A História da Religião
Por: amanda.zuffelato • 2/10/2018 • Trabalho acadêmico • 620 Palavras (3 Páginas) • 313 Visualizações
1. O surgimento da religião
A existência da espécie humana, desde as mais primitivas sociedades, busca compreender e explicar o mundo ao seu redor. A necessidade de conhecer até mesmo o que é considerado inacessível à determinada época leva o homem pré histórico até o homem pós-moderno a perpetuar as práticas e as mais diversas teorias religiosas, cada uma à sua maneira, buscando entender como o mundo foi criado, atribuindo propósitos a nossa existência e formulando concepções de como se deu a origem da vida e o que vem depois da morte.
1.1 A religião na pré história
A primeira sepultura identificada por arqueólogos data cerca de 80 mil anos. A presença desses fósseis encontrados com alguns utensílios, adornos, chifres de animais e outros acessórios, indicam a presença de funerais ou algum tipo de ritual de passagem para os mortos. Diante a essa intenção que consistia em algo além do que apenas livrar-se do corpo em decomposição, foi possível concluir que esses ritos manifestavam pensamentos religiosos, nos quais buscavam assegurar a passagem do morto a um tipo de existência posterior à morte.
Essas manifestações do comportamento humano apontam o surgimento de um pensamento que não mais se limitava à necessidades materiais práticas, mas abrangiam uma atribuição metafísica ao mundo para suprir as novas necessidades que surgiam. Isso se deu porque, junto ao desenvolvimento das capacidades cognitivas, o homem entende não só a sua capacidade de dominar o meio, mas também da sua limitação diante à ele, uma vez que toma consciência da morte e de sua própria desmaterialização. Cria-se então, o paradoxo da razão como dádiva mas também como fardo, diz-se explendor e tragédia de si mesma. É nesse cenário que nasce a religião como uma manifestação espontânea da mente humana, para que assim, seja possível compreender não só as complexidades da vida, como fenômenos naturais, a essência humana e a origem do mundo, mas também a morte.
1.2 Teorias sobre a origem das religiões
Nos estudos antropológicos sobre o surgimento das religiões, dois autores se destacam na tentativa de compreender as práticas que originaram essa nova manifestação humana. Partindo de uma organização social primitiva, o homem antigo se depara com a necessidade de dispor de uma ferramenta de controle que possibilitaria selecionar o comportamento que fosse produtivo ao grupo, oferecendo à esses uma recompensa, enquanto as atitudes que pudessem ser prejudiciais à essa sociedade fossem repudiadas. Diante à essa demanda surge, então, a doutrina da alma imortal que prometia ao justo e ao injustiçado as devidas retribuições no plano pós morte.
O antropólogo inglês Edward Taylor, propõe para esse processo a teoria do Animismo. Segundo ele, os povos antigos percebiam a manifestação metafísica, a “anima”, em seus próprios corpos por meio de sonhos, visões, alucinações e também no estado inerte de cadáveres. Os sonhos com entes queridos que já haviam falecido, os levavam a acreditar que a alma se perpetuava após a morte. Ao deixar o corpo, esses espíritos habitavam elementos presentes na natureza como árvores, rios e objetos, que então vieram a ser adorados como deuses, dando início à religião.
Mais tarde, o antropólogo
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