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A Razão Inata Ou Adquirida

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Por:   •  6/11/2014  •  734 Palavras (3 Páginas)  •  4.302 Visualizações

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Inatismo ou empirismo?

Durante séculos, a filosofia ofereceu duas respostas a essas pergunta. A primeira ficou conhecida como inatismo, e a segunda, como empirismo. O inatismo afirma que, ao nascermos, trazemos em nossa inteligência não só os princípios racionais mas também algumas ideias verdadeiras, que, por isso, são ideias inatas. O empirismo, ao contrário, afirma que a razão, com seus princípios, seus procedimentos suas ideias adquiridas por nós pela experiência.

Inatismo platônico

Platão defende a tese do inatismo da razão ou das ideias verdadeiras em várias obras, mas as mais conhecidas são Mênon e República.

No Mênon, Sócrates dialoga com um jovem escravo analfabeto, o filósofo consegue que o jovem escravo demonstre sozinho um difícil teorema de geometria, as verdades matemáticas vão surgindo no espírito do escravo à medida que Sócrates vai-lhe fazendo perguntas e vai raciocinando com ele.

Na República, Platão desenvolve uma teoria que já fora esboçada no Mênon: a teoria da reminiscência. Nascemos com a razão e as ideias verdadeiras, e a filosofia nada mais faz do que nos relembrar essas ideias.

Inatismo cartesiano

Descartes discute a teoria das ideias inatas em várias de suas obras, mas as exposições mais conhecidas encontram-se em duas delas: no Discurso do método e nas Meditações metafísicas.

1 . Ideias adventícias: São aquelas que se originam de nossas sensações, percepções, lembranças. São, deum lado, as ideias das qualidades sensoriais, de outro , as ideias das coisas percebidas por meio dessas qualidades.

2 . Ideias fictícias: São aqueles que criamos em nossas fantasia e imaginação, compondo seres inexistentes com pedaços ou parte de ideias adventícias que estão em nossa memória. São as fabulações das artes, da literatura, dos contos infantis, dos mitos, das superstições.

3 . Ideias inatas: São aquelas que não poderiam vir de nossa experiência sensorial, porque não há objeto sensoriais ou sensíveis para elas, nem poderiam vir de nossa fantasia, pois não tivemos experiência sensorial para compô-las a partir de nossa memória.

As ideias inatas são inteiramente racionais e só podem existir porque já nascemos com elas. As ideias inatas, diz Descartes, são “a assinatura do Criador” no espírito das criaturas racionais, e a razão é a luz natural inata que nos permite conhecer a verdade.

O empirismo

Os defensores do empirismo afirmam que a razão, a verdade e as ideias racionais são adquiridas por nós pela experiência. A razão é uma maneira de conhecer e a adquirimos no decorrer de nossa vida.

Que dizem os empiristas?

Nossos conhecimentos começam com a experiência dos sentidos, isto é, com as sensações. Os objetos exteriores excitam nossos órgãos dos sentidos e vemos cores, sentimos sabores e odores, ouvimos sons, sentimos a diferença entre o áspero e o liso, o quente e o frio, etc.

As percepções, por sua vez, se combinam ou se associam. A associação pode se dar por três motivos: por semelhança, por proximidade ou contiguidade

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