A construção das ciências

A construção das ciências: introdução à filosofia e à ética das ciências. FOUREZ, G.

A princípio, o autor deixa nítido que, para que uma opinião concreta seja formada, além de entrar em uma tradição intelectual, é necessária muita dedicação na pesquisa para a qual trabalha. Como forma de linguagem, o texto apresenta dois códigos, o “restrito”, que diz o "por que" das coisas, do mundo e das pessoas, ao passo que o segundo procura dizer algo sobre o “sentido”, este trata de interpretar os acontecimentos, o mundo, a vida humana, a sociedade. E o “elaborado”, que corresponde ao interesse em que os homens e as mulheres coloquem ordem em seu mundo, em controlá-lo e comunicar a maneira pela qual o veem.

Gérard também aborda a curiosidade sobre a filosofia, o quanto a pessoa se interessa por tal mundo. E, para isso ele propõe duas formas de pensar, a “globalidade” da história humana, que deixa o “pensar” sobre o sentido dessa história, e o “setorizado” que seria pelo que somos atraídos. Com estas colocações, o autor nos faz refletir sobre o fato de que um único enfoque sobre algo não significa um enfoque neutro e objetivo e faz uma representação da vida como uma multiplicidade de centros de interesse dentre os quais é necessário escolher entre questões mais setorizadas.

Com o intuito de passar uma visão unidimensional da vida, Fourez detalha minimamente coisas do cotidiano e introduz a pensamentos filosóficos. O autor deixa claro também, que a ciência não é uma atividade neutra e é cercada de valores e ideologias. Contudo, o capítulo nos propõe a ideia do “pensar” e que a filosofia é mais do que todos pensam e possui também suas tradições.

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