A FILOSOFIA MODERNA: A NOVA CIÊNCIA E O RACIONALISMO
Por: Izabel Franco • 23/11/2021 • Trabalho acadêmico • 1.256 Palavras (6 Páginas) • 390 Visualizações
- FILOSOFIA MODERNA: A NOVA CIÊNCIA E O RACIONALISMO
Um período histórico que vai de meados do século XV a fins do século XVIII, baseada na experimentação a filosofia moderna vem questionar valores relacionados com os seres humanos bem como sua relação com a natureza. A partir do século XV, teve início uma serie de transformações nas sociedades europeias que se relacionaram coma construção de uma nova mentalidade, as transformações que mais se destacam são:
- A passagem do feudalismo para o capitalismo – se vinculou ao florescimento do comércio;
- A formação dos estados nacionais - fez surgir novas concepções político – econômicas;
- O movimento de reforma – provocou a quebra da unidade religiosa europeia e rompeu com a concepção passiva do homem;
- O desenvolvimento da ciência natural – criou novos métodos de investigação científicos;
- A invenção da imprensa – possibilitou a impressão dos textos clássicos gregos e romanos;
- RENASCIMENTO
O movimento cultual que marcou as transformações socioculturais europeias, tendo por berço a península Itálica, que criaria a base conceitual e de valores que permitiria a arrancada da razão e da ciência no século XVII.
- Inspirou – se no humanismo;
- O renascimento propiciou o desenvolvimento de uma mentalidade racionalista;
- O homem moderno aguçou seu espírito de observação sobre a natureza;
- Tornou a mente mais aberta ao livre exame do mundo;
- O objetivo era prever para prover;
2.1 Ameaças à nova mentalidade
- A transição para a filosofia moderna não foi um processo súbito, tranquilo e sem resistências;
- Forças ligadas ao passado medieval lutaram duramente contra a transformações que se desenvolviam;
- Nesse contexto vários pioneiros da ciência moderna sofreram perseguição do Tribunal as Inquisição (órgão da Igreja Católica encarregado de descobrir e julgar os responsáveis pela propagação de heresias);
- Exemplo marcante dessas perseguições é o julgamento do pensador italiano Giordano Bruno (que foi condenado à morte na fogueira por contestar o pensamento católico);
- RAZÃO E EXPERIÊNCIA - BASE DO CONEHCIMENTO SEGURO
- De acordo com a mitologia grega, no princípio de tudo havia o caos – aquilo que não tem forma e representa o vazio desordenado, obscuro e infinito;
- Foi o caos que criou o mundo, todos os deuses e o homem;
- O mundo criado pelo caos era, necessariamente, um mundo imperfeito, imprevisível e misterioso;
- A ideia de caos surgiu para substituir o conceito de cosmo;
- Dentro desse novo conceito, o universo passou a ser encarado como algo ordenado, harmônico, previsível e capaz de ser compreendido racionalmente pelo homem;
- Galileu Galilei – Um Mundo sem Encantamentos, Expresso na Linguagem Matemática
- Considerado um dos fundadores da física moderna;
- Foi defensor da cosmologia;
- Contrariava a visão tradicional do mundo, e por isso foi advertido pelas autoridades católicas, que julgavam herege;
- Galileu teria dito que a bíblia, se tratando de temas científicos, não era manual a ser obedecido cegamente;
- Francis Bacon – O Método Experimental Contra os Ídolos
- É considerado um dos fundadores do método indutivo de investigação científica;
- A criação do lema “saber é poder”, que revela sua firme disposição de ânimo de fazer dos conhecimentos científicos um instrumento pratico de controle da realidade;
- Manifestava grande entusiasmo pelas conquistas técnicas que se difundiam em seu tempo: a bússola, a pólvora e a imprensa;
- Revelava sua aversão ao pensamento meramente abstrato;
- Teoria dos Ídolos
Para Bacon, a ciência deveria valorizar a pesquisa experimental, mas para isso, era necessário que os cientistas se libertassem daquilo que denominava ídolos (falsas noções, preconceitos e maus hábitos mentais). Quatro gêneros de ídolos que bloqueiam a mente humana e prejudicam a ciência:
- Ídolo da tribo – falsas noções provenientes das próprias limitações da natureza humana;
- Ídolos da caverna – falsas noções do ser humano como individuo (alusão ao mito da caverna de Platão)
- Ídolos do mercado ou do foro – falsas noções provenientes da linguagem e da comunicação;
- Ídolos do teatro – falsas noções provenientes das concepções filosóficas, científicas e culturais vigentes;
- Racionalismo de René Descartes – Ideias Claras e Distintas
- Executando a aprendizagem que fez da matemática, decepcionou-se com a educação jesuítica de La Flèche;
- Tomou a decisão de buscar a ciência por conta própria, esforçando-se por decifrar “o grande livro do mundo”;
- Temendo perseguições religiosas e tendo e mente a condenação de Galileu, tomou uma serie de cautelas na exposição de suas ideias;
- Apesar disso, o que publicou e suficientemente vasto e valioso para situá-lo como um dos pais da filosofia moderna;
- Descartes afirmava, que para conhecer a verdade, é preciso, de início, colocar todos os nossos conhecimentos em dúvida;
- Pascal - Um Pensador Contra a Corrente
- Foi um pensador que refletiu sobre a condição trágica do ser humano;
- Pascal diria que o homem não pode conhecer o princípio e o fim das realidades que busca compreender;
- Afirmava que a razão humana seria impotente para provar a existência de Deus;
- EMPIRIMO
- As duas principais vertentes dessa investigação são empiristas e racionalistas:
- Empirista - defendia a tese de que, em última análise, a origem fundamental do conhecimento está na experiencia sensível;
- Os principais representantes do empirismo britânico destacam-se Francis Bacon, Thomas Hobbes, John Locke, George Berkeley e David Hume
- A filosofia cartesiana provocou a reação dos empiristas modernos, que argumentaram contra a tese da existência de ideias inatas;
- Racionalista – defendia a tese de que, além do conhecimento pela experiência sensível, há principalmente o conhecimento pela razão;
- Realça a importância do conhecimento pela razão;
- Seu principal expoente racionalista foi Descartes;
4.1 Thomas Hobbes - A filosofia é a Ciência dos Corpos
- A filosofia para ele, seria a ciência dos corpos, isto é, tudo que tem existência material;
- Toda realidade poderia ser explicada a partir de dois elementos do corpo (elemento material) e do movimento, que pode ser determinado matemática e geometricamente;
- As principais características do empirismo hobbesiano são o materialismo e o mecanicismo de suas teses;
4.2 John Locke – A Experiência Sensível como Fonte das Ideias
- Defendeu que nossa mente, no instante do nascimento, é como uma tábula rasa, um papel em branco, sem nenhuma ideia previamente escrita;
- Afirmava que o home possui ideias inatas;
- Defende que as ideias que possuímos são adquiridas ao longo da vida mediante o exercício da experiencia sensorial e da reflexão, são elas:
- Experiência sensorial – nossas primeiras ideias, as sensações, nos vêm á mente através dos sentidos, isto é, quando temos uma experiência sensorial;
- Reflexão – Associando as sensações por um processo de reflexão, a mente desenvolve uma série de ideias, que segundo Locke, não poderiam ser obtidas das coisas externas;
- Admita que nem todo conhecimento limita-se, exclusivamente, a experiencia sensível;
- ILUMINISMO
- Transmitiam a confiança de que a razão era o principal instrumento do homem para enfrentar os desafios da vida;
- Enfatizou a capacidade humana, de através do uso da razão, conhecer a realidade e intervir nela, no sentido de organiza-la racionalmente;
- Havia a proposta de libertar o homem dos medos irracionais, superstições e crendices;
- O grande mérito por generalizar e aplicar as doutrinas críticas e analíticas;
5.1 Kant – O Tribunal da Razão
- É considerado o maior filósofo do iluminismo alemão;
- O ser humano, como ser dotado de razão e liberdade, é o centro da filosofia kantiana;
- Kant enfatiza seu otimismo iluminista em relação a possibilidade de o homem se guiar por sua própria razão;
- Para Kant sua filosofia representava um a superação do racionalismo do racionalismo e do empirismo, o conhecimento é resultado de dois grandes ramos:
- A sensibilidade – oferece dados dos objetos;
- O entendimento – determina as condições pelas quais o objeto é pensado;
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