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A abordagem filosófica e científica

Por:   •  26/3/2024  •  Resenha  •  413 Palavras (2 Páginas)  •  54 Visualizações

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A teoria mecanicista é uma abordagem filosófica e científica que considera o mundo material como uma máquina complexa composta por partes inter-relacionadas e que opera de acordo com leis mecânicas. Essa perspetiva tornou-se proeminente durante o século XVII, e é especialmente associada aos pensamentos de filósofos e cientistas como René Descartes e Isaac Newton.

Teoria Mecanicista de Descartes:

Mundo como uma Máquina:

Descartes, influenciado pela matemática e pela física de sua época, concebia o mundo material como uma máquina. Ele acreditava que os objetos físicos podiam ser compreendidos em termos de suas partes individuais e das leis mecânicas que regiam seu movimento.

Explicação Mecânica dos Fenômenos:

A teoria mecanicista buscava explicar os fenômenos naturais, incluindo processos biológicos, em termos de movimentos e interações de partículas materiais. A ideia era que, compreendendo as partes e suas relações, poderíamos prever e explicar todos os eventos naturais.

Dualismo Cartesiano:

A teoria mecanicista de Descartes era compatível com seu dualismo mente-corpo. A mente (res cogitans) era vista como não material e não sujeita às leis mecânicas, enquanto o corpo (res extensa) seguia essas leis. Isso permitiu a Descartes explicar a interação entre a mente e o corpo de uma forma mecanicista.

Possibilidade de Conhecer o Mundo:

Conhecimento pelos Sentidos:

Descartes acreditava que os sentidos eram falíveis e podiam nos enganar. No entanto, ele reconhecia a importância dos sentidos na obtenção de informações sobre o mundo físico. A teoria mecanicista não rejeita completamente o conhecimento sensorial, mas exige uma análise crítica dessas informações para evitar erros.

Conhecimento pela Razão (Deus ex-machina):

Descartes enfatizava a importância da razão como uma fonte mais confiável de conhecimento do que os sentidos. Ele argumentava que a razão, quando adequadamente treinada, poderia chegar a verdades claras e distintas que eram indubitáveis. Além disso, Descartes introduziu a ideia de "Deus ex-machina" para garantir a confiabilidade do conhecimento. Deus, como ser perfeito, não seria um enganador e, portanto, garantiria que nossas ideias claras e distintas correspondessem à realidade.

Papel de Deus na Confiabilidade do Conhecimento:

A presença de Deus na filosofia de Descartes não apenas desempenha um papel na garantia do conhecimento claro e distinto, mas também na estabilidade das leis naturais. Deus é o garantidor da ordem e consistência no mundo material.

Portanto, a teoria mecanicista de Descartes não exclui a possibilidade de conhecimento pelos sentidos, mas destaca a importância da razão, cuidado na interpretação dos dados sensoriais e a presença divina para fundamentar a confiabilidade do conhecimento humano. Essa abordagem buscou conciliar a ciência mecanicista emergente com a necessidade de uma base estável e confiável para o conhecimento.

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