A Paranoia a Meia Noite
Por: JS Expedito • 24/7/2021 • Artigo • 283 Palavras (2 Páginas) • 184 Visualizações
Paranoia a meia noite
Olhos levemente vermelhos, as costas, carregando os ombros, a mente, um psicodrama na velocidade do som.
O som, um impacto cardiaco na velocidade da luz.
A luz fraca, apenas para iluminar as sombras. Assim os segundos observam o tempo cada vez mais devagar.
Cansado de tentar, senta as angustias na cadeira. Boceja, desvia o olhar de seu reflexo no vidro
evita pensar demais nas futilidades contemplativas. No espelho, encontra outras vidas, embelezadas de alegrias,
porém, a vácuo. De repente tudo fica escuro, e então, a escuridão reflete o seu marasmo narcísico olhando
com leve amargura e largo sorriso o rosto do abutre.
Restando um pouco de força de sua luta incansável contra si mesmo, procura uma pilula para evitar
um novo conflito. É inútil, a angustia já chegou para consumir sua alma,é hora do pesadelo real.
- Por que?!isso não faz sentido! Por que eu não posso dormir?!
Gozando de sua mente perturbada, relembra a vez que encontrou aquela pessoa, pensa nas expressões faciais,
nas palavras erradas, na fabulosa capacidade
de reparar detalhes dramáticos na introspecção.
Tristeza é o que ela sentia. Nojo de suas atitudes, desprezo sem palavras. Olhos em outro lugar, pernas ansioas,
pés em estado de fuga.
- Mas eu ainda quero ficar, são poucas pessoas que me suportam - Como?! como deixei isso acontecer?! a culpa é minha,
essa é a minha natureza.Eu sou assim mesmo, parece instinto.Mais um dia, menos uma noite.
Espero indiferente o amanhecer, já que amanhã morro novamente. O silencio seu maior companheiro,
até lá, vai escutar suas vozes tristes e gritantes mais uma vez.
É apenas mais um dia comum.
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