A História Do Trabalho
Trabalho Escolar: A História Do Trabalho. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: LeonardoSouza • 25/4/2014 • 990 Palavras (4 Páginas) • 502 Visualizações
Breve História do Trabalho
Ao longo da nossa trajetória, na qualidade de humanidade, o ato de trabalhar apresentou tanto a esfera da autoprodução quanto da punição. Na Antiguidade Grega, tivemos érgon e ponos, assim significados:
“Na Antiguidade Grega o trabalho, na condição de “ponos”, era uma atividade própria ao escravo, não devendo o cidadão realizá-lo. O trabalho manual era compreendido como atividade inferior. Aqueles que faziam parte da cidadania e, portanto, das reflexões capazes de decidir o destino da polis (cidade estado) deveriam ter tempo livre para pensar, para criar (érgon), cabendo aos escravos o tipo de atividade inferior. Há, portanto, uma distinção social entre os sentidos do trabalho na qualidade de “érgon” e “ponos”, sendo este desprezado. Por exemplo, para Aristóteles a ação pode ser configurada como livre e como ação fabricante de artefatos, mediante a técnica. Ação livre, para Aristóteles, é a atividade digna aos homens; já a ação fabricante é aquela destinada aos escravos”. (MELO, 2007, p.25).
No período medieval, o trabalho correspondeu ao sacrifício do corpo, disciplinando-o para purificação e salvação da mente e da alma. A preguiça condenada por ser um pecado, não favorecia a salvação. Nesse contexto do medievo, conforme Ribeiro (2003, p. 198), a ociosidade entre senhores, nobreza e clero "não era sinônimo de preguiça, mas de abstenção às atividades manuais para se dedicar a funções mais nobres, como a política, a guerra, a caça, o sacerdócio, enfim ao exercício do poder."
Tanto na Antiguidade quanto na Idade Média tivemos o trabalho relacionado às vias de exploração e sofrimento para muitos e, para alguns (poucos), às vias de emancipação e criação. Na Idade Moderna, diferente do que ocorria no medievo, a pessoa que desempenhava o ato de trabalhar não possuía mais as ferramentas para o trabalho. Portanto, a propriedade sobre os meios de produção pertenciam a outros e não àqueles que vendiam a sua força de trabalho sendo "livres", culminando no sentido burguês atribuído tanto ao trabalho livre quanto à própria liberdade.
Frente a essa questão da liberdade, Ribeiro (2003, p. 198) elucida: "Essa é por excelência a concepção burguesa da liberdade individual do homem: ele é livre para usar a força de seu corpo como uma máquina natural e para escolher de modo soberano o que deseja para si mesmo". Entretanto, sob quais condições ocorriam essas escolhas e de que modo poderiam ser realizadas ou não?
“[...] A busca da produção de excedentes para a troca no mercado, mediante a introdução de novas técnicas de produção e de organização do trabalho, fazia desaparecer a propalada livre escolha. Afinal, como seria possível o trabalhador sobreviver numa economia de mercado, senão submetendo-se às imposições de quem detinha os recursos que o sistema exigia? Assim, o artesão, que na manufatura medieval detinha as ferramentas e uma autonomia no uso de seu tempo, desapareceu submetendo-se ao império do capital. Ocorreu, portanto, a separação entre o trabalhador e a propriedade dos meios de produção (capital, ferramentas, máquinas, matérias-primas, terras). Desse modo, podemos afirmar que a essência do sistema capitalista encontra-se na separação entre o capital e o trabalho. Essa separação criou dois tipos de homens livres: o trabalhador livre assalariado, que vivia exclusivamente de seu trabalho, ou seja, da venda de sua força de trabalho, e o burguês, ou capitalista, proprietário dos meios de
produção. A novidade em relação aos modelos anteriores de sociedade é que, a conceder a liberdade para todos os indivíduos, a sociedade estabeleceu uma espécie de contrato social, em que
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