “aprender  o que é próprio do homem: necessita aprender a falar e escrever; a tratar os demais e a comportar-se na convivência; e mil coisas mais. Se não se educa, não desabrocham suas capacidades. Se não há um ambiente em que se fale , não se aprende a falar; se não se ensina a andar em pé, anda agachado; se não vive em um meio culturalmente estimulante, não desenvolve nenhuma capacidade cultural; nem gosto artístico, nem sensibilidade musical, nem sequer refinamento gastronômico. Tudo deve ser transmitido e só pode faze-lo num ambiente suficientemente estimulante.  As capacidades do homem vêm dadas com sua natureza, mas o desenvolvimento dessas capacidades necessita de educação”5

Com isso afirma-se que os hábitos de conduta social e de exercício da cidadania podem ser estimulados e devem fazer parte do processo educativo.

                        

2 –FORMULAÇÃO DO PROCESSO EDUCATIVO

 No âmbito da ética, o processo educativo deve ser pautado no decentramento  dos atos egoísticos e do “eu” como o centro do universo e no desenvolvimento da inteligência pois é ela que nos difere e nos eleva dos demais animais que agem apenas por influencias dos seus instintos.

Ao leão só interessa o mundo enquanto serve para sobreviver e reproduzir-se. Para o homem as coisas não funcionam assim, a inteligência permite vislumbrar o mundo sem a vontade de come-lo, e captar uma vasta gama de valores que o torna capaz de apreciar o que o cerca e escolher além dos seus determinismos biológicos.

Esta teoria é definida pela autor Juan Luiz que diz: “o desenvolvimento da inteligência amplia enormemente a possibilidade de descobrir bens, isto é, a possibilidade de descobrir coisas que convêm. O instinto busca localizadamente os bens que garantem a sobrevivência , mas a inteligência vai muito mais além. Logo se aprende a desejar como bens àquelas coisas que servem para conseguir os bens primários, por exemplo o dinheiro não é comestível, mas pode proporcionar comestíveis ...”6

A inteligência leva o homem abrir-se para outros valores com o bem da família, a realização pessoal , o serviço prestado aos outros e a sua contribuição para com a sociedade. Formulando assim valores morais.

                                3- Valores Morais

Os valores morais ou costumes morais, devem estar baseados sob as virtudes que fazem um homem ser horado e honesto.

Virtudes estas que regem a ordem social e seus princípios básicos são: solidariedade, subsidiariedade, participação e justiça

3.1- A solidariedade:

 Estimula que cada um contribua efetivamente para o bem comum em todos os níveis da sociedade, principalmente desde a sua posição, desde o seu circulo de influencias ou possibilidades. Este principio deve aplicar-se às instituições sociais e cada pessoa singular e a toda e qualquer organização. É necessário entender que o homem não esta destinado só a viver com os demais, mas sim também viver para os demais.

A solidariedade se caracteriza por meio das obras concretas de serviços prestados aos outros.

3.2- A Subsidiariedade:

Se encontra na posição central do homem na sociedade, ou seja, cada pessoa humana tem o direito e o dever de ser o autor do seu próprio desenvolvimento.

Na pratica subsidiariedade é desenvolver a capacidade de decisão e de empreendimento das pessoas. Ensinar a atuar de forma proativa, tomando a inciativa e levando a concentrar-se na solução dos problemas  e não nas queixas inúteis. Este principio estimula que cada um empregue os meios possíveis dentro do seu circulo de influencia para contribuir na evolução da sociedade.

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